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Linguagem: quando é preciso consultar um fonoaudiólogo?

Especialistas explicam quais sinais indicam atrasos na fala A maior parte das crianças começa a falar por volta dos 12 meses....

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Estudo relaciona surdez e demência em idosos

A cada 10 decibéis perdidos de audição, risco de demência cresce 27%



Demência: pesquisa aponta que a perda da audição está diretamente relacionada à doença neurológica (Thinkstock)

Pessoas idosas com problemas de surdez têm mais chances de desenvolver demência, afirma uma pesquisa publicada no periódico Archives of Neurology por cientistas da Faculdade de Medicina Johns Hopkins, dos Estados Unidos. De acordo com o estudo, a cada dez decibéis perdidos de audição, os riscos de demência aumentam 27%.

Para chegar aos resultados, os pesquisadores analisaram dados médicos de 639 pessoas com idades variando entre 36 e 90 anos - nenhuma delas sofria de demência. Os participantes foram inicialmente submetidos, de 1990 a 1994, a avaliações mental e auditiva. Na fase seguinte, que se estendeu até 2008, foi realizado novo acompanhamento, em busca de sinais de demência.

Do total de voluntários, 125 estavam afetados por leve deficiência auditiva, 53 estavam moderadamente surdos e seis padeciam de uma importante perda auditiva. Além disso, foram diagnosticados 58 casos de demência - 37 deles com Alzheimer. Os especialistas estabeleceram, então, uma correlação entre envelhecimento, perda da audição e aumento do risco de senilidade.

Entre os participantes de 60 anos ou mais, 36,4% dos riscos de desenvolver demência estavam vinculados à perda da audição, indica a pesquisa. Já o risco de surgimento de Alzheimer aumenta 20% a cada dez decibéis de perda de capacidade auditiva.

Os resultados não provam que a perda de audição é a causa da demência. Mas, segundo os médicos, sugerem que cuidados com o aparelho auditivo podem  impedir o aparecimento de doenças como o Alzheimer. "A perda da audição pode estar vinculada à demência em consequência de um esgotamento das capacidades mentais e do isolamento social ou a uma combinação de ambos", diz Frank Lin, coordenador do trabalho. Ele lembrou que um estudo de 1980 já havia chegado à mesma conclusão, mas a nova pesquisa foi a primeira a seguir o histórico de voluntários por vários anos.

(Com agência France-Presse e Reuters)

Fonte: Revista Veja

Distúrbios emocionais podem provocar desconforto no ouvido


Você sofre com zumbidos no ouvido? Ele aparece nas horas mais inconvenientes? Então, cuidado! Você pode precisar de ajuda médica para avaliar como anda o seu lado emocional. De acord Você sofre com zumbidos no ouvido? Ele aparece nas horas mais inconvenientes? Então, cuidado! Você pode precisar de ajuda médica para avaliar como anda o seu lado emocional. De acordo com a psicóloga do Grupo de Apoio a Pessoas com Zumbido (GAPZ), Lesle Maciel, alguns sentimentos aparentemente simples podem ser a causa do zumbido.

Segundo a Sociedade Brasileira de Otologia, mais de 15 milhões de brasileiros sofrem de algum distúrbio auditivo. O zumbido nos ouvidos era um problema que costumava atingir pessoas de meia idade e idosos, mas vem crescendo entre os jovens. Estima-se que 40% dos afetados reconheçam a doença e número ainda menor procura atendimento.

Entre os motivos desse crescimento estão o uso inadequado de aparelhos sonoros, a falta de informação para identificação dos sintomas e ainda o consumo exagerado de doces e cafeína. Para a fonoaudióloga Ana Lúcia Sallum, a exposição a sons intensos é a segunda maior causa de deficiência auditiva. “O som em alta intensidade causa sérias lesões às células sensoriais, levando a perdas auditivas irreversíveis”, salienta.
Nos casos em que não há causas aparentes, Lesle Maciel explica que a falta de perspectiva em relação ao tratamento do zumbido, a necessidade de abrir mão de determinados hábitos e de novos aprendizados deixam os pacientes ansiosos e até com depressão.

O zumbido pode estar relacionado à vida sentimental, por isso é importante que a pessoa procure também descobrir as causas individuais, o que pode ser feito com uma avaliação otorrinolaringológica e exames complementares. Algumas pessoas necessitam de abordagem multiprofissional e mais abrangente. Mesmo quando não há doenças graves, o zumbido pode prejudicar a qualidade de vida.

“Com certeza este é um problema que incomoda muito e pode trazer consequências emocionais que podem comprometer ainda mais a qualidade de vida do paciente”, explica a psicóloga Denise Marcon. Segundo a especialista, fazer o tratamento adequado e acompanhamento psicoterapêutico, quando necessário, é essencial para um bom prognóstico. (TM)

Fonte: Jornal da Manhã Online

Diabetes não controlada aumenta perda auditiva em mulheres

Diabetes não controlada aumenta perda auditiva em mulheres

Estudo mostrou que mulheres que não controlam diabetes podem ter mais problemas para ouvir do que aquelas que controlam a doença


Controle do diabetes: pacientes com a doença devem monitorar as taxas de açúcar no sangue constantemente

Controle do diabetes: pacientes com a doença devem monitorar as taxas de açúcar no sangue constantemente (Jeffrey Hamilton/Thinkstock)

Mulheres com diagnóstico de diabetes podem ter maior perda auditiva à medida que envelhecem. O problema pode piorar principalmente se a doença não estiver sendo controlada com medicamentos. É o que sugere um estudo feito por pesquisadores do Hospital Henry Ford, em Detroit. Entre os homens, a perda foi pior tanto para os que tinham diabetes como para os que não tinham a doença.

