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segunda-feira, 28 de março de 2011

Impor limites aos pequenos é uma das tarefas mais complexas para pais



Pais compensam o afastamento dizendo "sim" diante de qualquer desejo do filho



Você tem a impressão que está sempre sendo testado? É quase impossível impor limites? Pois educar é a talvez a tarefa mais difícil de todas na função de pai e mãe.
— O limite implica em a criança entender que ela pode pensar tudo o que quiser, mas não pode fazer tudo o que pensa.
A frase do psicólogo especialista em psicoterapia infantil Alexandre Machado Streb revela a complexidade do desafio. O convívio social exige limites. Os filhos devem ser orientados a aprender a lidar com a frustração, com instintos como agressividade e egoísmo. Respeitar e satisfazer os seus desejos e o dos outros.
Do zero aos 6 anos, a criança forma a base de sua personalidade. Durante esse período, os pequenos estão muito atentos aos modelos que os rodeiam, principalmente na relação com os pais. É uma fase que deve exigir sempre uma negociação. 


Desde os primeiros meses de vida, a criança entende o "não", mas ele tem de ser funcional e vir acompanhado de uma justificativa. Independentemente se está em casa ou na rua, não precisa ter vergonha ou temer o julgamento alheio. A vida moderna tem diminuído a convivência com os pequenos, e alguns pais sentem-se culpados e compensam o afastamento dizendo "sim" diante de qualquer desejo do filho.


Consequências
Com o passar do tempo, a criança deve entender que tem de arcar com as consequências das suas ações. Se quebrar um móvel, sabe que aquilo custou trabalho para os pais e, por exemplo, deve abrir mão de algo que gosta.
— Em todo ganho existe uma perda, e isso a gente leva para toda a vida — diz Streb.
A autoridade exercida pelos pais implica em serenidade e persistência. As crianças realmente nos testam, testam os próprios limites delas. Inconscientemente os pequenos esperam até receber a contenção. Se não houver contenção, eles podem se sentir abandonados e, no futuro, desenvolver sentimentos como ansiedade e insegurança.
Perseverança na colocação de regras é fundamental. O modelo familiar deve ser seguido por todos aqueles que têm um contato mais íntimo com os pequenos.
Castigo é melhor que palmada
Para Streb, a palmada pode ser evitada com conversa, negociações e castigo. Abrir mão temporariamente de algo de que a criança gosta funciona muito bem. Já a palmada é válida junto com uma boa explicação e não funciona como expressão de raiva:
— Uma palmadinha não é a responsável por um trauma futuro se não existir um histórico de violência cotidiana na família.
Quando procurar ajuda
Normalmente, 60% das crianças que procuram uma ajuda especializada são encaminhadas em função de uma demanda escolar, como baixo rendimento em sala de aula.
Outros casos são decorrentes de distúrbio do sono, como excesso ou falta de sono, irritabilidade excessiva, agressividade, baixa autoestima. Além disso, há casos de sintomas fóbicos, como medo incomum de animais, da escola, de exposição ao público.

 Por: Ticiana Fontana/ Diário de Santa Maria
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