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quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Os prejuízos causados pela perda auditiva

Problemas de audição são comuns atualmente. Estima-se que 10% da população apresenta algum grau de perda auditiva, percentual ainda maior se considerarmos somente a terceira idade. “A surdez pode impactar dramaticamente o desenvolvimento de uma criança, assim como comprometer a qualidade de vida de um adulto ou idoso, dependendo do tipo e do grau da perda e do tempo que o indivíduo está privado de estímulo sonoro adequado”, alerta a fonoaudióloga Sandra Weber.
Ela explica que a audição é um sistema complexo que não se define unicamente pela habilidade de ouvir sons, mas também pela habilidade de reconhecer, entender, localizar e memorizar diferentes estímulos sonoros. O processamento do som ocorre na orelha (externa, média e interna), no nervo auditivo e nas células especializadas (neurônios) do sistema nervoso: “O sistema auditivo também interage com outros sistemas como o límbico (das emoções) e somático (das sensações e dores do corpo). Podemos ‘ouvir’ uma música, lembrar de um acontecimento e chorar, por exemplo. Ou então, ‘ouvir’ uma ofensa e sentir um ‘aperto’ no estômago.”
A perda de audição, considerando a complexidade do sistema auditivo e a interação com outros sistemas, pode produzir inúmeros prejuízos: dificuldade de ouvir sons de alerta (buzinas, sirenes, etc) e consequente risco de acidente; dificuldade de ouvir a fala; dificuldade de entender a fala, especialmente no barulho; dificuldade para entender no telefone; desatenção; dificuldade de aprendizagem; baixa autoestima; insegurança; isolamento, podendo provocar ou agravar quadros depressivos; irritação; alterações de humor; cansaço excessivo e dor de cabeça, devido ao esforço para entender os outros; perda gradual de memória; dentre outros.
A perda auditiva também pode estar associada a zumbidos e/ou tontura, agravando ainda mais o incômodo. A família, os colegas de trabalho e as demais pessoas que convivem com o indivíduo portador de perda auditiva também sofrem os efeitos da dificuldade de comunicação.
De acordo com Sandra, a maioria dos casos de perda auditiva pode ser reabilitada com o uso de aparelhos auditivos. Porém, a adaptação de aparelhos auditivos é um processo terapêutico, que deve ser orientado e acompanhado por profissional habilitado (fonoaudiólogo), com conhecimento e experiência na área. “A inadequação do aparelho e dos ajustes e a falta de acompanhamento justificam muitos casos de insucesso. Por outro lado, o tempo é um grande inimigo. Quanto mais a idade avança e o sistema fica privado de receber adequadamente os sons, tanto mais aumentam os prejuízos”, conclui.
Por Sandra Weber

Fonte: AT Cotidiano

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