Para o estudo, os pesquisadores revisaram registros médicos de 990 pacientes que fizeram exames de audição entre os anos de 2000 e 2008. Depois, eles foram divididos em categorias por gênero, idade e se tinham ou não diagnóstico de diabetes. Então, aqueles que tinham diabetes foram separados em dois grupos: os que controlavam bem o diabetes e os que não faziam controle da doença com medicamentos.

De acordo com os resultados da pesquisa, mulheres com idades entre 60 e 75 anos e que não controlavam a doença tinham mais riscos de ter perda auditiva. Já as idosas que usavam medicamento para evitar a piora do diabetes tinham níveis de audição tão bons quanto as que não eram diabéticas.

O estudo também mostrou uma piora significativa da audição em todas as mulheres com menos de 60 anos com diabetes, mesmo que controlada, em comparação com aquelas que não tinham diabetes. Para os homens, não houve diferença significativa na audição entre aqueles com diabetes bem ou mal controlada.

"Certo nível de perda auditiva é normal no processo de envelhecimento para todos nós, mas muitas vezes essa perda é acelerada em pacientes com diabetes, especialmente se os níveis de glicose no sangue não estão sendo controlados com medicação e dieta", disse Derek J. Handzo, do Departamento de Otorrinolaringologia Cabeça e Pescoço do Hospital Henry Ford. "Nosso estudo chama a atenção para importância de controlar o diabetes nos pacientes, principalmente à medida que envelhecem", afirmou.

Entre os sinais de perda auditiva estão dificuldade de ouvir barulhos ou de ouvir conversas em grandes grupos de pessoas, além de ter que aumentar o volume da televisão ou do rádio.

Apesar da associação entre diabetes e perda auditiva já ter sido estudada anteriormente, a nova pesquisa mostra mais sobre a possibilidade de diminuir os níveis da perda auditiva em mulheres, caso a doença seja controlada. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, cerca de 10 milhões de pessoas são portadoras da doença e aparecem 500 novos casos por dia.

Fonte: Revista Veja

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Otite (0 a 1 ano)



Como identificar que meu filho está com infecção no ouvido?

Às vezes é difícil saber, mas, se a criança está resfriada e cerca de três a cinco dias depois fica com febre, pode ser que esteja com otite.

Outros sinais são mexer na orelha e ficar inquieta demais, diferente de seu estado normal (lembre-se de que algumas crianças costumam mexer na orelha sempre que estão com sono, portanto não há motivo para se preocupar se seu filho estiver bem, apesar de mexer na orelha).

Quando o bebê tem dor de ouvido, dói para mamar e engolir, por isso ele pode começar a chorar ou empurrar o peito ou a mamadeira depois do início de cada mamada. Se isso acontecer, leve-o ao médico.
Cheiro ruim ou secreção no ouvido também são sinais de infecção.

É comum bebês terem otite?

As otites são muito comuns em crianças pequenas, principalmente no inverno. Certas crianças têm mais tendência para a dor de ouvido que outras.

Qual é a causa?

O problema começa nas tubas auditivas, ou trompas de Eustáquio, que ligam o ouvido médio (também chamado, mais recentemente, de orelha média) ao nariz e à garganta. Bactérias presentes nesses locais acabam indo para as tubas auditivas quando a criança boceja ou engole.

Não há problema nenhum nisso, desde que essas trompas estejam funcionando bem -- qualquer líquido que entra volta para o lugar de onde saiu. Se a tuba auditiva estiver inchada por causa de um resfriado, de alergia ou de infecções nas vias aéreas como a sinusite, o líquido fica preso no ouvido médio, o que cria o ambiente ideal para a proliferação de vírus ou bactérias.

Quando isso acontece, há a formação de pus, que pressiona o tímpano, que por sua vez fica inflamado -- é a otite média aguda.

A febre aparece porque o corpo da criança começa a combater a infecção.

Outro motivo para as crianças serem suscetíveis a infecções de ouvido é o fato de suas tubas auditivas serem curtas e ficarem na horizontal enquanto elas são pequenas. À medida que vão crescendo, a tuba cresce de 1,25 centímetro para 3,8 centímetros, e também assume uma posição mais vertical, reduzindo a propensão a infecções.

O tratamento com antibióticos elimina os microorganismos, mas o líquido pode levar até três meses para ser reabsorvido pelo corpo. A simples presença de líquido não exige atendimento médico, a não ser que venha acompanhada de outros sintomas, como febre. A permanência do líquido também explica por que às vezes as infecções voltam.

O índice de recorrência da otite chega a 50 por cento, principalmente quando um novo resfriado volta a entupir a tuba. As otites de repetição podem acabar afetando a capacidade auditiva da criança.

Há algum fator que predisponha à otite?

