A fissura lábio-palatina ou lábio leporino, é uma deformidade congênita bastante freqüente, que requer acompanhamento multidisciplinar até a adolescência. É caracterizada por uma abertura no lábio, no palato (céu da boca), ou em ambos.
A incidência é de um caso a cada 700 nascidos vivos, fazendo até seis mil novos pacientes ao ano somente no Brasil.
O diagnóstico pode ocorrer ainda durante a gestação, mas a primeira cirurgia para correção só pode ocorrer por volta do terceiro mês de vida. O palato só é fechado cirurgicamente quando a criança atinge cerca de um ano ou ano e meio de idade.
“Talvez até mais importante do que a cirurgia para correção do problema é o acompanhamento durante o desenvolvimento da criança”, reforça o dr. Nivaldo Alonso, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Crânio-maxilo-facial (SBCC). Além do cirurgião, médico otorrinolaringologista, dentista, fonoaudiólogo e psicólogo são essenciais para garantir boa fala, mastigação, deglutição, além de bom desenvolvimento emocional.
Fatores genéticos e ambientais estão envolvidos no aparecimento do problema, mas a fissura lábio-palatina pode ser prevenida com uma série de cuidados na gestação (não ingerir álcool ou medicamentos, não fumar, etc) e até mesmo antes dela, entre eles a suplementação de ácido fólico e o acompanhamento pré-natal.
Por Karina Conde
Fonte: Vila Filhos
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