A voz se faz presente nos processos de socialização humana, como um dos componentes da comunicação oral e da relação entre as pessoas, produzindo impactos na qualidade de vida dos sujeitos, especialmente daqueles que a utilizam como instrumento de trabalho para seu cotidiano (professores, atores, cantores, locutores, advogados e entre outros). Quando este instrumento apresenta algum tipo de alteração, estamos diante de uma disfonia, ou seja, toda e qualquer dificuldade na emissão vocal que impeça a produção natural da voz. Dentre os sintomas mais comuns da disfonia podemos citar: voz falha, rouquidão e dor para falar. A disfonia é causada por inúmeros fatores aos quais podemos relacionar: mal uso da voz, abuso da voz, fumo, álcool, medicamentos, tosse exagerada, pigarro, drogas, postura, alimentação inadequada, entre outros.
Geralmente é grande a demanda de pessoas que possuem uma disfonia, particularmente por aqueles que se utilizam mais da voz ou que apresentam tendência a alterações vocais. Muitos portadores deste problema não sabem em que profissional podem se apoiar para buscar uma solução devida. Entretanto, com a grande quantidade de informação que é proporcionada hoje em dia, sabe-se que a procura imediata pelo profissional que cuida da voz resume-se ao fonoaudiólogo. É este que vai poder traçar todo um roteiro investigativo, que começa desde a chegada do paciente ao seu consultório, até a avaliação e terapia propriamente dita.
Todavia, o fonoaudiólogo mantém uma relação íntima com o otorrinolaringologista, pois o mesmo também realiza sua avaliação para descartar ou não, qualquer tipo de patologia orgânica (granuloma, nódulo, pólipo, edema de REINKE, etc.) que venha influenciar em uma disfonia. A atuação fonoaudiológica para estes casos de disfonia, visa buscar uma melhor qualidade de vida vocal para este indivíduo, dependendo do tipo e do grau de complicação deste problema, uma vez que priorizamos a melhor maneira deste indivíduo produzir sua voz de forma clara e adequada para uma boa comunicação com o meio social.
Por Nadja Leite