O risco de infecção no ouvido aumenta devido a vários fatores, o uso de chupeta, permitir que a criança mame na posição completamente horizontal e a exposição à fumaça do cigarro. Bebês que frequentam escolinhas ou creche também são mais propensas a ter otite, porque têm mais contato com o vírus do resfriado.

Há indicações de que existam fatores hereditários: se você ou seu parceiro tiveram várias otites quando crianças, seu bebê corre mais risco de tê-las também. A amamentação ajuda a prevenir as infecções de ouvido.

Os médicos também recomendam evitar que entre água no ouvido do bebê. Se seu filho está tendo dor de ouvido, converse com o pediatra para ver se há restrições quanto ao uso de piscina, por exemplo.

A otite é grave?

A otite pode se agravar, e mesmo nos casos leves ela provoca muita dor no bebê -- e nos pais, por tabela. Uma infecção mais forte ou que não seja tratada pode romper o tímpano e invadir o canal auditivo.

É bem raro que isso ocorra, mas é importante pedir ao médico que examine o ouvido do seu filho se você acha que ele possa estar com uma infecção. Otites de repetição, ou seja, que sempre voltam, podem causar alguma perda auditiva (temporária ou permanente) e danos aos tímpanos.

É muito difícil lidar com um bebê com dor de ouvido. Ele pode chorar horas a fio durante a noite, e o único consolo pode ser mesmo o colo -- e às vezes nem isso. Não é difícil que um vizinho venha bater à sua porta para dar conselhos.

Dos remédios caseiros para aliviar a dor de ouvido, você pode usar compressas mornas (uma bolsa de água quente envolta em uma toalha, por exemplo), se isso trouxer alívio para o bebê. Não pingue nada dentro do ouvido da criança sem orientação médica.

Tem pus saindo da orelha do meu filho. E agora?

A presença de líquido com um pouco de sangue ou de pus indica que houve uma pequena perfuração no tímpano. Isso não quer dizer que seu filho vá ficar surdo: essas lesões costumam cicatrizar sem maiores danos. Mas fale com o médico imediatamente.

Qual é o tratamento?

Para bebês, que são mais frágeis, os médicos receitam antibióticos, se há indicações de infecção bacteriana. A localização da infecção pode fazer com que ela se transforme em outros quadros, como a meningite, por exemplo, portanto os pediatras preferem adotar a máxima cautela.

Em crianças mais velhas, há estudos mostrando que é possível esperar alguns dias antes de administrar o antibiótico, porque muitas vezes a infecção vai embora sozinha.

Em caso de infecções muito recorrentes, o otorrinolaringologista deve ser consultado para avaliar as funções auditivas da criança, tentar outros tratamentos e até considerar a possibilidade da inserção de um tubo de ventilação no tímpano.

Trata-se de um procedimento simples que ajuda a drenar o fluido que se acumula na trompa de Eustáquio e reduz o risco de nova infecção.

Fonte: Site Baby Center

quarta-feira, 18 de abril de 2012

CAICA realiza abertura do curso de inclusão para comunidade Camaquense, com o tema: “Aprendendo a incluir, para aprender com a Inclusão”.



A Prefeitura Municipal de Camaquã, através do CAICA (Centro de Atendimento Integral à Criança e ao Adolescente), que é mantido pelas Secretarias Municipais da Sáude, Educação e Ação Social, iniciou nesta terça-feira, dia 17 de abril, o Curso de Formação Continuada de Educação Inclusiva com a temática “Aprendendo a incluir, para aprender com a Inclusão”. Este curso tem 339 inscritos, entre educadores e estudantes de nossa comunidade. Esta iniciativa tem como prioridade fomentar o estudo, reflexão e possibilidades de vivenciarmos o sucesso da inclusão de alunos com deficiência na escola regular.

A coordenadora do CAICA, Educadora Graziela Grala, apresentou a proposta do curso que tem a duração de 100 horas e acontece todas as terças-feiras, este curso visa implementar a escola de qualidade, que deve ser igualitária, justa e acolhedora para todos.

O Secretário Municipal da Saúde Regis Tadeu Grandini Kulczynski que falou em nome das secretarias mantenedoras, enfatizou a importância do trabalho do CAICA, que é de atendimento, acolhida, ajuda às famílias, crianças e adolescentes que buscam auxílio em suas necessidades. Ressaltou que é surpreendente constatar o trabalho comprometido e ético do CAICA.

A Secretária Geral do Governo, Renata Maines que representou o Prefeito Ernesto Molon, refletiu que para o processo de inclusão aconteça, é preciso preparar a alma e o coração, buscar constantemente o conhecimento, e deixou como mensagem final o que nos diz o poeta “...Caminhante não há caminho, o caminho se faz ao caminhar...”

Em seguida a Psicóloga Jaqueline Maia coordenou um bate papo com preciosas pessoas de nossa comunidade que trouxeram suas histórias de vida, e como superam sua deficiência. Ensinaram-nos a pensar numa sociedade que seja de fato inclusiva, que cuide da vida na sua plenitude. Ana Luíza, Juarez, Elisandro, Aline, Gustavo, Cláudia, Joni Mar, Rafaela, Wanderley e Maria Isabel, vocês são exemplos de vida, e nos iluminaram com as vossas vidas. Obrigado por existirem e por contribuírem com todos nós.

