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Linguagem: quando é preciso consultar um fonoaudiólogo?

Especialistas explicam quais sinais indicam atrasos na fala A maior parte das crianças começa a falar por volta dos 12 meses....

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Linguagem: quando é preciso consultar um fonoaudiólogo?

Especialistas explicam quais sinais indicam atrasos na fala


A maior parte das crianças começa a falar por volta dos 12 meses. Aos 2 anos, elas são capazes de formar frases com duas palavras, pronunciar entre 30 e 50 delas e compreender cerca de 200. Mas é claro que cada uma tem o seu próprio ritmo. Além disso, diversos fatores influenciam o processo, como estímulos, deficiências auditivas e neurológicas e até mesmo o sexo. “As meninas, de um modo geral, tendem a falar antes. Assim como acontece com o desenvolvimento físico, elas são mais precoces do que eles também na aquisição da linguagem”, explica a fonoaudióloga Irene Marchesan, presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBF).

Entre os 4 e os 5 anos, segundo a especialista, espera-se que todos os fonemas (som das letras) já tenham sido adquiridos, incluindo os mais difíceis como “r” e “l”. Mas até aprender a falar tudo, as crianças obviamente irão trocar algumas letras e comer outras. Também é normal repetir palavras ou sílabas, pois muitas vezes a fala não acompanha a velocidade do pensamento. Quando, então, é o caso de consultar um fonoaudiólogo? “O processo de aquisição da linguagem acontece por etapas. Primeiro a criança balbucia, depois fala algumas palavras, monta frases, pronuncia todos os sons corretamente, e assim por diante. Não ocorre de um dia para o outro.Se os pais, o pediatra ou a escola perceberam que há atraso em alguma fase, vale a pena buscar ajuda de um especialista”, diz Irene.

Fora da zona de conforto
Não é regra, mas acontece com frequência: as crianças costumam, de fato, soltar a língua quando entram na escola. Isso porque, longe de casa, são obrigadas a se virar sozinhas. Têm de se esforçar para se comunicar e interagir. O contato com outras crianças e com os professores também é um ótimo estímulo para aumentar o vocabulário e aprender palavras que fazem parte do cotidiano de outras famílias. A escola sozinha, entretanto, não faz milagre. “Muitas vezes, o pediatra recomenda que a família aguarde até a criança entrar na escola, por volta dos 2 ou 3 anos. Mas se ela fala muito menos do que o esperado para a idade dela antes disso, vale a pena fazer uma avaliação fonoaudiológica. Nem que seja para tranquilizar os pais”, recomenda a fonoaudióloga Flávia Ribeiro, fonoaudióloga do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim (SP).

Por que ele não fala ainda?
Entre os problemas mais comuns que causam atraso na linguagem estão os auditivos, os neurológicos (como autismo e síndrome de Down) e os respiratórios. As deficiências na audição são a primeira coisa a ser investigada. Pois mesmo que a criança tenha feito o teste da orelhinha ao nascer, otites de repetição e outras doenças podem afetar a audição e, por consequência, a fala. Já os problemas respiratórios, como rinite e outras doenças que fazem a criança respirar de boca aberta, prejudicam o tônus muscular, de modo que as palavras não são pronunciadas corretamente – o mesmo ocorre por causa do uso exagerado de chupetas e mamadeiras.

Muitos casos de atraso na linguagem não exigem um longo tratamento, apenas uma orientação aos familiares para estimular a criança adequadamente no dia a dia. Em vez de dar tudo de imediato, por exemplo, eles terão de aprender a esperar que ela peça, e não apenas aponte o que quer. Também acontece muito de os pais ou cuidadores repetirem as palavras erradas, do mesmo jeito que a criança, quando o  melhor é ensiná-las o jeito correto. “A linguagem e o pensamento estão interligados. A falta, portanto, pode interferir no desenvolvimento como um todo. Aos 3 anos de idade, uma criança já é capaz de falar do passado. Mas se só sabe apontar, como é que vai aprimorar a habilidade narrativa?”, exemplifica Flávia.

