Tristeza, depressão, sensação de vazio. Pode parecer estranho, mas muitas mulheres sentem isso após darem à luz.
É a chamada depressão pós-parto.
“Existem alguns fatos físicos e outros emocionais que influenciam no surgimento desse problema. No processo de gravidez, a mulher passa por um período onde está exposta a um número grande de hormônios. Essa alteração hormonal muito grande faz com que a mulher tenha necessidades diferentes. Quando o bebê nasce, essa produção de hormônios cai abruptamente. Isso dá uma sensação física de falta de energia, de falta de ânimo, por uma questão hormonal”, explica a psicóloga Ana Maria Cabrera.
O fator emocional se deve ao fato da mulher passar muito tempo se preparando para a chegada do filho. A gravidez é vivida de forma positiva, alegre, e depois do nascimento do bebê, essas sensações passam. “Ela sente um vazio dentro dela. A somatória desses dois fatores é o que pode provocar ou desencadear a depressão pós-parto”, complementa a especialista.
É comum, após o período de gravidez, toda mulher sofrer uma certa depressão. Mas não muito acentuada. “A depressão pós-parto se caracteriza quando essa tristeza é mais acentuada. A mulher passa a não querer ver a criança, ela não suporta o choro, porque não está conseguindo lidar com esse novo ser. Ela lida com a perda dela (da gravidez), não vê a criança como um ganho”, esclarece Ana Maria.
Esse período dura entre um mês e seis meses. Em alguns casos, quando a situação é mais grave e a mãe esteve emocionalmente mais frágil, a depressão pode durar mais. Tudo depende da mulher e de como ela lidou com o período de gravidez e com a sensação de vazio. “O medo da responsabilidade é secundário, o que pesa mais para a depressão ser mais grave é esse vazio interno, a perda desse estado de plenitude. A mulher sente que a gravidez é o melhor período, ela não tem TPM ou oscilações de hormônio, se sente muito bem. Com o nascimento, isso muda”, conta a psicóloga.
Para passar por essa fase, a mulher precisa do acompanhamento de psicólogos, ginecologistas e muitas vezes de um psiquiatra, além do auxílio de familiares. “Se a família está atenta e o pré-natal foi feito por um médico que a acompanhe e fez o parto, os sintomas podem ser percebidos antes. Uma mulher insegura e com auto-estima não muito boa pode vir a ter uma depressão pós-parto”, acrescenta Ana Maria. O importante é ficar de olho e procurar a ajuda adequada, para não perder uma das fases mais importantes da vida de uma mulher.
Fonte: MBPress
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