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terça-feira, 5 de julho de 2011

Aleitamento materno


“Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho...
  
...com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de ter
implicações na saúde física e psíquica da mãe”.

 TIPOS DE ALEITAMENTO MATERNO segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e WORLD HEALTH ORGANIZATION (2007).

 Aleitamento materno exclusivo – quando a criança recebe somente leite materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos.

Aleitamento materno predominante – quando a criança recebe, além do leite materno, água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, infusões), sucos de frutas e fluidos rituais.

Aleitamento materno – quando a criança recebe leite materno (direto da mama ou ordenhado), independentemente de receber ou não outros alimentos.

Aleitamento materno complementado – quando a criança recebe, além do leite materno, qualquer alimento sólido ou semi-sólido com a finalidade de complementá-lo, e não de substituí-lo. Nessa categoria a criança pode receber, além do leite materno, outro tipo de leite, mas este não é considerado alimento complementar.

Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança recebe leite materno e outros tipos de leite.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam aleitamento materno exclusivo por seis meses e complementado até os dois anos ou mais.

Não há vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos seis meses, existindo prejuízos à saúde da criança, pois a introdução precoce de outros alimentos está associada a:

>Maior número de episódios de diarréia;

>Maior número de hospitalizações por doença respiratória;

>Risco de desnutrição se os alimentos introduzidos forem com valores nutricionais inferiores ao leite materno, como, por ex., quando os alimentos são muito diluídos;

>Menor absorção de nutrientes importantes do leite materno, como o ferro e o zinco;

>Menor eficácia da lactação como método anticoncepcional;

>Menor duração do aleitamento materno.

Estima-se que dois copos (500ml) de leite materno no segundo ano de vida fornecem:

* 95% das necessidades de vitamina C,

* 45% das de vitamina A,

* 38% das de proteína e 31% do total de energia.

Estima-se que o aleitamento materno poderia evitar 13% das mortes em crianças menores de 5 anos em todo o mundo, por causas preveníveis (JONES et al., 2003).

* Evita diarréia.

* Evita infecção respiratória

* Diminui o risco de alergias

* Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes

* Reduz a chance de obesidade

* Melhor nutrição

* Efeito positivo na inteligência

* Melhor desenvolvimento da cavidade bucal

* Proteção contra câncer de mama

* Menores custos financeiros

* Promoção do vínculo afetivo entre mãe e filho

* Melhor qualidade de vida

Tabela comparativa de valores de nutrientes dos variados leites.

Técnica de Amamentação:

Quando o bebê pega a mama adequadamente –requer uma abertura ampla da boca, abocanhando o mamilo e parte da aréola –,(lacre perfeito entre a boca e a mama), formando do vácuo, indispensável para que o mamilo e a aréola se mantenham dentro da boca do bebê.

A língua eleva suas bordas laterais e a ponta, formando uma concha (canolamento) que leva o leite até a faringe posterior e esôfago, ativando o reflexo de deglutição.

A retirada do leite (ordenha) é feita pela língua, graças a um movimento peristáltico rítmico da ponta da língua para trás, que comprime suavemente o mamilo. Enquanto mama no peito, o bebê respira pelo nariz, estabelecendo o padrão normal de respiração nasal.

O ciclo de movimentos mandibulares (para baixo, para a frente, para cima e para trás) promove o crescimento harmônico da face do bebê.

A técnica de amamentação, ou seja, a maneira como a dupla mãe/bebê se posiciona para amamentar/mamar e a pega/sucção do bebê são muito importantes para que o bebê consiga retirar, de maneira eficiente, o leite da mama e também para não machucar os mamilos.

Uma posição inadequada da mãe e/ou do bebê na amamentação dificulta o posicionamento correto da boca do bebê em relação ao mamilo e à aréola, resultando no que se denomina de “má pega”. A má pega dificulta o esvaziamento da mama, levando a uma diminuição da produção do leite.
Muitas vezes, o bebê com pega inadequada não ganha o peso esperado apesar de permanecer longo tempo no peito.

Pontos-chave do posicionamento adequado

1. Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo;
2. Corpo do bebê próximo ao da mãe;
3. Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço não torcido);
4. Bebê bem apoiado.

Pontos-chave da pega adequada

1. Mais aréola visível acima da boca do bebê;
2. Boca bem aberta;
3. Lábio inferior virado para fora;
4. Queixo tocando a mama.

O aleitamento materno NÃO deve ser contra-indicado:

  • Consumo de álcool
  • Consumo de cigarro
  • Dengue
  • Hepatite C
  • Hepatite B
  • Hanseníase
  • Tuberculose


Recomendação quanto ao tempo de interrupção do aleitamentomaterno após consumo de drogas de abuso

  • Anfetamina, ecstasy 24–36 horas
  • Barbitúricos 48 horas
  • Cocaína, crack 24 horas
  • Etanol 1 hora por dose ou até estar sóbria
  • Heroína, morfina 24 horas
  • LSD 48 horas
  • Maconha 24 horas
  • Fenciclidina 1–2 semanas
  • Situações que podem prejudicar a amamentação:
  • Mastite
  • Mamas ingurgitadas
  • Mamilo plano ou invertido
  • Abscesso mamário
  • Lesão mamilar por má pega
  • Bloqueio de ductos lactíferos


Enferemira Rochele Gimenez
Fonte: Ponto do Bebê

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