Um novo estudo sobre o autismo, realizado com gêmeos, sugere que além das causas genéticas conhecidas, fatores ambientais, incluindo o útero, podem determinar o desenvolvimento da anomalia durante a gestação. A pesquisa é muito importante porque muda o foco para a possibilidade de que o ambiente também deve ser levado em conta, disse Dr. Peter Szatmari, Chefe da Psiquiatria Infantil e Neurociência Comportamental da Universidade McMaster, em Ontário, ao jornal The New York Times.
Considerado um dos maiores estudos realizados com gêmeos, os pesquisadores analisaram 192 pares de irmãos idênticos e fraternais. Pelo menos um gêmeo de cada par tinha a forma clássica de autismo, que é marcada por isolamento social, problemas de comunicação e comportamentos repetitivos. Em muitos casos, o outro gêmeo também tinha autismo clássico ou mais suave como a síndrome de Asperger.
Durante a pesquisa, os especialistas observaram um crescimento considerável nas taxas de autismo - muito mais rápido do que nossos genes podem evoluir. Daí surgiu a aceitação de que os genes não contam toda a história da evolução da doença. Outros estudiosos citaram fatores como idade dos pais, gravidez múltipla, baixo peso ao nascer e exposição a medicamentos ou infecção materna durante a gravidez. O novo estudo será publicado na edição de novembro na revista Archives of General Psychiatry.
Fonte: Terra
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