O diagnóstico do transtorno do espectro autista normalmente é feito aos 5 anos. A pesquisa poderá abrir portas para identificação e tratamento precoces
Uma
nova descoberta promete revolucionar o cenário médico do autismo.
Cientistas da Universidade de Emory, nos Estados Unidos, descobriram
um teste que pode ajudar a detectar com precisão o transtorno
do espectro autista.
Usando um aparelho tecnologicamente avançado (eye
tracking)
para acompanhar o movimento ocular, os pesquisadores acompanharam
como os bebês olham
para o interlocutor, do nascimento até os 3 anos de idade. Os
avaliados foram divididos em baixo e alto risco de desenvolver
autismo, de acordo com fatores genéticos.
A
surpreendente descoberta apresentada foi que crianças que mais tarde
foram diagnosticadas com autismo já
demonstravam diminuição no contato feito por meio dos olhos nos
primeiros dois meses de idade. Vale lembrar que a falta de contato
visual é mesmo um traço típico do espectro autista - apesar de
outros fatores que sugerem o transtorno.
“Nós
percebemos diferenças notáveis da intensidade com a qual bebês que
mais tarde foram diagnosticados com o transtorno olhavam para os
olhos das mães. Essa ‘lacuna’ na expressão começou a aparecer
entre os 2 e 6 meses e se intensificava aos 2 anos”, declarou o
pesquisador Warren Jones, em artigo publicado na revista científica
norte-americana Nature.
Os
pesquisadores agora vão expandir a pesquisa com mais crianças e
combinar medições do eye
tracking com
exames de desenvolvimento cerebral e expressão dos genes. “Essa
pesquisa vai abrir as portas para, no futuro, utilizarmos tecnologias
semelhantes às usadas nos testes para identificar cada vez mais cedo
os sinais de incapacidade social. Assim iremos reduzir deficiências
que geralmente estão associadas ao autismo”, completou Jones.
Por crescer
Site Revista Crescer
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