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Linguagem: quando é preciso consultar um fonoaudiólogo?

Especialistas explicam quais sinais indicam atrasos na fala A maior parte das crianças começa a falar por volta dos 12 meses....

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Criança que ronca e sofre apneia rende menos na escola


Crianças que roncam ou que sofrem apneia do sono (interrupções da respiração) apresentam menor rendimento escolar e alterações na memória e atenção, aponta estudo do Ambulatório de Otorrinolaringologia Pediátrica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) apresentado no Congresso Mundial de Otorrinolaringologia Pediátrica.
Estima-se que de 15% a 28% das crianças com até 10 anos respirem pela boca e ronquem. E acredita-se que de 1% a 3% delas também tenham apneia.
A pesquisa dividiu 81 crianças de 6 a 12 anos que respiram pela boca em três grupos: as que roncam, as que têm apneia e o grupo controle. Todas fizeram polissonografia.
Depois, essas crianças responderam a uma prova de aprendizagem que avaliou a memória imediata, a susceptibilidade a interferências e a memória de reconhecimento. Os resultados mostram que o grupo que ronca e que tem apneia do sono apresentou resultados muito piores de aprendizagem e de memória.
Segundo o otorrinolaringologista Luc Weckx, um dos autores do estudo, isso significa que a memória imediata e o nível de atenção estão prejudicados nas crianças com distúrbios do sono. "Esse prejuízo pode estar relacionado não só à diminuição do oxigênio no sangue por causa da interrupção da respiração, mas também ao maior número de despertares noturnos, com consequente fragmentação do sono", diz.
As três principais causas de ronco e apneia em crianças são rinite alérgica (inchaço dos cornetos nasais e entupimento das vias aéreas), crescimento da adenoide (carne esponjosa na parte de trás do nariz) e aumento das amígdalas.
Segundo o pneumologista Geraldo Lorenzi-Filho, diretor do Laboratório do Sono do InCor (Instituto do Coração de São Paulo), o crescimento da adenoide e das amígdalas normalmente acontece junto e provoca um estreitamento da garganta, dificultando a passagem do ar e causando o ronco.
Nesse caso, o tratamento inclui a retirada cirúrgica da adenoide e das amígdalas. "Quanto mais cedo a criança fizer a cirurgia, melhor", diz. Quando há rinite, usa-se medicamentos.
O otorrinolaringologista Michel Cahali, professor colaborador da Universidade de São Paulo, concorda. "O índice de resolutividade da cirurgia é grande. O ronco infantil é facilmente tratado e pelo menos 90% dos casos são resolvidos."
Se a criança continuar dormindo de boca aberta e respirando pela boca, o ronco pode persistir. Mas sessões de fonoaudiologia ensinam a criança a respirar corretamente.
Alerta aos pais
Para Luc Weckx, quando a criança apresenta problemas na escola, vários fatores devem ser avaliados, incluindo a qualidade do sono. "Depois de descartar problemas auditivos, de visão, neurológicos ou psicológicos, o pediatra deve avaliar se a criança respira pela boca e se está dormindo bem", afirma.
Segundo Cahali, o problema é bastante comum e muitas vezes passa despercebido pelos pais. "Os pais precisam observar o sono da criança, que deve seguir um ritmo natural. Se ele não tiver uma sequência, a criança ficará cansada, irritada e inquieta durante o dia. Isso afetará o rendimento escolar."


Fonte: Olhar Direto

Lei do Ato Médico é alvo de protesto

O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do RS (Crefito) e universitários da Ufrgs protestaram ontem, na Capital, contra o projeto de lei do Ato Médico, que tramita no Senado.
O projeto de lei que regulamenta as atividades privativas de médicos foi aprovado pela Câmara. A proposta estabelece que a indicação de tratamentos de saúde deve ser exclusiva aos médicos, causando polêmica. Vice-presidente do Conselho Regional de Fonoaudiologia, Márcia Fabrício, acredita que o Ato Médico irá restringir a ação de outros profissionais da saúde. "Assim como está, fere a integralidade do SUS", afirmou. Estudantes também foram às ruas em Caxias do Sul e Santa Maria.

Fonte: Jornal Correio do Povo

terça-feira, 24 de novembro de 2009

PRESBIACUSIA: O declínio do sistema auditivo no idoso



A audição humana é de extrema complexidade. Consideramos o sistema auditivo praticamente obrigatório uma vez que o temos em funcionamento durante 24 horas do dia, pois não fechamos nossas orelhas para dormir como fechamos nossos olhos. Ele faz parte de um sistema muito especializado de comunicação.


