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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Transtornos de aprendizagem na infância: Dislexia


Introdução:
           Sabe-se que hoje há um grande índice de pessoas disléxicas no Brasil, cerca de 10% a 15% da população têm dislexia, de acordo com pesquisas feitas pela Associação Brasileira de Dislexia (ABD). Dessa população, 76% são do sexo masculino, o que dá uma média de 3 homens disléxicos para cada mulher. Na maioria das vezes, através de uma reeducação psicopedagógica, o disléxico vai conseguindo aos poucos dominar as habilidades e destrezas para ler e escrever, mas a dislexia não tem cura. A dislexia sempre vem acompanhada da disortografia que é a impossibilidade de transcrever a forma correta de escrita das palavras, havendo trocas, omissões  ou substituições e adições de letras, sílabas e até de palavras.

Dislexia presente na escola
Até o primeiro dia de escola, a criança se mostra como as outras: alegre, participante e interessada com o novo. Mas o contato com as primeiras letras revela uma dificuldade que até então permanecia oculta. Por alguma razão, ela não consegue acompanhar as demais nas primeiras tarefas de leitura e escrita. Surgem as primeiras conseqüências:
·         Começam a se sentirem infelizes e lamuriosas.
·         Resistem a ir á escola e a fazer as tarefas escolares.
·         Tendem a ficar tensas e irritadas ao serem cobradas.
·         A auto-estima é afetada diretamente, pois a criança percebe que não consegue ter o mesmo desempenho que os colegas de classe.
·         Podem ser rotuladas como preguiçosas e desatentas.
·         Podem tornar-se retraídas e com medos.
           A criança deve ser encaminhada a um profissional especializado em psicopedagogia, para se realizar avaliação, e verificar se realmente é disléxica. Esta avaliação também deve ser acompanhada por neuropediatra e fonoaudiólogo.

Tratamento da dislexia na infância
          O tratamento deve ser feito reeducação psicopedagógica, assim melhorando a capacidade de dominação da leitura e escrita. Mas se uma atenção especializada, raramente a criança disléxica conseguirá, por si só, superar suas dificuldades, e quase sempre acaba se excluindo das atividades escolares. Nos casos de dislexia mais severa, os resultados são positivos mais a longo prazo, pois a criança levará um longo tempo para alfabetizar-se, e dificilmente superará totalmente as dificuldades escolares. Nos casos de diagnóstico tardio, quando a criança consegue alfabetizar-se as duras penas, o atendimento psicopedagógico faz-se necessário para trabalhar questões que ainda não foram elaboradas por ela, como a produção de textos, a escrita, o gosto pela leitura, sua auto-estima, etc.
     
Método de prognóstico
         A dislexia não tem cura. Quanto mais cedo for detectada, melhor será para a criança, pois as conseqüências sofridas serão menores. O prognóstico vai depender da intensidade do problema ( leve, moderada, severa ), de quanto tempo ficou sem diagnóstico e tratamento adequado, do envolvimento dos pais e da escola para ajudar a criança a superar as barreiras, e do acompanhamento de profissionais especializados. A longo prazo, será uma pessoa como as outras, mas sem demonstrar prazer na leitura; Algumas vezes, cometerá erros na leitura e escrita; Poderá confundir-se na tabuada e detestar escrever. Como prova de dislexia, embora não tenha cura, pode ser superada, citarei nomes de disléxicos famosos que ultrapassaram as barreiras criadas pela dislexia e tornaram-se ilustres: O físico Albert Einstein, O gênio renascentista Leonardo da Vinci, o autor da teoria do evolucionismo Charles Darwin, o pintor espanhol Pablo Picasso, os atores Tom Cruise, Robin Willians e o atleta Dan O´Brien.

 Considerações finais:
              Neste artigo podemos constatar, que hoje nas escolas, os professores não estão preparados profissionalmente para identificarem alunos com dislexia, os professores rotulam estes alunos como desinteressados e preguiçosos, e não procuram ver o que esta causando esse desânimo em sala, por parte do aluno. As escolas também não têm profissionais especializados nas áreas de psicopedagogia, neuropediatria e fonoaudiologia.