Compreender a evolução da fala ajuda os pais a não ficarem ansiosos e também a identificarem possíveis problemas no momento adequado para um tratamento
Enfim
chegou o primeiro aniversário do seu bebê e com ele as primeiras
palavras... ou não!
Geralmente,
os pais ficam ansiosos para que seu filho comece a falar logo. Não
tem quem resista àquelas pequenas criaturas tentando falar as
primeiras palavras, fazendo trocas engraçadinhas.
Algumas
crianças começam a falar antes mesmo do primeiro aniversário.
Outras, porém, só começam a soltar as primeiras palavrinhas por
volta dos 18 meses.
As
comparações são inevitáveis. Seja entre irmãos, vizinhos,
amigos... O importante é que os pais respeitem o desenvolvimento de
seus filhos, mas fiquem atentos aos sinais de que algo possa estar
errado.
Aumentando
o vocabulário
Com 1 ano a
criança já entende muito do que é falado a sua volta. Consegue
entender ordens relacionadas a sua rotina, reconhece partes do corpo,
nome de objetos do seu dia a dia, manda beijos e dá tchau quando
solicitada. Aos poucos, começa a soltar as primeiras palavras com
significado.
Por volta
dos 18 meses espera-se que a criança fale por volta de 50 palavras e
essa quantidade vai aumentando consideravelmente com o passar dos
meses. Ela já consegue entender instruções, mesmo que envolvam
duas ordens. (Por ex: “Pegue a bola e ponha na caixa”). Ao
completar 2 anos, a criança já junta duas palavrinhas e forma
pequenas frases. (Por ex: “Dá bola”, “qué água”). Mas,
como ainda está iniciando o uso de seus órgãos fonoarticulatórios
para falar, ainda é muito comum as trocas e omissões de sons, o que
torna, muitas vezes, a fala pouco inteligível, principalmente para
quem não convive diariamente com a criança.
Os sons
cuja produção é mais simples e mais facilmente visualizada, como
por exemplo os sons P, B, M, são os primeiros a serem dominados,
enquanto alguns sons mais complexos do ponto de vista articulatório,
como os encontros consonantais e os sons do L e do R (como em
“barata”), podem ser adquiridos apenas entre 4 e 6 anos.
O número
de palavras que a criança é capaz de entender aumenta rápido.
Especialistas em desenvolvimento afirmam que a maioria das crianças
de 2 anos compreende no mínimo 150 palavras, e que dez novas
palavras são acrescentadas todo dia ao seu vocabulário.
Conforme a
criança aumenta seu vocabulário ela também vai percebendo melhor
as diferenças entre os sons, tenta reproduzi-los em sua fala,
melhorando, assim, sua produção e adquirindo novos sons.
Aos 3 anos,
já é comum todos entenderem o que a criança diz, mesmo que a fala
apresente trocas ou omissões de sons. Ao completar 6 anos, a criança
já deve falar corretamente todos os sons da nossa língua, sem
dificuldades articulatórias.
Como
ajudar
É
importante que os pais sempre conversem muito com as crianças,
contem histórias, cantem músicas. Como já falamos, a compreensão
da palavra vem antes da criança ser capaz de pronunciá-la. Quanto
mais palavras a criança conhecer, mais fácil será de ela conseguir
produzir os sons corretamente.
Aproveite
os momentos da rotina, como a hora das refeições, as trocas de
fraldas, o banho, para estimular a comunicação. Descreva suas ações
durante essas tarefas e repita algumas palavras-chave. Por exemplo:
“Você quer comer banana? Hummm..que banana gostosa!”; ”Vamos
lavar o pé! Esse pé tá com chulé!”; “Vc fez cocô? Vamos
tirar esse cocô?”.
Incentive a
fala, evite antecipar as necessidades e os desejos de seu filho. Faça
perguntas pra ele e, mesmo que ele responda com um sorriso, apontando
ou fazendo algum gesto, verbalize o que entendeu. Por exemplo: se ele
aponta para o copo de água, diga : “Água! Você quer água?”.
Lembre-se
também que nós, os adultos, somos os modelos para a criança. Desse
modo, devemos sempre falar corretamente, evitar diminutivos e
palavras infantilizadas. Dá sim para ser carinhoso e afetivo com seu
bebê sem falar errado!
Quando seu
filho falar errado, apenas repita a palavra do modo certo. Evite
corrigir a fala errada a todo momento. Reforce positivamente
com comentários e sorrisos suas tentativas de fala.
No entanto,
caso tenha dúvidas sobre o desenvolvimento da fala de sua criança,
não hesite em procurar um fonoaudiólogo para realizar uma avaliação
completa.
Fonte:
Site Guia do Bebê
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