Muitas foram as mãos, mentes e corações que nos ajudaram na realização deste evento, aos nossos heróis anônimos, a nossa gratidão.

“ Somos diferentes, mas não queremos ser transformados em desiguais. As nossas vidas só precisam ser acrescidas de recursos especiais”.

Fonte: CAICA

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Cerca de 20% das crianças de até 5 anos tem dificuldades para ouvir


Um quinto das crianças de até 5 anos tem dificuldades para ouvir, de acordo com estudo

Cerca de 20% das crianças em idade pré-escolar - entre 1 e 5 anos - apresentam algum nível de perda auditiva. No grupo que já frequentava a escola - entre 6 e 12 anos -, a incidência de problemas de audição é de 6%. Os dados estão em estudo, feito no Rio, entre outubro de 2010 e março deste ano, que avaliou 433 crianças até 12 anos. O trabalho serve de alerta a pais e médicos.

"Este resultado mostra que é preciso ter mais cuidado na investigação auditiva em crianças em idade pré-escolar", afirma a autora da pesquisa, a fonoaudióloga Viviane Fontes, acrescentando que a diminuição da capacidade auditiva pode ocorrer por fatores como otites, dores de ouvido, alergias respiratórias, sinusite e rinite crônicas. Além de perfuração de tímpano, caxumba e até pelo uso inadequado do cotonete.

Segundo a fonoaudióloga, as perdas nem sempre são totais, e muitas podem ser revertidas se identificadas logo. Ela alerta que o problema pode comprometer o desenvolvimento da criança: "Nesta fase, o pequeno está adquirindo a linguagem. Não ouvir bem acarreta dificuldade na fala, escrita e aprendizado".

Para piorar, como nesta faixa etária a criança ainda não se expressa bem, há dificuldade de perceber que há um problema. Além disso, a forma de diagnóstico mais comum, a audiometria, é mais eficaz nas crianças mais velhas.

Para diagnosticar as perdas auditivas, o melhor é o teste da orelhinha. "Ele é feito em recém-nascidos, mas pode ser realizado em qualquer idade", frisa Viviane. No Rio, maternidades municipais fazem o teste. Ele pode ser feito ainda nos Centros de Saúde Waldir Franco, em Bangu, e Madre Teresa de Calcutá, na Ilha do Governador.

Atenção

SINAIS
Entre as crianças que podem ter problemas de audição, estão as que falam muito alto, precisam ser chamadas muitas vezes antes de atender e as que ficam muito de boca aberta e coçam muito os ouvidos.

TESTE
Para ter acesso gratuito ao Teste da Orelhinha, basta ir a qualquer unidade de saúde do município e obter encaminhamento para locais que fazem o teste. Até o fim do ano, ele será oferecido em 10 unidades.


Fonte: Terra.com.br

Campanha da Voz com a dupla sertaneja Victor & Leo

Linguagem e fonoaudiologia


Quando as Crianças Precisam de Terapia Fonoaudiológica?

 Desde que nascemos, e até bem antes de nascer, somos expostos à linguagem, através de nossos pais ou responsáveis. É ouvindo os outros falarem que desenvolvemos a nossa fala. Mas o desenvolvimento da linguagem é um processo lento, e, depende da maturação cerebral da criança.

Por volta dos seis meses de vida, a criança começa a apresentar os balbúcios, que são os primeiros sons que conseguem produzir. Já com um ano, em média, aparecem as primeiras palavras com significado como “mamãe, papai”. Após esse período, o vocabulário começa a se expandir, até que com mais ou menos dois anos, a criança já pode produzir frases que contenham duas palavras, e que apresentam verbos. Até os cinco anos de idade, as crianças já devem apresentar todos os fonemas adquiridos, ou seja, o processo de aquisição da linguagem deve estar completo. Mas nem sempre isso acontece. Algumas passam por esse período de aquisição, e as trocas ou omissões de letras permanecem.

Alguns fatores podem contribuir para que a fala das crianças fique prejudicada. São eles:
  •  uso prolongado de chupeta e mamadeira, sucção de dedo ou outros objetos , pois podem prejudicar o posicionamento dos dentes, da língua e órgãos fonoarticulatórios.
  • respiração oral, pode causar alteração dos órgãos fonoarticulatórios, como hipotonia de lábios, língua e bochechas, má posição da língua ao falar e ao deglutir, o que também prejudica a arcada dentária.
  • má oclusão dos dentes (mordida aberta ou mordida cruzada), pode alterar o posicionamento da língua.
  • alterações anatômicas da face.
  • dificuldades auditivas.
  • problemas emocionais/ psicológicos.


Quando se percebe que existe alguma (s) dessa (s) alterações, é imprescindível buscar ajuda de um profissional fonoaudiólogo, pois ele é capacitado para avaliar as condições da linguagem e motricidade oral, e intervir o quanto antes para que essas dificuldades não se estendam para a vida adulta.

Dicas aos pais:

Os pais devem estar atentos aos seus filhos e sempre que possível, estimular o processo de aquisição da linguagem das crianças de forma positiva, falando corretamente com elas e nunca as infantilizando (o que deve ser feito desde que são pequenas); tendo um tempo para brincar com elas e ouvi-las; ler histórias para incentivar o gosto pela leitura; cantar cantigas infantis estimulando o aprendizado de novas palavras e observar se a criança responde quando é chamada, pois às vezes perdas auditivas são percebidas tardiamente, o que dificulta o processo de aquisição normal da linguagem.