Por Malu Echeverria

Fonte: Crescer

O desenvolvimento da audição dos bebês

Diferente do que acontece com a visão, a audição dos bebês é mais acurada desde o nascimento. Tanto que, ao ouvirem a voz da mãe, muitos recém-nascidos param de chorar. Claro que ainda não é uma audição 100%, mas, logo que chegam ao mundo, eles já têm de responder a ruídos externos.

O chamado teste da orelhinha, feito ainda na maternidade pode constatar se a criança está reagindo de acordo com o esperado. Caso contrário, ela já é encaminhada para uma avaliação mais aprofundada, pois, quanto antes começar o tratamento, maior sua eficácia. 

O normal é reagir a ruídos como palmas desde o primeiro mês e, aos poucos, começar a reconhecer de onde vêm os sons – você vai notar que ele move a cabeça em direção ao barulho.

Ao redor dos 2 meses, o bebê pode começar a balançar as pernas e os braços ou até sorrir enquanto conversam com ele. Além de conversar, estimule a audição com músicas calmas e histórias”, sugere Mariana Frayha.
Por Daniele Zebini
Fonte: Crescer

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Leitura dá acesso a 70% mais palavras para as crianças

Estudo realizado na Universidade da Califórnia comparou transcrições de diálogos comuns que as pessoas têm com os pequenos e a mesma quantidade de textos retirados de livros infantis

Se você já sabia que ler para o seu filho desde muito cedo é importante, agora, tem mais um motivo para continuar separando um tempo na rotina para essa atividade. Além de todos os benefícios que a leitura traz para o desenvolvimento e para o vínculo, pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, chegaram à conclusão de que a leitura dá acesso a 70% mais palavras do que as conversas que pais e mães costumam ter com a criança.
O ponto principal é que, claramente, há mais palavras únicas no texto de livros de imagens do que em um discurso direcionado a uma criança. Acho que o principal benefício dos livros é que eles introduzem novos assuntos e novas palavras que, geralmente, ficam de fora do escopo da rotina de uma criança”, explica Jessica Montag, uma das responsáveis pelo estudo.
Silvana Augusto, educadora e pesquisadora em Educação Infantil, concorda. “Apesar de ser a mesma língua, a leitura tem uma linguagem que não é igual a da fala. Ela amplia as possibilidades e possibilita um avanço na capacidade de representação da criança, quando ela quer se expressar”, explica.
Desde cedo
Há quem pense que é bobagem ler para um bebê desde cedo, já que ele “não vai entender nada mesmo”. Nada disso! Ler para uma criança nos primeiros meses de vida faz diferença, sim. “Eles podem não entender o conteúdo da história, mas compreendem o ritmo, a maneira como a mãe e o pai falam quando estão lendo um texto”, diz Silvana. Duvida? Preste atenção no rosto de um bebê enquanto a mãe conversa com ele. Depois, veja como a expressão dele muda quando ela lê um livro. “Eles percebem a mudança, arregalam os olhos, sorriem, tentam...”, descreve a especialista.
Mágica e curiosidade
Além de ampliar o vocabulário e de favorecer o desenvolvimento, ajudando os bebês a perceberem diferenças no comportamento e na maneira de falar quando alguém lê, o contato com a literatura também conta no desenvolvimento da escolaridade. “Para uma criança, a estabilidade da escrita é quase uma mágica. Eles pensam: ‘Como é que quando a minha mãe pega esse livro, ela conta essa história de um jeito e, aí, minha professora pega o mesmo livro e conta a mesma história, do mesmo jeito?’ Para as crianças, é um mistério - e isso desperta a curiosidade e a vontade de entender como aquilo funciona, ou seja, o desejo de aprender a ler e a escrever, mais tarde”, explica a educadora.
Quando a TV substitui a leitura

