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Linguagem: quando é preciso consultar um fonoaudiólogo?

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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Fissura lábio-platina


A fissura lábio-palatina é uma malformação congênita que é causada por uma combinação de diversos fatores: genéticos, pré-natais, ambientais, nutricionais e outros.

Existem as fissuras somente de lábio (o chamado lábio leporino), somente de palato e aquelas de lábio e palato. A correção cirúrgica é feita pelo cirurgião plástico, sendo que a dos lábios é realizada, geralmente, aos três meses quando unilateral, e aos três e seis meses quando bilateral. A correção do palato (céu da boca) é realizada, geralmente, aos 18 meses.

A criança com fissura lábio-palatina pode ser amamentada normalmente no seio ou na mamadeira, tomando-se alguns cuidados, como o posicionamento mais verticalizado da criança para facilitar a deglutição. Além disso, um determinado posicionamento do bico do seio pode favorecer uma sucção mais eficiente. A mãe deve, junto ao bebê, encontrar a melhor posição. Deve-se ir introduzindo a alimentação pastosa e depois a sólida, seguindo as orientações pediátricas usuais.

A linguagem dela desenvolve-se normalmente. Por isso, toda estimulação é de extrema importância. A leitura de livros, as brincadeiras, as músicas são importantes formas de estimular essa criança.

A dicção dela pode se desenvolver com alguma alteração, conforme a configuração da arcada dentária e do palato (céu da boca). Ela pode vir a ter uma fala anasalada.

A partir dos 2 anos a criança pode ser acompanhada pelo fonoaudiólogo, que poderá orientar os pais quanto a exercícios que podem ser feitos em casa para tratar da voz anasalada e da dicção. Conforme o caso, ela pode necessitar de acompanhamento mais intensivo, semanal, para prevenir que a fala não se desenvolva com mais alterações.

Quando a primeira cirurgia do palato não resulta numa voz adequada, pode haver a necessidade de uma revisão cirúrgica, cuja época varia de acordo com o tipo de tratamento adotado pelo cirurgião plástico.

Em quaisquer dessas situações é aconselhável que essa criança seja acompanhada pelo fonoaudiólogo, para que receba as orientações e os tratamentos adequados.




Por Midori Hanayama
Fonoaudióloga