Dentro da Fonoaudiologia temos como especialidade a Audiologia, que estuda a audição e os sons. Através dos métodos diagnósticos podemos detectar e prevenir as perdas auditivas, restabelecendo o aumento da expectativa e qualidade de vida dos portadores de distúrbios de audição e zumbidos, assim como, de outros com as mais diversas etiologias localizadas no Sistema Nervoso Central.


A Presbiacusia é a perda auditiva em função da idade. Ela se manifesta por deterioração progressiva da audição. Consideram-se alguns processos patológicos do ouvido interno que determinam esta diminuição da audição. Entre eles se encontra a atrofia do órgão de córti, a perda de fibras nervosas, as alterações nos processos biofísicos ou bioquímicos e os distúrbios nos movimentos mecânicos do ducto coclear. Existem também os seguintes fatores: predisposições genética, meio ambiente, alimentação, patologias características da faixa etária (diabetes; hipertensão arterial, cardiopatias, doenças reumatológica e etc.). Esses fatores afetam seriamente a capacidade de discriminação das palavras articuladas, principalmente em reuniões sociais quando várias pessoas falam simultaneamente.


Não há um tratamento específico para restabelecer a normalidade da audição do indivíduo. Temos como meta tratar as possíveis causas que acentuam o processo de envelhecimento, e por este motivo é fundamental a reabilitação auditiva por meio do uso de prótese auditiva para se manter o convívio social e melhora na qualidade de vida.


A presbiacusia normalmente vem acompanhada por distúrbios da personalidade, irritabilidade, redução da capacidade de atenção e possível declínio das funções cognitivas próprias da idade. E como conseqüência, altera os estados físico e mental do idoso, contribuindo muito para o isolamento social, negativismo, frustração e depressão.


Tudo isto é acentuado na vida diária desses idosos, pelo fato de que as pessoas com quem convivem, perdem facilmente a paciência com eles. Elas não têm consciência de que a diminuição da audição é diferente da diminuição da visão, que é logo notada pelo uso dos óculos. Sem contar que o uso de uma prótese auditiva requer um investimento muito maior, e infelizmente, poucos têm condições financeiras de adquiri-la. Outra questão retrata o preconceito a respeito do uso deste aparelho. A maioria dos idosos prefere não “escutar” a usar algo em sua orelha, caracterizando desta forma seu envelhecimento.


Geralmente, todos nós temos por mau hábito falar com a cabeça baixa. E quando isso ocorre na relação com um idoso, que já apresenta um declínio em sua audição, é comum que ele nos peça para repetir. E aí surge aquela expressão: “você está surdo?!” Estes exemplos são clássicos no ambiente familiar, supermercados, ônibus, recepções e em qualquer outro local onde a comunicação se faz necessária.


O ser humano vive muito bem o presente, porém não respeita o futuro, tanto o dele quanto principalmente o do próximo. Seria bem mais fácil se nos colocássemos no lugar deste próximo, que já está neste futuro, e que a nós todos pertencerá de uma maneira ou de outra.


Márcia Cristina Farah
Fonoaudióloga - CRFa 7147 - RJ

VOZ PROFISSIONAL


Muitos são os profissionais que usam a voz como instrumento de trabalho. São cantores, atores, professores, radialistas, políticos, vendedores, telefonistas, secretários, empresários, padres/pastores e todos aqueles que precisam da voz para exercer sua profissão.
O aparecimento de rouquidão, cansaço vocal, ardume e/ou dor na garganta, pigarro e falta de ar são sinais de patologias que acometem a laringe e podem estar relacionadas ao uso abusivo da voz em condições desfavoráveis.
O mal uso da voz se refere a falar excessivamente, falar alto e rápido, gritar, usar voz muito aguda ou muito grave e praticar canto sem ter preparação adequada. Tais hábitos associados ao fumo, ar-condicionado (ambos ressecam a mucosa da laringe), poeira, alergias respiratórias, estresse, ruído competitivo e predisposição genética propiciam o surgimento de patologias laríngeas, que podem prejudicar ou até mesmo impedir a atuação profissional.
O médico otorrinolaringologista e o fonoaudiólogo podem dizer se o profissional está fazendo um uso adequado da voz, dar orientações preventivas, avaliar e tratar a patologia, se existente. Vale lembrar que o tratamento precoce é sempre mais rápido, podendo inclusive poupar o indivíduo de uma cirurgia.
Por ser um valioso instrumento de trabalho, além de reflexo de nossa saúde física em mental, a voz merece atenção e cuidados especiais. Voz saudável é voz agradável.