Por Roberta Andrighetto Nunes - Fonoaudióloga
Fonte: Site Brasil Clínicas

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Meu filho já fez 2 anos mas ainda adora uma chupeta. Devo me preocupar?


Meu filho adora chupeta. Isso é preocupante?

Muitas crianças se acalmam quando chupam a chupeta e chegam a usá-la até ter 5 ou 6 anos. Às vezes a chupeta também ajuda a criança a aliviar o estresse ou a se adaptar a situações novas e desafiadoras, como começar a ir à creche ou escolinha, ou fazer uma viagem longa de carro.

Há boas razões, porém, para ir convencendo seu filho de que é bom abandonar o hábito. Se ele tiver tem tendência a infecções no ouvido, por exemplo, largar a chupeta pode ser uma boa idéia. Um estudo mostrou que crianças que não usavam chupeta tinham 33% menos incidência desse tipo de infecção no ouvido médio.

A chupeta também não ajuda crianças que parecem estar desenvolvendo problemas na hora de falar. O ato de sugar ou chupar mantém a boca da criança em uma posição pouco natural, dificultando o desenvolvimento dos músculos da língua e dos lábios, explica a especialista norte-americana Patricia Hamaguchi, autora de um livro sobre a fala ("Childhood, speech, language, and listening problems: What every parent should know").

Mesmo que não dê para perceber algum problema, seu filho está aprendendo a falar, e fazer isso com uma chupeta na boca pode atrapalhar o processo, alterando o modo como os sons são pronunciados e forçando a língua a descansar numa posição pouco natural.

Em alguns casos, o uso frequente da chupeta faz com que a língua se projete para a frente, o que pode causar problemas nos dentes ou de ceceio (às vezes confundido com a língua presa: a língua entra no meio dos dentes na hora de falar sons como "s" e "z").

Por esses motivos, é recomendado limitar o tempo de chupeta da criança ao mínimo possível. Procure usar as chupetas pequenas e macias, como as de tamanho para recém-nascidos. Quando ela tiver por volta de 1 ano e meio, é melhor pensar em fazer a criança parar de vez.

Chupetas afetam os dentes da criança?

Crianças com o hábito de chupar constantemente os dedos ou a chupeta podem ter problemas com o crescimento dos dentes frontais superiores. Mas dentistas dizem que, na maioria das crianças, a chupeta não provoca nenhum problema até que surjam os dentes permanentes -- por volta dos 4 a 6 anos de idade.

Mesmo assim, é uma boa idéia contar ao dentista sobre a chupeta, para que ele veja se está tudo bem com os dentes e a mandíbula da criança.

Como faço meu filho largar a chupeta?

O ideal é que seu filho largue a chupeta sozinho, pois sua necessidade de chupar algo deveria diminuir naturalmente conforme ele cresce.

Para ajudá-lo, fique de olho e, quando ele for querer a chupeta, providencie algo para substituí-la. Se ele pega a chupeta quando está entediado, ofereça alguma atividade mais interessante, como um livro para folhear, ou faça caretas engraçadas para distraí-lo.

Já se a criança tende a colocar a chupeta na boca quando está preocupada ou se sentindo insegura, ajude-a a explicar o que ela está sentindo. Faça perguntas para descobrir o que está acontecendo e conforte-a de outro jeito -- com beijos e abraços, por exemplo.

Para encorajar seu filho, elogie quando ele conseguir ficar sem a chupeta. Você também pode controlar o uso da chupeta, e deixar que ele a use só à noite ou na hora do cochilo. E procure não oferecer a chupeta. Se ele não pedir, não dê, mesmo que ele esteja acostumado a dormir com o bico.

Experimente usar um calendário para anotar os dias que seu filho ficou sem a chupeta. Para cada dia sem, marque com um adesivo colorido, como uma estrelinha dourada. E quando ele completar uma semana sem chupeta, dê um prêmio, como um passeio especial ou uma brincadeira a dois.

Mas até que a chupeta seja totalmente abandonada, seja paciente e continue com os cuidados básicos: lave bem a chupeta uma vez por dia e também quando ela cair no chão. Deixar a chupeta por alguns minutos numa solução com água e vinagre branco uma vez por dia ajuda a prevenir o aparecimento de fungos. Enxágue bem e deixe secar naturalmente. Ensine seu filho a nunca emprestar a chupeta a amiguinhos.

Quando lavar a chupeta, verifique se o bico está firmemente colado à base (para que não haja risco de ele se soltar e seu filho engasgar) e troque assim que vir algum sinal de desgaste.

