A maior parte das crianças ganha o hábito de chupar enquanto são bebês, o que é perfeitamente natural. O chupar tranquiliza e reconforta o bebê, faz com que se sinta seguro, ajuda-o a aliviar o stress e a enfrentar as alterações que a sua própria vida vai sofrendo, mas é um hábito que necessita ser controlado. Fique sabendo porquê e como fazê-lo.
Necessidade: até quando?
Muitos pais têm pesadelos com os filhos a irem para a escola com a chupeta na boca, motivo pelo qual relutam em dar-lha enquanto são bebês. Mas a verdade é que, a maior parte das vezes, é necessário recorrer ao seu uso para acalmar um bebê que não tem fome, nem dores, nem frio ou calor, nem a fralda molhada, mas que continua a chorar desesperadamente.
Embora seja difícil os pais devem procurar controlar o impulso de fazer desaparecer com a chupeta de uma vez por todas, quando acham que chegou o momento de o fazer e a criança não quer ceder. Torna-se necessário ter sempre presente as necessidades, carências e receios da criança e a fase concreta que esta está a atravessar. À medida que vai crescendo a sua necessidade de chupar vai diminuindo e, normalmente a criança deixa de recorrer à chupeta voluntariamente e sem conflitos.
A partir da altura em que o seu filho aprende outras formas de comunicar e conviver com o mundo que o rodeia (por volta dos 3 anos), a necessidade da chupeta quase que desaparece. A entrada para o Infantário e a constatação de que os outros meninos e meninas não andam sempre com a chupeta na boca motiva-o a fazer o mesmo. É aconselhável esperar por esta fase para banir sem problemas, a chupeta da vida do seu filho.
Riscos do uso prolongado da chupeta
Apesar de se acreditar que o uso da chupeta não é prejudicial para a criança, a realidade é que, em certas situações, pode representar um perigo para o desenvolvimento saudável da linguagem e discurso da mesma, na medida em que lhe fecha a boca de uma forma pouco natural, tornando mais difícil o desenvolvimento e fortalecimento normal dos músculos faciais. Para, além disso, falar com a chupeta na boca distorce o dicurso da criança, fazendo com o som das letras seja pronunciado com diferentes partes da língua, ao contrário do que seria normal, o que leva a futuros e, por vezes, difíceis de resolver, problemas de fala.
Na grande maioria dos casos, a chupeta não prejudica o desenvolvimento normal do maxilar e dos dentes do bebê. Mas se a criança, até aos 4 ou 5 anos se recusa a deixar a chupeta voluntariamente, a situação pode complicar-se uma vez que é por volta desta idade que a dentição de leite começa a dar lugar à dentição definitiva. Relacionando esta situação com o fato do uso da chupeta poder estar a prejudicar o desenvolvimento normal da linguagem e discurso da criança, bem como a sua vontade em relacionar-se com os colegas, o mais indicado será tentar fazer com que ele abandone a chupeta o quanto antes.
Como incentivar a criança a deixar a chupeta?
Geralmente as crianças tendem a procurar o consolo da chupeta quando estão aborrecidas. Para evitar que tal aconteça, cabe aos pais e educadores incentivá-las a participar em brincadeiras ou atividades que despertem o seu interesse, não as deixando sentir vontade de recorrer à chupeta.
Sempre que verificar que o seu filho está prestes a socorrer-se da chupeta, entre em ação e conte-lhe uma história, leve-o a andar de balanço, desafie-o a jogar um jogo, pegue-lhe ao colo e faça-o sentir-se seguro. O conforto de uma atividade faz esquecer a necessidade da outra. Para incentivar e ajudar nesta tarefa elogie-a sempre que não estiver com a chupeta na boca. Por outro lado, poderá também incutir-lhe a idéia de que deve reservar a chupeta para as ocasiões especiais, como seja, a hora de ir dormir. Sempre que ela conseguir passar algum tempo sem chupar, recompense-a com algo de que goste. Não fará mal se lhe prometer um brinquedo especial para o caso da criança deixar a chupeta, pois ela precisa de motivação.
Fonte: Pink Blue
Nenhum comentário:
Postar um comentário