Os músculos da expressão facial têm, para a Fonoaudiologia e Estética, importância crucial
Existe interligação entre o uso da musculatura orofacial e a formação das rugas de expressão. A repetição diária de movimentos fisiológicos naturais, por si só, produz rugas na face. Se esses músculos forem exigidos em contrações forçadas e repetitivamente abusivas resultarão em mais rugas.
Essas fisionomias e expressões que alternamos várias vezes em um mesmo dia e durante toda nossa vida, com o passar do tempo e a chegada do envelhecimento, vão sendo desenhadas em nossa face e deixarão com certeza esculpidas as caretas que mais fizemos em nossa vida. Isso revelará se fomos muito alegres, tristes, bravos, compenetrados, sérios, risonhos, brincalhões... Enfim, marcas de como foi a nossa existência e nossas emoções.
Mas, nosso rosto denuncia “mais idade”, não apenas por mudanças na superfície, como referimos acima. Outro fator significativo e determinante é a perda de FIRMEZA que resulta em FLACIDEZ. Ao contrário do que se costuma dizer, nossa pele não só se solta das amarras, cedendo apenas à força da gravidade. É mais do que isso: os músculos abaixo da pele ficam mais flácidos.
À medida que envelhecemos ocorrem três fatores que devem ser analisados:
1. Redução das substâncias químicas e dos precursores nutricionais, que proporcionavam o tônus máximo aos músculos da pele. Isso ocorre como resultado de danos dos radicais livres e de alimentação longe da ideal.
2. Com o envelhecimento do Sistema Nervoso, diminuem tanto a produção de acetilcolina (responsável pela contração dos músculos), como o efeito por ela produzido, que é o da contração muscular. Com menos acetilcolina ativa no organismo, os músculos ficam menos exigidos, menos trabalhados.
3. A exigência da musculatura ao longo do tempo fica menor. Quando no cardápio a alimentação não inclui alimentos duros e fibrosos, os músculos mastigatórios não são trabalhados como deveriam, fato que será refletido na face. Além disso, geralmente com o passar do tempo, nossos dentes também ficam menos resistentes. Nesses casos, os alimentos mais amolecidos são os escolhidos. Porém esses exigem pouco da musculatura mastigatória, gerando um ciclo de escolhas e necessidades.
Desta forma, os três aspectos acima referidos são complementares e resultam em FLACIDEZ da musculatura da face. Outro fator é o avanço da idade, que leva à queda da musculatura da mandíbula e laterais inferiores da boca. Assim, o envelhecimento natural modifica um dos sinais mais fortes de juventude num rosto, que é o ângulo mandibular bem acentuado, tornando-o mais arredondado e marcado.
Mas nem tudo está perdido... A terapêutica da Fonoaudiologia e Estética visa suavizar ou reverter esse panorama, mandando novas mensagens ao Sistema Nervoso, que resgatam o funcionamento. No entanto, o grau de melhora dependerá das características individuais de cada pessoa, da idade, bem como do nível de desgaste que já tenha ocorrido. O fonoaudiólogo, ajudará orientando e possibilitando:
- Hábitos alimentares mais saudáveis (melhor qualidade nutricional na escolha dos alimentos).
- Alimentos mais duros (exigência maior da musculatura).
- Mastigação lentificada (o que ajuda a digestão adequada e melhor absorção dos nutrientes).
- Deglutição de forma adequada e respiração tranquila.
- Trabalho muscular reequilibrado.
- Recuperação do tônus e da função.
- Melhora da aparência (maior firmeza).
É importante salientar mais uma vez que CUIDAR das funções estomatognáticas (mastigação, deglutição, respiração, articulação, fala e expressão) significa também cuidar da QUALIDADE de VIDA, principalmente durante o envelhecimento.
Se deixarmos tudo por conta desse envelhecimento natural, que ocorre com o passar dos anos, teremos muitas marcas e desgastes. O importante é que, de forma natural, bastante funcional e fisiológica, podemos contornar essas curvas sinuosas, propondo medidas que suavizem os efeitos do tempo.
Por Magda Zorzella
Fonte: Clube Vida Moderna
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