Truques e estratégias para a chupeta ir embora de vez
  • Vá diminuindo aos poucos os períodos em que permite o uso da chupeta.
  • Restrinja a chupeta a momentos críticos do dia, como a hora de dormir ou quando seu filho está doente, se sentindo mal. Seja firme.
  • Se for premiar a criança por não usar a chupeta, prefira brincadeiras, passeios, privilégios, adesivos ou presentinhos simples -- não dê doces a ela no lugar da chupeta.
  • Reforce a idéia de que crianças mais velhas não usam chupeta -- elas adoram se sentir mais crescidas.
  • Incentive a criança a dar todas as chupetas para alguém -- nem que seja o Papai Noel ou o coelhinho da Páscoa. E, depois que ela der, faça de tudo para não voltar atrás. Se não houver nenhuma data apropriada próxima, você pode inventar a "fada da chupeta", que deixa um presentinho em troca.
  • Converse com outros pais para saber que estratégias eles usaram (os fóruns do BabyCenter são um ótimo local para isso). Há quem faça, por exemplo, um furinho na chupeta, prejudicando a sucção, e diga ao filho que a chupeta "quebrou".
  • Identifique os sinais de que seu filho está pronto para largar a chupeta e aproveite o momento. Durante um resfriado, é comum que a criança rejeite a chupeta, pois precisa respirar pela boca por causa do nariz entupido. Se isso acontecer, tire as chupetas de vista e espere. Quando seu filho pedir a chupeta, não dê imediatamente. Pode ser que ele largue o hábito naturalmente.
  • Invista na rotina da hora de dormir: anuncie uma mudança (um bichinho novo, a mudança do berço para a cama, um novo hábito, de ouvir música ou contar histórias de um livro, por exemplo), e explique que na nova rotina -- de criança grande -- não há espaço para a chupeta. O entusiasmo com a novidade pode ajudar.


Fonte: Site Baby Center Brasil

Marcos do desenvolvimento: Fala


A fala

Seu bebê vai aprender aos poucos a usar palavras para descrever o que vê, ouve, sente e pensa na medida em que completa saltos de desenvolvimento mental, emocional e comportamental. Os pesquisadores agora sabem que, muito antes de um bebê murmurar sua primeira palavra, ele aprende as regras da linguagem e percebe como os adultos a usam para se comunicar.

Quando se desenvolve

As crianças aprendem a falar durante os dois primeiros anos de vida. Seu bebê começará usando a língua, os lábios, o céu da boca e qualquer dente que esteja aparecendo para produzir sons ("os" e "as" no primeiro ou no segundo mês; os murmúrios começam pouco depois). Logo, esses sons se tornam palavras de verdade (um "mamã" ou um "papá" pode escapar sem querer entre os 4 e os 5 meses, levando lágrimas aos seus olhos -- quem se importa se foi intencional ou não?).

A partir daí, seu bebê vai aprender mais palavras com você, com seu parceiro e com quem mais estiver perto dele. Entre 1 e 2 anos, ele começará a formar frases com duas ou três palavras.

Como se desenvolve

O choro do seu filho ao nascer é a primeira incursão que ele faz no mundo da linguagem. Naquele momento, ele expressa o choque de sair do confinamento gostoso do útero e de estar em um lugar desconhecido. A partir de então, vai absorvendo os sons, os tons e as palavras que moldarão a forma com que ele vai falar.

A fala está ligada de forma inextricável à audição. Quando ouve as outras pessoas conversarem, o bebê aprende os sons das palavras e como as frases são estruturadas. De fato, muitos pesquisadores acreditam que o trabalho de compreender a linguagem começa enquanto o bebê está no útero. Assim como antes de nascer o bebê se acostuma ao compasso dos batimentos do seu coração, ele entra em sintonia com o som da sua voz. Dias após o nascimento, é capaz de discernir a sua voz das dos demais.

De 1 a 3 meses

A primeira forma de comunicação do seu filho é o choro. Um grito agudo pode significar fome, enquanto choramingos curtos e repetidos podem assinalar a necessidade de trocar a fralda. Depois de algum tempo, o pai e a mãe aprendem a reconhecer os diferentes tipos de choro, para atender melhor às necessidades da criança. Dá para distinguir o choro de cólica do choro de fome, por exemplo.

À medida que o bebê cresce, vai desenvolvendo um repertório delicioso de gorgolejos, suspiros e arrulhos, tornando-se uma minifábrica de som. Sobre a capacidade de entender a linguagem, os linguistas dizem que os bebês de até 4 semanas são capazes de fazer a distinção entre sílabas similares, como "ma" e "na".

4 meses

Neste ponto, seu filho vai começar a balbuciar, combinando consoantes e vogais (como "dadá" ou "babá". Os primeiros "mama/ã" e "papá" podem escapar aqui e ali, e embora certamente façam você e seu companheiro se derreterem todos, não significam que o bebê já relacione direito as palavras a vocês. Isso vem depois, quando ele estiver com quase um ano.

As tentativas dele de falar vão parecer um jorro de monólogos em outra língua qualquer, infindáveis torrentes de palavras. A vocalização é uma brincadeira para a criança, que faz experiências usando a língua, os dentes, o céu da boca e as cordas vocais para produzir todo tipo de sons engraçados. Ela se diverte quando descobre que é ela quem faz tudo aquilo, fica estimulada a repeti-los e a procurar novos barulhos.

Nesse estágio, os balbucios têm os mesmos sons, não importa se a família do bebê fale português, inglês, francês ou japonês em casa. É possível perceber uma preferência da criança por determinados sons ("ca", "da" ou "auá", por exemplo), repetidos por ele sem cessar porque ele gosta do jeito como soam e da sensação na boca que eles produzem quando são pronunciados.