Se os livros oferecem o contato com palavras diferentes, que não são tão usadas no cotidiano, a televisão, os smartphones e os tablets também podem cumprir esse papel, certo? Sim e não. Ao assistir a um desenho animado, por exemplo, a criança também pode aprender palavras novas. No entanto, nenhum desses aparelhos substitui a leitura. “Podem até ser complementares, mas o modo de expressão, com os livros, é diferente”, afirma Silvana.
Enquanto com a televisão, as crianças são passivas, apenas espectadoras, com a leitura, há uma interação. Os pequenos ficam em contato com o autor, que é contador daquela história, mas isso é intermediado por alguém, que pode ser o pai, a mãe, o professor... “É um momento de qualidade e contato”, resume a especialista.
De leitor a contador
Outro impacto interessante que a leitura traz para as crianças é que o contato com esse ritmo específico, com um universo maior de palavras e com as narrativas permite que elas se tornem contadoras de histórias mais tarde. “A criança vai de passiva, quando só ouve a leitura, à ativa, quando ela mesma é quem começa a contar o que quiser”, afirma Silvana. Essa atitude, além de ser positiva para a socialização, ainda estimula diversos pontos. “Para contar uma história, é preciso acessar a memória, ativar a representação, encontrar palavras. Tudo isso estimula também a autonomia, desde muito cedo”, diz a especialista.
Questão de vínculo
Ler com os filhos estimula a imaginação, oferece esse contato com palavras incomuns e ainda favorece o vínculo com os pais. A atividade pode ser feita desde que a criança é apenas um bebê, mesmo que ele ainda não compreenda o conteúdo, e não tem idade para acabar. Ainda que seu filho já tenha desenvolvido a habilidade de ler sozinho, muitas vezes, aquele momento de leitura com a mãe ou com o pai pode ser um momento desfrutado em família, com aconchego e contato. As histórias podem aproximar e inspirar diálogos sobre novos assuntos. Ler não tem idade!

