É
comum que durante a infância ocorram mudanças na voz da
criança, devido ao crescimento e ao desenvolvimento dela. Porém, é
preciso ficar atento: quando as alterações são excessivas ou
atrapalham a fala, podem ser um sinal de disfonia.
Muitos
hábitos vocais inadequados podem causar o problema, como rir, chorar
ou gritar demais, tossir, pigarrear e imitar vozes ou ruídos
constantemente. Esses fatores atingem a laringe da criança,
provocando um quadro de disfonia devido ao aparecimento de nódulo,
pólipos, edemas ou outras alterações orgânicas nas pregas vocais.
Entenda
que é disfonia
As
alterações na voz acontecem em várias fases da vida e variam de
acordo com fatores como sexo, idade, tônus muscular, entre outros. É
considerado um caso de disfonia quando se apresenta
qualquer dificuldade na emissão vocal.
Muitos
pais acabam considerando a alteração vocal algo normal e as
crianças também não se queixam de cansaço, dor ou esforço para
falar, dificultando o diagnóstico e a busca por tratamento. Cerca de
70% das crianças roucas apresentam nódulos vocais, sendo
o intervalo de idades mais frequente entre os 5 e os 10 anos.
As
principais causas desse problema são o abuso vocal, nódulos,
pólipos, paralisia de pregas vocais, tumores, papilomas, edema de
Reinke, laringite e alterações psicoemocionais.
Para
identificar a disfonia, os pais devem ficara atentos à voz dos
filhos para perceber qualquer alteração incomum. No entanto, a
maioria dos problemas costuma ser confundido com infeções nas
vias aéreas superiores ou vista como uma fase normal do
desenvolvimento infantil.
Em
geral, uma criança disfônica apresenta uma voz não harmônica,
sendo produzida com esforço e dificuldade. Os sintomas são cansaço
ao falar, variações na frequência habitual, rouquidão, falta de
volume e projeção, perda da eficiência vocal e pouca resistência
ao falar.
Saiba
como tratar o problema
Quando
identificado um caso de rouquidão por um longo período, ou
acontecer diversas vezes em pouco tempo, é indicado procurar ajuda
profissional, levando a criança ao otorrinolaringologista ou
ao fonoaudiólogo. Eles irão indicar uma terapia de fala de
acordo com cada do caso, identificando a causa para prescrever o
tratamento adequado.
Na
maioria dos casos, a disfonia é facilmente tratada,
ajudando a criança a combater o problema e ter mais qualidade
de vida. É muito importante que as alterações sejam devidamente
tratadas, pois um distúrbio vocal provoca limitações de ordens
física, emocional e profissional na pessoa afetada.
Dicas
para cuidar da voz
Seja
adulto ou criança, alguns cuidados básicos no dia a dia ajudam a
manter a saúde vocal, prevenindo alterações e doenças. Uma voz
saudável é aquela que é emitida de forma clara e limpa, sem
esforço e agradável ao ouvinte. Confira as dicas:
- Beber bastante água, principalmente quando estiver falando muito, fazendo intervalos para tomar pequenos goles. Com isso, as pregas vogais se mantêm hidratadas, melhorando a flexibilidade e a vibração
- Manter uma alimentação equilibrada, sem ficar muitas horas em jejum
- Respirar corretamente, levando ar até o abdômen e expandindo as costelas
- Evitar gritar ou aumentar o tom de voz excessivamente e com frequência
- Ao sentir vontade de tossir ou pigarrear, respirar fundo pelo nariz e engolir a saliva várias vezes ou beber água
- Após o uso intenso da voz, permanecer em repouso vocal por algum tempo.
A
voz do seu filho parece normal? Identificar o problema o
quanto antes é a melhor saída para tratá-lo. Fonte: Vivo Mais
Saudável
Posted
by lucianafariasfono
in
Fonoaudiologia
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