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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Papo nhénhénhém


De falar como bebê. Converse normalmente com seu filho para reforçar o aprendizado correto das palavras

Criança aprende a falar ouvindo e imitando. Esse aprendizado demora de quatro a seis anos para ser concluído. Até que se complete, alguns tropeços são normais. A criança de 3, 4 anos pode trocar o "p" pelo "b" ou o "r" pelo "l", por exemplo, dando à sua fala um tom infantilizado. Os pais precisam estar atentos para não reforçar essa linguagem, pois o filho dessa idade tem condições de aprender a se expressar corretamente. "A fala infantilizada diminui muito nessa fase e os pais devem aproveitar para ensinar à criança o jeito certo de falar", avisa a pediatra Gelsomina Bosco, do Hospital São Luiz, em São Paulo.

Influências
Uma regressão na linguagem que antes era normal pode ser causada por uma mudança de rotina, como o nascimento de um irmão ou a entrada na escola. Se o hábito não é passageiro, no entanto, o mais comum é que tenha origem no incentivo familiar. "Quando o tatibitate permanece, é porque a criança não está tendo o estímulo adequado para o desenvolvimento da linguagem, como conversar com os adultos, ou não foi corrigida quando era mais nova, pois achavam bonitinho ela falar feito bebê", avalia a pediatra. A psicóloga Fernanda Rocha percebeu que a superproteção dos parentes influenciava sua filha caçula, Mariana. "Ela nasceu prematura e os avós e os tios a superprotegeram, imaginando que seria uma criança mais frágil. Perto deles, ela sempre falava como bebê, mas em casa, comigo e com o pai, voltava a falar direito", conta a mãe, que adotou como regra não dar corda para o nhénhénhém da menina. Como profissional, é o que ela recomenda aos pais que estejam vivendo essa situação. E a pediatra Gelsomina acrescenta: "Evitem correções agressivas, broncas ou castigos. Basta repetir corretamente as palavras ditas pela criança de forma errada". A leitura de livros e fitas de vídeo, assim como o contato com outras crianças, também ajudam a mostrar a maneira correta de falar. Se a "mania" persistir, é preciso observar o motivo que está levando a criança a agir dessa forma. "Em geral, esse jeito de falar não indica problema ou doença. Sinaliza apenas que o filho talvez esteja querendo mais carinho", diz a psicóloga Fernanda.

Atenção aos vícios!
Aproveite o período para martelar na cabecinha de seu filho o jeito correto de pronunciar as palavras, impedindo que vícios de linguagem se instalem e apareçam mais tarde na escrita. Segundo o lingüista Waldemar Ferreira, a criança de 3, 4 anos tem o sistema lingüístico formado e, praticamente, a mesma competência de um adulto no domínio da fala. Para ele, os erros mais comuns são a troca das letras, como bassoura (vassoura), imbigo (umbigo), guspir (cuspir), e a pronúncia errada, como mortandela (mortadela), pentchar (pentear), mendingo (mendigo).


Fonte Revista Crescer

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