Disartria consiste na dificuldade de articular as palavras, devido a paresia, paralisia ou ataxia dos músculos que intervêm na articulação. O transtorno é maior para pronunciar os fonemas labiais (/p/, /b/ e /m/) e linguais (/t/, /d/, /n/, e /l/), os quais são omitidos ou distorcidos durante a pronúncia das palavras.
Embora a disartria signifique dificuldade na articulação da fala, o termo é empregado somente para designar os transtornos da articulação decorrentes de lesões das zonas do sistema nervoso que são responsáveis pelos músculos dos órgãos fonoarticulatórios.
O QUE CAUSA ESSAS LESÕES NO SISTEMA NERVOSO?
Essas lesões possuem várias etiologias, tais como:
Lesão vascular encefálica; traumatismo crânio-encefálico; patologias tumorais benignas ou malignas do cérebro, cerebelo ou tronco encefálico; doenças infecciosas, metabólicas e tóxicas; paralisia pseudobulbar; paralisia periférica do hipoglosso e facial, etc.
Além da dificuldade de articular as palavras, o indivíduo acometido por disartria apresenta também limitações para mover seus órgãos orais e para realizar outras atividades como mastigar e deglutir.
PRINCIPAIS DIFICULDADES ENCONTRADAS NO INDIVÍDUO COM DISARTRIA
• Fonação: afetada, pois não há sincronia com a respiração;
• Velocidade da fala: diminuída, conforme o grau de incoordenação da musculatura devido a paralisia ou paresia.
• Lábios e Língua: terão seus tônus alterados, podendo estar hipotônicos ou hipertônicos;
• Palato: incoordenação dos movimentos;
• Funções neurovegetativas (sucção, mastigação, deglutição, respiração e fala): encontram-se anormais pela dificuldade no movimento dos músculos orais;
• Leitura/Escrita: afetadas, devido as paralisias, paresias, incoordenação e problemas de tônus. Dependendo do grau da lesão, podem ser possíveis.
TRATAMENTO
A pessoa acometida por disartria, deve procurar um fonoaudiólogo para o tratamento de tais dificuldades e assim restabelecer uma comunicação inteligível e agradável. O tratamento fonoaudiológico começará quando o processo patológico e/ou tratamento médico adequado tiver acabado.
A terapia fonoaudiológica consiste em exercícios miofuncionais com o objetivo de melhorar o movimento dos músculos orais, para que o paciente obtenha a adequação das funções neurovegetativas e da articulação da fala{.}
Fonte Mídia e Saúde
Por Alessandra Michele Silgail
Excelente esta matéria,muito obrigada! Minha amiga teve um traumatismo craniano há três meses. Há um mês tirou a traqueostomia e ainda não fala. Ela articula, escreve, lê, "canta", compreende o que dizemos, nomeia, repete, mas não tem som nenhum... Ou seja, ela não fala, e nenhum fonoaudiólogo descobriu o que ela tem ainda.Estou tentando descobrir por conta própria, pesquisando sobre afasia, disartria, apraxia... Ela também não sabia engolir, mas já aprendeu e come de tudo, mastiga e engole sem problema. Queira Deus que ela volte a falar! Vamos continuar tentando...
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