Dicas de Higiene Vocal
Esses são cuidados para poupar a laringe de esforços desnecessários que muitas vezes são feitos e trazem prejuízo à voz e desconforto ao falante. A higiene vocal deve ser seguida por adultos e crianças, mas principalmente por profissionais que usam a voz como meio de trabalho.
- Hidratação do organismo é fundamental. Beba de 7 a 8 copos de água por dia, em temperatura ambiente. Pode ser substituído por suco cítrico natural e não açucarado. O refrigerante, por conter grande quantidade de gases pode prejudicar a movimentação do diafragma, por isso deve ser evitado.
- Evite ambiente com ar condicionado, que resseca as mucosas. Neste caso, intensifique a hidratação.
- Não grite sem suporte respiratório. O grito deve ser sempre evitado, mas em situações esporádicas em que ele é necessário (principalmente em certas profissões), o indivíduo deve gritar com técnica: corpo ereto, inspirar profundamente sentindo a expansão do abdômen e das costelas e falar em forte intensidade, com ataque vocal suave (item 4).
- Ataque Vocal é o encontro das pregas vocais quando começamos a falar uma palavra ou frase. Se o ataque vocal for brusco, o atrito entre as pregas vocais será muito forte, podendo causar inchaço e nódulos. Assim, o mais aconselhável é o ataque vocal suave.
- Tossir ou pigarrear excessivamente provoca um atrito intenso nas pregas vocais, podendo feri-las. Como mecanismo de proteção há um aumento do muco para protegê-las do impacto, isso se torna um ciclo vicioso, pois a secreção atrapalha a emissão vocal, forçando o indivíduo a pigarrear novamente! O melhor é controlar a vontade de pigarrear, aumentar a hidratação, fazer exercícios de vibração de língua. Quando for imprescindível eliminar o pigarro, sugere-se a realização voluntária e precoce do fechamento glótico, como se estivesse realizando um esforço físico, seguido de uma liberação repentina do fluxo de ar.
- Falar em ambientes ruidosos ou abertos leva o falante a intensificar a emissão vocal, pois há competição sonora. Quando possível deve-se evitar tais ambientes, mas no caso de profissionais que trabalham e tais condições a voz deve ser projetada na máscara, os sons articulados com precisão e a voz deve ser levemente agudizada.
- Utilizar tom grave ou agudo demais também é considerado um abuso. O tom mais apropriado para a fala é o tom médio ou de uma a duas notas acima deste. O tom levemente agudizado, apesar de não ser natural é o que exige menos esforço para ser produzido, Por isso é o ideal para profissionais que usam a voz o dia todo.
- Falar excessivamente durante quadros gripais ou crises alérgicas pode causar danos irreversíveis, pois os tecidos que revestem a laringe estão inchados e o atrito das pregas vocais durante a fala passa a ser uma forte agressão. Deve-se falar o mínimo possível nessas ocasiões, e beber água em abundância.
- Praticar exercícios físicos falando pode gerar sobrecarga pois durante o esforço físico ocorre um aumento no fechamento das pregas vocais.
- Fumar ou falar muito em ambientes de fumantes. O cigarro é altamente irritante às mucosas do trato vocal, além de ressecá-las e dificultar sua vibração.
- Utilizar álcool em excesso. O álcool também é irritante às pregas vocais e tem um efeito anestésico que mascara a dor de garganta, propiciando abusos vocais.
- Cantar ou falar abusivamente em período pré-menstrual não é aconselhável pois nesse período várias regiões do corpo sofrem inchaço, inclusive as pregas vocais O uso de pílulas anticoncepcionais pode causar o mesmo efeito.
- Falar demasiadamente logicamente causa sobrecarga vocal. As pregas vocais são músculos como qualquer outro, e também sofrem fatiga.
- Falar muito após ingerir grandes quantidades de Aspirinas, calmantes ou diuréticos. A Aspirina causa aumento da circulação sangüínea na periferia das pregas vocais. Coma associação do atrito de uma prega contra a outra há um aumento da fragilidade capilar. Os diuréticos e calmantes ressecam as mucosas.
- Cantar inadequada ou abusivamente e fazer parte de corais sem preparo vocal. Cantar é um ótimo exercício laríngeo, mas o indivíduo precisa ter preparo e técnicas vocais, caso contrário podem surgir sérios distúrbios orgânicos.
- Alimentação com excesso de condimentos trazem azia, má digestão e refluxo de secreções gástricas, que podem banhar as pregas vocais causando irritações nas mesmas. A maçã e o salsão são recomendados pois são adstringentes, deixando a saliva mais fininha. Já os derivados do leite e chocolate engrossam a saliva e dificultam a articulação das palavras e a vibração das pregas vocais.

