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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Disfagia – Dificuldade de Engolir:


Trabalha-se com o distúrbio de deglutição, fazendo com que a pessoa volte a engolir o alimento sem perigos de que ele caia no pulmão, afastando a possibilidade de uma pneumonia aspirativa, que pode levar a sérios problemas de saúde, inclusive o óbito.
Disfagia pode ser definida como dificuldade de deglutição. Caracteriza-se por um sintoma comum de diversas doenças. Pode ser causada por alterações neurológicas, como a acidente vascular encefálico (AVE), ou derrame, outras doenças neurológicas e/ou neuromusculares e também alterações locais obstrutivas, como as doenças tumorais do esôfago. O propósito fundamental da identificação da causa da disfagia consiste em selecionar melhor o tratamento que pode variar desde o tratamento da reabilitação fonoaudiológica, a alteração da consistência dos alimentos para evitar a aspiração do conteúdo para o pulmão e pode ter um foco completamente diferente como o cirúrgico, no caso de doenças neoplásicas do esôfago.
Medidas adicionais paralelas ao disgnóstico das causas seria o de evitar, o máximo possível, as complicações da disfagia: desidratação, infecções pulmonares e subnutrição.
Sintomas: Os pacientes podem apresentar uma regurgitação nasal e tosse durante a deglutição, como resultado de uma anormalidade na transferência do alimento da cavidade oral para o esôfago. Frequentemente, existem outros sinais de algum distúrbio neurológico associado, mesmo que sutil.
A presença de dor sugere a coexistência de um outro sintoma: a odinofagia. A disfagia pode afetar crianças, adultos e idosos, sendo mais comum nesta ultima faixa etária devido a maior prevalência das doenças causais.
Os pacientes com comprometimento da motilidade esofágica podem apresentar dor torácica e executar manobras, como deglutir repetidamente e a valsalva, que alivia a disfagia.
TRATAMENTO:
O tratamento fonoaudiológico visa a exercitação da musculatura envolvida na deglutição, aumentando a duração e a força dos movimentos da faringe, além de desenvolver uma melhor coordenação e controle dos movimentos envolvidos na deglutição. É importante desenvolver hábitos e condutas que facilitem a alimentação.
O trabalho consiste de exercícios e manobras facilitadoras com intuito de reduzir o tempo de reabilitação do paciente, possibilitando ao paciente a conquista de sua independência funcional motora ou comunicativa, ou seja, desenvolver a capacidade de usar mecansmos adaptativos ou compensatórios, que embora não alcancem a função normal, não impedem a realização da atvidade.
O processo terapêutico é único para cada paciente e deve apoiar-se na sua avaliação individual.
A terapia deve incluir um trabalho direto ou indireto da deglutição.
O trabalho direto significa a introdução do alimento via oral e reforço de comportamentos adequados durante a deglutição, através de técnicas ativas, são elas: o treino da deglutição com a saliva e alimentos em diferentes consistências, volumes, temperaturas e sabores. Trabalha-se também com posturas compensatórias naqueles pacientes com perdas estruturais ou funcionais importantes.
A terapia indireta significa utilizar exercícios para melhoras os controles motores que são pré-requisitos para uma deglutição normal, através de técnicas passivas. Estas técnicas são mais utilizadas em pacientes com rebaixamento cognitivo ou não colaborativos, evitando o desenvolvimento de hipersensibilidade oral e reações patológicas e ainda estimulando os reflexos de proteção (tosse e vômito) e deglutição, evitando a aspiração da saliva e preparando para retorno da alimentação via oral.
A terapia fonoaudiológica deverá envolver exercícios de resistência muscular; melhora do controle do bolo alimentar dentro da cavidade oral (mobilidade e motricidade de órgãos faciais); aumentar o fechamento dos tecidos no topo da via aérea, principalmente as pregas vocais; mobilidade laríngea; manobras posturais e estimulação do reflexo de deglutição.
Por Arlete Barth