De 6 a 9 meses

Quando a criança balbucia e emite sons, eles até parecem fazer algum sentido. Isso ocorre porque ela passa a usar tons e padrões similares aos que você usa. Estimule o seu bebê a balbuciar lendo para ele, cantando e conversando.

De 1 ano a 1 ano e 5 meses
Ele usa uma ou mais palavras e sabe o que elas significam. Pratica até mesmo a inflexão, elevando o tom ao fazer uma pergunta, como "co-lo?", quando quiser ser carregado, por exemplo. A criança percebe a importância da fala e o enorme poder que representa o fato de ser capaz de expressar suas necessidades.

De 1 ano e meio a 2 anos

O vocabulário pode incluir até 200 palavras, muitas delas nomes. Entre 1 ano e meio e 1 ano e 8 meses, as crianças aprendem uma média de dez ou mais palavras por dia. Algumas aprendem palavras novas a cada 90 minutos, uma média impressionante. Cuidado, portanto, com o que diz na frente do seu filho! Ele vai também juntar duas palavras, formando frases básicas como "É meu" (bem típica do comportamento possessivo dessa fase!).

Aos 2 anos, usará frases com três palavras e cantará canções simples. O senso de identidade dele vai amadurecer e ele começará a falar sobre si -- do que gosta e do que não gosta, o que pensa e sente. Os pronomes podem confundi-lo e é possível que você o pegue dizendo "nenê fez", em vez de "eu fiz".

De 2 a 3 anos

A criança terá um pouco de dificuldade para empregar o volume apropriado para falar, mas logo aprenderá. Também começará a desvendar os macetes dos pronomes, como "eu" e "você". Entre 2 e 3 anos, seu vocabulário aumentará para até 300 palavras. Ela usará nomes e verbos juntos para formar frases completas, embora simples, como "Eu quero agora".

Quando fizer 3 anos, seu filho usará a fala com mais sofisticação. Será capaz de manter uma conversa e ajustar o tom, os padrões de fala e o vocabulário ao parceiro da conversação. Usará, por exemplo, palavras mais simples com outras crianças, mas será mais sofisticado com você.

É possível que você já entenda tudo o que ele diz. A maioria das crianças nessa idade é fluente ao dizer o nome e a idade, e responde prontamente a uma pergunta. Nesse estágio, você pode corrigir eventuais palavras ou concordâncias simples ditas pela criança, de preferência repetindo a frase ou palavra do modo correto, sem advertir seu filho por ter falado "errado".

O que vem pela frente

À medida que seu filho cresce, ele fica mais tagarela. Você mal vai se lembrar da época em que ele não falava e vai se divertir ouvindo sobre os trabalhos que ele fez na escola, sobre o que a amiguinha Sabrina comeu no almoço, o que ele acha da madrasta da Cinderela e qualquer outra coisa que ocupe a mente dele. Ele também começará a lidar com a habilidade mais complexa da escrita.

O que você pode fazer

É simples: converse com seu filho. Pesquisas mostraram que crianças cujos pais falavam bastante com elas na primeira infância tinham um QI significativamente maior que o das outras crianças. O vocabulário delas também se mostrou mais rico que o de crianças que não receberam muito estímulo verbal.

Você pode começar já na gravidez, de forma que o bebê se acostume com o som da sua voz, o que já pode ir estimulando conexões no cérebro dele. Leia um livro em voz alta ou cante para o bebê enquanto estiver no banho. Tudo bem, é possível que você se sinta estranha fazendo isso. Se for o seu caso, não precisa ficar culpada, ele já ouvirá bastante a sua voz quando você falar com outras pessoas.

Quando o bebê nascer, converse enquanto estiver trocando a fralda, dando de mamar ou dando banho, e dê um tempo para que ele responda com um sorriso ou olhando nos seus olhos. Um bom jeito de começar é simplesmente descrever o que você está fazendo: "Agora a mamãe vai colocar você na água quentinha (e assim por diante)". Por volta dos 5 meses, você poderá perceber que ele presta atenção aos movimentos da sua boca. Continue falando e em breve ele começará a tentar conversar também.

É impossível não usar um certo "tatibitate" ao falar com o bebê, e ele tem lá sua função afetiva, mas procure usar também frases reais, no mesmo tom de voz e com o mesmo vocabulário que usaria com um adulto. Seu filho só aprenderá a falar se você ensiná-la a fazer isso. Não há motivo para evitar o uso de palavras complicadas. Embora talvez precise simplificar a forma como fala para que seu filho compreenda o que você quer dizer, a melhor maneira de ele aumentar o vocabulário é escutando você usando novas palavras.

Ler é uma ótima forma de ajudar a desenvolver as habilidades de linguagem do seu filho. Os bebês vão adorar o som da sua voz, as crianças maiorzinhas vão aproveitar as histórias e mais tarde podem até mesmo interrompê-las para dizer o que está acontecendo ou dar algum palpite.

Quando se preocupar

Bebês com problemas de audição param de balbuciar por volta dos 6 meses. Se o seu não emite nenhum som (nem mesmo tenta fazê-lo) nem olha nos seus olhos, consulte seu médico. Embora algumas crianças comecem a formar palavras com 9 meses, muitas vão fazer isso só depois do primeiro aniversário, até 1 ano e 3 meses. Se o seu filho ainda não fala nenhuma palavra com essa idade, ou você ainda não consegue entender nenhuma palavra do que ele diz, converse sobre o assunto com o pediatra. Só ele poderá fazer uma avaliação individualizada, de acordo com as características do seu filho.