Fonoaudióloga Keila A. Baraldi Knobel

Gagueira tem tratamento fácil e eficiente


A gagueira é uma perturbação da fala, de origem psicomotora, que se caracteriza pela repetição das sílabas e paradas involuntárias no início das palavras, na definição do "Dicionário Houaiss". No entanto, é muito mais do que isso para cerca de 1% da população mundial vitimadas pelo distúrbio, numa proporção de quatro homens para uma mulher. No Brasil, o Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica (CEFAC) calcula em 1,8 milhão de os brasileiros que sofrem com o problema.


Normalmente, surge entre dois e quatro anos de idade. Falta de fluência no ritmo, interrupções atípicas e involuntárias do indivíduo na fala, com repetições, hesitações, bloqueios, prolongamentos e tensões corporais e faciais são sintomas que podem vitimar pessoas de qualquer raça ou cultura. Segundo os especialistas, o distúrbio é tratável, porém também pode ser resolvido naturalmente. Segundo Jaime Zorzi, fonoaudiólogo da CEFAC, a ansiedade de quem convive com a pessoa que gagueja é maior do que a do "disfluente", como são chamados.
Quando a criança demonstra os primeiros tropeços, pausas ou demora mais para dar início à palavra, que é uma situação absolutamente normal, a tendência natural dos adultos é se antecipar e completar a palavra ou a frase que a criança pretendia proferir. Zorzi diz que esta atitude não é adequada e só contribui para chamar a atenção da criança para um problema que ela, geralmente, não percebe que é errado.


Zorzi verifica que em situações de estresse, todos podem gaguejar. "Sob pressão, qualquer pessoa tem dificuldade em controlar a fala. Nessas horas, pedir calma, paciência ou mandar a pessoa respirar não adianta. É preciso respeitar o tempo de cada um ao pronunciar as palavras e esperar com tranqüilidade, evitando pressionar e aumentar o foco de estresse do gago", ensina.
De acordo com o especialista, pais e professores têm uma função essencial ao detectar qualquer anormalidade na fluência da fala das crianças: encaminhar para um profissional da fonoaudiologia, que está preparado para avaliar o caso e, se necessário, fazer indicação para um médico especialista, psicólogo ou psiquiatra.

A proposta da fonoaudióloga Sílvia Friedman, há 30 anos trabalhando na área, é tratar a disfluência como uma situação normal. Ela não busca razões físicas para o problema, que vê como uma situação psico-social, diferente da maioria dos estudos da gagueira, que pressupõem razões orgânicas para o distúrbio. "Disfluir é normal. Todos, ao falarmos, temos certa hesitação, elaboramos o pensamento, pensamos mais e isso faz atrasar a saída das palavras", explica.
Para Sílvia Friedman, essa disfluência não deve ser tratada inicialmente como gagueira, que só ocorre quando há uma rejeição da fala da criança pelo adulto, quando não há aceitação da disfluência normal. Nesse caso, algo sobre a fala é dito para a criança e isso causa grande inibição para dar prosseguimento ou iniciar um discurso. "A criança passa a querer controlar a fala, o que vai dizer e não consegue. Essa tentativa de controle traz muita preocupação, ansiedade e vergonha de falar. É um desejo de controlar o que é incontrolável, e é assim que se instala a gagueira", observa Silvia.

TRABALHO EM GRUPO E MÚSICA - A especialista coordena grupos de adultos, crianças e adolescentes que aprenderam a lidar muito bem com situações de estresse. "No CEFAC, trabalhamos individualmente e em grupo e com sensibilização para que as pessoas larguem mão desse controle e percebam os sons, as vozes, o próprio corpo. É possível imaginar que a palavra vai sair de forma natural, sem pensar. Ninguém pensa para falar, quando vai ver, já falou. É um ato autônomo, independente e isso precisa ficar claro para quem gagueja." Silvia explica que trabalha bastante com música. É muito comum as pessoas dizerem que para cantar não gaguejam, pois estão falando sem pensar. Isso pode ser aproveitado e repassado para as situações normais de fala.

As pessoas em geral precisam se dar conta dessa normalidade da disfluência e não chamar a atenção da criança para a demora na articulação e verbalização das palavras, muito menos completar as frases e palavras. Nesse aspecto, a família e a escola têm papeis fundamentais, pois são quem têm mais contato com a criança nessa fase. Se pessoas da família e professores disserem para a criança que ela não está falando direito ela se sentirá mal. "Não se deve chamar a atenção quando a criança disflui, deve-se aceitar o tempo interno dela para a elaboração dos pensamentos e da fala", ensina a profissional.

