A atuação do fonoaudiólogo em UTI tem como principais objetivos: a avaliação, orientação e reabilitação. A avaliação tem início com uma anamnese completa, avaliação propriamente dita direcionada para as alterações fonoaudiológicas, ou seja, linguagem, deglutição, voz e /ou fala.
A disfagia é uma das alterações fonoaudiológicas que mais solicitará a presença de um fonoaudiólogo na UTI em caráter emergencial, devido às series de complicações que podem gerar no estado de saúde do paciente.
A avaliação clínica da deglutição do paciente é realizada sempre monitorando o mesmo, quando o quadro clínico deste, encontra-se estável. Após a avaliação, discuti-se com a equipe os reais riscos e /ou benefícios que o inicio da deglutição via oral pode trazer.
Quais os pacientes deverão ser avaliados pelo fonoadiólogo na UTI ?
· Seqüelados de A.V.E (Acidente Vascular Encefálico);
· T.C.E (Traumatismo Cranio-Encefálico);
· Quadros demênciais;
· Parkinson / Alzheimer;
· Doenças neuromusculares;
· Traqueostomizados;
· Recém-extubados;
· Pacientes com o uso de sonda nasoenteral.
Quanto à orientação na UTI poderá ser pré e/ou pós-operatório nos casos em que há seqüela fonoaudiológica. Pode ser feita ao paciente, a equipe e/ou familiares quanto à estimulação, melhor consistência do alimento e a quantidade da via oral assistida.
Os exercícios fonoterápicos para o treinamento da alimentação via oral visam às adequações das funções orais para retirada da sonda de alimentação com segurança e controle do risco de broncoaspiração, favorecendo e acelerando o processo de alta da UTI.
A atuação da fonoaudiologia na UTI é um trabalho tanto no sentido de manutenção da vida, porque previne as complicações, quanto de qualidade de vida. Permite que o paciente volte a se alimentar pela boca, mantendo um suporte nutricional adequado.
Por Cleyton Amorim, Fabiana Miranda, José Henrique, Juarez Belmiro, Karla Isabelle, Lorena do Carmo, Raphaella Teixeira