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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A criança e o jogo



O Jogo não é só um direito é uma necessidade.
Jogar/brincar não é só incerteza é uma forma acrescida de ganhar segurança e autonomia.
O jogo não é um processo definido é um processo aleatório.
Brincar/jogar não é só uma ideia é uma vivência.
Jogar não deve ser uma imposição mas uma descoberta.

Carlos Neto


As alterações que a nossa sociedade tem vindo a sofrer ao longo dos tempos, têm influenciado de uma forma determinante a dinâmica familiar, condicionando frequentemente, a acção da criança.
Brincar na rua é, actualmente, em muitas cidades do mundo uma prática que caminha para a extinção. O tempo espontâneo, do imprevisível, da aventura, do risco, do confronto com o espaço físico natural, deu lugar ao tempo organizado, planeado e uniformizado.
Do estímulo ocasional passou-se a uma dominância do estímulo organizado, tendo como consequência a diminuição do nível de autonomia das crianças, com implicações graves na esfera do desenvolvimento motor, emocional e social. Sem a imunidade que lhe é conferida pelo jogo espontâneo, pelo relação com outras crianças num espaço livre, onde se brinca com a terra, se vivem aventuras, se inventam jogos, a criança vai revelando menos capacidade de defesa e adaptabilidade a novas circunstâncias.
Assim, a promoção do jogo e a actividade física deverão constituir-se, não só como um indicador decisivo de qualidade de vida, mas também como factores condicionadores do desenvolvimento harmonioso da criança e do jovem. Diversos estudos sobre o papel e a relevância do jogo apontam que este promove o desenvolvimento cognitivo em muitos aspectos: descoberta, capacidade verbal, habilidades manipulativas, resolução de problemas, processos mentais e capacidade de processar informação.
Por outro lado, através do jogo a criança aprende a estruturar a linguagem, isto é, brinca com verbalizações e ao fazê-lo, generaliza e adquire novas formas linguísticas.
Torna-se claro que o jogo e a motricidade são seguramente dois grandes indicadores do desenvolvimento da criança e reveladoras de dinâmicas específicas relacionadas com a idade. Interessa pois, compreender qual o papel que o jogo, a motricidade, a actividade física e o lazer têm na vida quotidiana da criança e do jovem e que políticas de articulação e harmonização necessitam ser desenvolvidas entre a família, a escola e o trabalho dos pais, no sentido de ultrapassar as situações de "stress" e violência urbana que os cidadãos vivem de forma generalizada nos nossos dias.
Por: Nuxa
Fonte: Vila Filhos

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