Se até os 3 anos seu filho continuar a comer consoantes (dizendo "asa" para "casa", por exemplo) ou a substituir um som ou uma sílaba por outra (dizendo "papato" em vez de "sapato", por exemplo), vale a pena conversar com o pediatra, que, dependendo do caso, pode recomendar uma avaliação fonoaudiológica. O profissional da área poderá orientá-la para fazer exercícios em casa ou indicar uma terapia.

Às vezes pequenas atitudes, como chamar a atenção para o som errado repetindo a palavra corretamente, já são suficientes para obter bons resultados. Se seu filho disser: "Qué pô o papato", você pode responder: "Ah, você quer pôr o sapato?"

Todas as crianças pequenas gaguejam de vez em quando. Pode ser que estejam aceleradas demais pela vontade de contar o que se passa por sua cabeça que não consigam escolher as palavras certas na hora. A velocidade do raciocínio acaba sendo maior do que a mecânica da fala. Deixe a criança terminar a frase sozinha, sem interrompê-la para ajudar. Apesar de sua intenção ser das melhores, a interrupção poderá soar como um desestímulo.

A maioria das gagueiras é transitória, e muitas vezes aparece num momento de ansiedade, como perto do aniversário, do início das aulas ou da chegada de um irmãozinho.

Uma gagueira persistente, no entanto, deve ser avaliada por um profissional fonoaudiólogo. A criança em geral faz mais progressos se for avaliada entre 6 e 12 meses após se notar pela primeira vez a gagueira, independentemente da idade. Você também pode pedir ao pediatra a indicação de um especialista.

Fonte: Site Baby Center Brasil

terça-feira, 10 de abril de 2012

Labirintite


A labirintite ocorre em virtude de uma inflamação no labirinto, que se encontra no ouvido interno. A labirintite apresenta diversas causas.
 

A orelha, comumente chamada de ouvido, é o órgão responsável pela audição e também pelo equilíbrio do nosso corpo. Ela é dividida em três partes: orelha externa, orelha média e orelha interna. Na orelha interna encontramos o sáculo, o utrículo e os canais semicirculares que formam o aparelho vestibular, muito conhecido como labirinto.

O sáculo e o utrículo são duas bolsas cheias de um líquido gelatinoso contendo células sensoriais ciliadas e também otólitos (pequenos grãos de carbonato de cálcio), que se deslocam conforme o movimento do corpo, estimulando as células sensoriais que mandam as informações até o cérebro, onde serão interpretadas. Dessa forma, podemos dizer que o labirinto é a estrutura responsável por informar o nosso cérebro sobre a direção dos movimentos da cabeça e do corpo; e a labirintite nada mais é do que o termo utilizado por muitos para designar uma inflamação ou uma infecção no labirinto.


 Na figura podemos observar o sáculo, utrículo e canais semicirculares que compõem o labirinto

A labirintite pode ter inúmeras causas, mas como afirma o otorrinolaringologista de São Paulo, Ricardo Testa, "Na maioria dos casos, a labirintite está relacionada à diabetes, problemas vasculares, disfunções hormonais e tumores". Outros fatores que podem provocar o aparecimento da labirintite são:

  • Envelhecimento;
  • Traumatismos de cabeça e pescoço;
  • Infecções causadas por bactérias ou vírus;
  • Substâncias como nicotina, álcool, maconha, anticoncepcionais, cafeína, sedativos, tranquilizantes, antidepressivos, anti-inflamatórios, antibióticos, etc.;
  • Erros alimentares;
  • Alergias;
  • Anemias;
  • Doenças do sistema nervoso central;
  • Distúrbios psiquiátricos.
  • Os principais sintomas da labirintite são tonturas, atordoamento, sensação de cabeça leve, impressão de queda, instabilidade, sensação de que está flutuando, zumbido, náuseas e vômitos.


É importante lembrar que, quando em crise, a pessoa não deve se deitar, e sim ficar sentada, olhando para um ponto fixo na parede. Assim que a tontura melhorar, deve-se procurar um médico. É importante ressaltar ainda que labirintite não causa desmaios.

Para que se descubra o que está causando a labirintite é feita uma avaliação otoneurológica, na qual o médico levará em conta o histórico do paciente, exames físicos e testes auditivos e de equilíbrio corporal. Dependendo da gravidade do caso, o médico pode pedir exames como tomografia computadorizada e ressonância magnética.

O tratamento da labirintite é feito a partir de medicamentos antivertiginosos, exercícios para reabilitação do equilíbrio e dieta alimentar para corrigir os erros alimentares que agravam a vertigem e outros sintomas da labirintite. Quando não tratada, a labirintite pode evoluir para quadros mais graves, como a Síndrome de Ménière, sendo necessária uma cirurgia.

A melhor maneira de prevenir a labirintite é evitando o consumo de cafeína, cigarro e álcool, não ficar em jejum por muito tempo, tomar muita água durante o dia e evitar sucos industrializados.


Por Paula Louredo - Graduada em Biologia
Fonte: Site Brasil Escola