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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Como separar os filhos dos objetos de estimação?



Quem já assistiu alguma vez ao desenho Snoopy, certamente conheceu o personagem Lino, um dos melhores amigos de Charlie Brown. Ele anda para cima e para baixo segurando um cobertor azul.

Essa mania não existe somente na ficção. É normal que a criança se apegue a algum tipo de objeto - cobertor, travesseiro, bicho de pelúcia -, seja para dormir ou para passar o dia. "Estes são materiais de transição para os pequeninos. Normalmente eles se sentem mais seguros quando estão com estes objetos. Em momentos novos, ou mesmo quando estão cansadas, pedem seus ‘dengos’, explica a terapeuta infantil Daniella Freixo de Faria.

O apego da criança a um determinado objeto, muitas vezes surpreendentes, surge de forma natural e funciona como uma continuação da segurança que vive com seus pais, ou em seu lar. "Este é um processo que começa e termina. É óbvio que muitas vezes somos nós que precisamos ajudá-la a encerrar uma fase como esta, mas conforme o filho vai crescendo, suas estruturas psíquicas, emocionais e físicas se desenvolvem também, fazendo com que a segurança de ser quem é apareça gradativamente", conta Daniella.

Um dos momentos mais complicados é na hora de lavar o tal "objeto de estimação". Quando a criança possui mais de um "companheiro" este processo fica mais fácil. "Mas caso isso não seja possível, podemos explicar para os filhos a necessidade de limpá-lo. E há casos em que eles até ajudam os pais nesta tarefa", lembra a terapeuta.

Daniella adianta que o uso deste objeto deixa de ser natural e benéfico quando a criança permanece presa neste momento, ao invés transitar por ele. "Muitas vezes somos nós que não queremos que ela cresça, mas é necessário auxiliá-la na conquista da independência".

Este momento de desapego se dá por volta dos três anos de idade. Mas não é uma regra. Tudo depende da criança, da família, do objeto e da intensidade da presença deste mesmo objeto na vida do filho. "Quando o afastamento acontece, os pequenos sofrem um ou dois dias, mas logo se sentem grandes, como se tivessem conquistando algo importante".
  
Por Juliana Falcão (MBPress)
Fonte: Vila Filhos

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