Não existem estudos definitivos que comprovem a causa da gagueira e, hoje, alguns deles apontam para fatores hereditários e congênitos. Só o fator genético não explica a gagueira; há um conjunto de fatores que pode provocá-la, como os aspectos motores da fala, emocionais, afetivos, cognitivos e lingüísticos, entre outros.

O tratamento precoce é fundamental e deve ocorrer num período médio de seis meses a partir do surgimento dos primeiros sintomas. Os especialistas asseguram que submetidos a um tratamento fonoaudiológico adequado, há pacientes que se livram de todos os sintomas, independentemente da idade.


Além da gagueira, também conhecida como gagueira do desenvolvimento, a fonoaudiologia reconhece outros quadros considerados como Distúrbios da Fluência: a taquilalia – fala rápida, mas desorganizada -, a taquifemia – quadro mais complexo de fala rápida e desorganizada, com a presença de uma inteligência muito viva; além da gagueira neurogênica, atribuída a fatores orgânicos de ordem neurológica e a gagueira psicogênica, atribuída a fatores psicológicos. Um fonoaudiólogo especializado no tema tem competência para avaliar, fazer o diagnóstico diferencial, traçar um planejamento adequado de tratamento.


Por Solimar Garcia,
Especial para Agência Estado





segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Centro Multidisciplinar é inaugurado


Ocorreu na tarde de terça-feira, 3 de novembro, a inauguração do Centro Multidisciplinar da Prefeitura Municipal de Camaquã. A solenidade foi acompanhada por autoridades, servidores, educadores, convidados e comunidade.


O Centro Multidisciplinar é uma estrutura única e terá atenção especializada nas questões da criança e do adolescente, num projeto de co-participação das Secretarias Municipais da Educação, da Saúde e da Assistência Social que se caracteriza pela convergência de recursos e investimentos e a centralização de programas e serviços de atendimentos psicossociais e psicopedagógicos e de promoção da cidadania.


O serviço será oferecido por uma equipe multidisciplinar, formada por profissionais das áreas de Saúde Mental, Educação e Assistência Social como: Neurologista, Psiquiatra, Técnico em Enfermagem, Fonoaudiólogos, Assistentes Sociais, Psicólogos, Psicopedagogos, Arte Educadora, Pedagogos e Especialistas em Educação Especial.


Este formato verá a criança como ser individual, em ações de maior amplitude, atuando em todas as necessidades que dificultem o seu desenvolvimento integral, com uma metodologia que acompanhe e oriente as crianças/adolescentes em seu processo pessoal/educacional, garantindo a todos uma inclusão social e uma educação de qualidade.


Este projeto foi escrito pelas profissionais: Graziela Grala, Fabiane Ferreira, Meg Cestari, Laís Bazzo, Marinês Schinoffen, Marlise Ribeiro e Francine Wetzel e hoje é colocado em prática pelo Governo Municipal, sob a Coordenação da Supervisora e Especialista em Educação Especial, Graziela Grala.


Para a Coordenadora do Centro Multidisciplinar, este é um grande passo em relação ao atendimento especializado para o Município de Camaquã, onde ressalta: “Por muito tempo já havia se pensado na importância da parceria das Secretarias de Educação, Saúde e Ação Social, pois é através delas que poderemos promover uma educação de qualidade para alunos com dificuldades de aprendizagem e alunos com Necessidades Especiais incluídos nas Escolas de Camaquã.”


O prefeito Ernesto Molon destacou a importância de valorizar o ser humano, meta esta que vem sendo priorizada pelo governo desde 2001: “A parceria é a palavra chave para as grandes realizações e este é mais um exemplo disso. A valorização através do atendimento de cada necessidade de cada criança ou adolescente por um quadro completo de profissionais é tornar Camaquã uma referência na área”.


Integram o quadro de profissionais: a psicopedagoga clínica Fernanda Peluffo, a psicopedagoga institucional Vera Oliveira, a arte educadora Bernadete Tejada, as fonoaudiólogas Ana Paula Woijchowski e Danieli Scherer, a psicóloga Taiane Ribeiro, a especialista em Braille e baixa visão Tatiana Rodrigues, a assistente social Mônica Pereira, a secretária administrativa Keterine Nunes, o psiquiatra Enio Augusto Resmini, o neurologista Gilnei Rikacheneiski e a coordenadora do Centro a especialista em Educação Especial Graziela Grala.