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sexta-feira, 5 de maio de 2017

A atuação fonoaudiológica na fase pré-cirurgia ortognática


Na fase pré-cirúrgica, o tratamento fonoaudiológico deve iniciar-se cerca de dois ou três meses antes da cirurgia. Seu objetivo é desenvolver a percepção dos mecanismos e padrões musculares envolvidos na realização das funções orais. Este trabalho resulta na conscientização do paciente em relação ao modo como executa as funções orais, possibilitando maior controle sobre as mesmas. Assim, o paciente consegue compreender quais são as reais possibilidades terapêuticas, direcionando suas expectativas quanto ao procedimento.
     
No avanço cirúrgico da maxila, é de suma importância a avaliação da função velofaríngea pelo fonoaudiólogo, já que tal procedimento tende a aumentar a ressonância nasal. Tais estratégias tentam minimizar os riscos de recidivas musculares pós-operatórias.
    
O trabalho fonoaudiológico pode iniciar-se muitas vezes na fase anterior à pré-cirúrgica. É o chamado 
período de preparação ortodôntica. Neste momento, os pacientes à serem submetidos à avaliação fonoaudiológica apresentam: disfunção craniomandibular (DCM), respiração bucal, alterações na qualidade vocal e alterações na musculatura da mímica facial.
     
A disfunção craniomandibular (DCM) relaciona-se ao retrognatismo ou ao prognatismo mandibular. 
     
A terapia fonoaudiológica atua no controle dos hábitos orais deletérios. Os hábitos mais comuns são: bruxismo; protrusão de língua (em casos de retrognatismo); mascar chicletes; morder os lábios, morder a língua, bochecha e-ou objetos; fumar; repousar a manbíbula sobre a mão constantemente e roer as unhas.
     
Casos de deficiência transversal de maxila geralmente associam-se à insuficiência respiratória nasal, podendo esta ser trabalhada pelo fonoaudiólogo ainda no período pré-operatório. A expansão cirúrgica da maxila resulta no aumento transitório da cavidade nasal, o que facilitará a adequação da respiração.
     
Os aspectos vocais também devem ser avaliados, pois, a qualidade vocal e algumas características ressonantais sofrem influência da dimensão, constrição e expansão da cavidade faríngea.
     
O tipo respiratório costal superior, associado ao padrão articulatório travado, decorrente de quadro de disfunção craniomandibular (DCM), podem resultar em inadaptações laríngeas, ocasionando uma disfonia.
     
A limitação na amplitude da boca também é trabalhada na terapia miofuncional orofacial, pois ocasiona limitações articulatórias decorrentes dos prejuízos à mobilidade e tonicidade da musculatura orofacial.


Por Fga. Sabrina Leão

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