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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Linguagem


A linguagem é um processo mental consciente que utilizamos para expressar os nossos pensamentos durante nossos relacionamentos inter-pessoais na sociedade em que vivemos. A linguagem é determinada também pelo nosso subconsciente e inconsciente. Isto justifica porque pacientes com psicopatologias podem apresentar sérios distúrbios de linguagem.
Para compreendermos a linguagem humana, precisamos distinguí-la em expressão verbal e expressão gráfica. A palavra e a sintaxe são utilizadas na expressão verbal e na expressão gráfica para espressar pensamentos e sentimentos.


A linguagem começa a se desenvolver antes do nascimento do bebê, pois no ventre materno o bebê sente e ouve a voz da mãe. Após o nascimento o bebê se comunica através do choro, sorriso, olhar e gestos. Os adultos podem colaborar para o desenvolvimento da linguagem da criança não infantilizando a sua própria fala ao conversar com a criança, falando corretamente as palavras para a criança ter um modelo correto, permitindo e incentivando a brincadeira infantil.


A atuação fonoaudiológica na área de linguagem é vasta: linguagem oral, escrita, linguagem de surdos, comunicação arternativa para pacientes com comprometimentos neurológicos severos que o impeça de se comunicarem de outras maneiras.


Criança: O desenvolvimento da linguagem oral depende de vários fatores como saúde, audição (porque se ela não ouvir não aprenderá a falar), desenvolvimento neurológico e emocioanal, ambiente social e que a criança seja inserida diariamente em contextos comunicativos. Por exemplo que as pessoas conversem com ela, a ouça, respeite o seu tempo de resposta e elaboração das frases, sem que os adultos completem as suas frases e sem que lhe dêem os objetos antes de serem pedidos. Ex: a criança aponta para o objeto e os pais pegam, a criança fala palavras ininteligíveis e os pais traduzem e realizam seus desejos sem incentivá-la a falar corretamente. (Isto é claro se a criança já estiver em condições de falar).


No atendimento infantil, as queixas mais comuns são: distúrbio de linguagem, trocas de sons na fala, distúrbios de leitura e escrita e distúrbio de fluência.


Distúrbio de linguagem: ao observamos uma criança com distúrbio de linguagem notamos que ela não inicia diálogo, fala menos que crianças da mesma idade, possuem vocabulário funcional diminuido, quando se expressa utiliza somente frases curtas, comunicam-se através de gestos, quando desejam algo apontam para o objeto ao invés de pedir e podem apresentar também trocas de sons na fala.


Troca de sons na fala: quando a criança esta adquirindo e aprendendo a utilizar os sons da fala é comum ocorrerem algumas trocas fonêmicas, por exemplo: falar "pato" ao invés de "prato"; "torvete" ao invés de "sorvete" entre outros. Mas atenção, isto é normal apenas em crianças que ainda estão adquirindo os sons da fala, ou seja, há idades esperadas para a criança superar estas dificuldades com os sons da fala. É importante que a criança na fase de alfabetização esteja falando todos os sons da fala corretamente para não prejudicar a sua alfabetização e o seu convívio social com as outras crianças.


** Chamamos a atenção ao fato que a audição é fundamental para a criança aprender os conteúdos linguísticos. É através do "feedback auditivo" (que é quando ouvimos o que falamos) que aprendemos a falar.


Distúrbio de leitura e escrita: quando a criança esta na fase de alfabetização um mundo de descobertas são expostas a ela e nesse momento ela pode ter dificuldade em perceber que cada som tem um correspondente gráfico que o representa (associação fonema-grafema), esta dificuldade quando mantida gera dificuldades na aprendizagem da leitura e escrita. Pode ocorrer também da criança trocar letras ao escrever, apresentar dificuldade na elaboração e compreensão de frases e textos. Se o distúrbio de leitura e escrita não for sanado na infância poderá acompanhar este sujeito até a idade adulta, causando-lhe muitos transtornos ao ponto de estigmatizá-lo perante os colegas e familiares. Portanto, a atuação fonoaudiológica com os paciente que apresentam distúrbio de leitura e escrita, juntamente com a escola é fundamental para que o aluno sinta-se a vontade em relação à comunicação gráfica.

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