Por Vanessa Lima
Fonte: Crescer

A importância do teste da linguinha para a amamentação

Especialista esclarece as principais dúvidas sobre o exame


Quando Lídia, hoje com 1 ano, nasceu, sua mãe, Daniele Aragaki, notou que a filha apresentava dificuldades para mamar. “Eu senti que havia algo errado; ela fazia muita sucção e eu fiquei muito frustrada, pois havia pesquisado muito para amamentar. Na maternidade, havia alguns grupos de amamentação e, com eles, aprendi várias técnicas. Foi positivo, mas fiquei muito tempo achando que o problema era comigo. Eu chorava para dar de mamar e ela não ganhava peso direito. Quando Lídia completou 6 meses, fui a uma pediatra que identificou que ela tinha algum problema na língua. Procurei uma fonoaudióloga e fizemos o teste da linguinha. A indicação foi cirúrgica, mas ficamos com receio. Os exercícios foram suficientes para ela mamar melhor e eu continuo amamentando", conta.
Casos com o de Lídia não são incomuns. Tanto que, desde 2014, hospitais e maternidades públicas e privadas são obrigadas a realizar o chamado teste da linguinha, conforme determinado pela Lei 13.002/2014.  Para esclarecer as principais dúvidas sobre o procedimento CRESCER  conversou com a fonoaudióloga Raquel Luzardo, especialista em linguagem e diretora da clínica Fonoterapia (SP).
CRESCER - O que é e para que serve o teste da linguinha?
Raquel Luzardo - O teste da linguinha é um procedimento que serve para detectar se a criança tem a língua presa ou não. Ou seja, se o frênulo, a membrana que conecta a língua ao assoalho da boca, tem algum problema.
C -  Quando deve ser feito o teste e como ele é realizado?
RL - O teste deve ser feito nas primeiras horas de vida do bebê, ainda na maternidade. Isso é muito importante porque evita o desmame precoce. Caso não seja possível, o procedimento pode ser feito em consultório. O teste é basicamente observação e manipulação com os dedos. Ele deve ser feito por um fonoaudiólogo. Nele, observa-se a criança durante a mamada para ver a funcionalidade do frênulo. Depois, há uma análise anatômica, onde prestamos atenção, por exemplo, na postura da língua durante o choro.
C - O teste é gratuito?
RL - Segue-se o mesmo princípio dos outros testes, como o do pezinho e da orelhinha. Ele é oferecido gratuitamente pelo SUS e pago quando realizado no consultório.
C - Como os pais podem perceber que o filho tem a língua presa? Há relação com a amamentação?
Raquel Luzardo - A língua presa atrapalha na sucção da mamada. A criança mama pouco, não consegue sugar e pegar de maneira adequada no bico do peito, o que, muitas vezes, machuca a mãe e acaba levando ao desmame precoce. Mais tarde, a criança pode ter dificuldades de passar o alimento de um lado para o outro da boca, além de demonstrar problemas com a fala. Alguns fonemas se tornam mais difíceis de executar, como o “l” e o “r”. Em vez de falar morango, ela vai falar “molango”, por exemplo. Tais situações podem deixar a criança mais tímida, retraída e a faz evitar algumas palavras ou sons, que peçam a elevação da língua.
CRESCER - Quando a cirurgia é indicada?
Raquel Luzardo - Há vários níveis de língua presa. A grosso modo, o teste tem uma pontuação que varia de zero a 27, mas depende da faixa etária do paciente. Conforme a idade, a partir da pontuação 9, a cirurgia é indicada. O procedimento é simples. Nestes casos, basta um pique (um corte pequeno no frênulo) para corrigir o problema. O procedimento, que deve ser feito por um dentista, otorrinolaringologista, ou cirurgião plástico, leva cerca de 10 minutos, não precisa de anestesia (uma pomada anestésica basta). Os bebês podem mamar logo depois. Não há limite mínimo ou máximo de idade para realizar a cirurgia. No entanto depois que a criança completa 1 ano, ela pode ser mais complicada, exigindo internação e anestesia.


Por Gladys Magalhães

Fonte: Crescer

Apraxia da fala na Infância (AFI): O que é isso?


A Apraxia (ou "Dispraxia") é um distúrbio de origem neurológica que consiste no envio incorreto de informações para o cérebro planejar e executar determinados movimentos. Ela pode ser classificada como Global (quando acontece em várias partes do corpo), Oral (na boca e seus movimentos) e/ou

Fala (ou verbal, na qual a dificuldade é específica para a produção dos sons de fala), os fatores que causam Apraxia não são totalmente conhecidos e esse distúrbio pode acontecer (ou não!) em paralelo com outros – por exemplo, Transtorno Sensorial ou do Espectro Autista.

Você conhece alguém que apresenta a marcha do andar alterado ou não consegue movimentar a mão de forma adequada? Isso pode ser resultado da falha cerebral no envio das informações à perna ou à mão. O mesmo acontece para a produção da fala. A modelagem de cada som é dada por diferenças milimétricas e dos movimentos de língua, lábios, céu da boca e dentes. Por isso, qualquer falha nas etapas de processamento, planejamento e execução causa uma alteração. Por isso, muitas vezes a criança fala uma coisa querendo dizer outra. Exemplo: em vez de casa, ela diz caca, ate ou api. Essa é uma fala bem aquém do esperado, mas é notório que ela sabe exatamente o que queria dizer.

Segundo a ASHA, o diagnóstico diferencial de Apraxia só deve ser conclusivo aos 3 anos de idade.

Entretanto, se houver uma desconfiança antes dessa época, o paciente deve ser acompanhado em terapia diagnóstica, cujo trabalho é voltado para as alterações já pontuadas naquela criança. Os principais sinais Apraxia de Fala na Infância são:
  • Até os 12 meses: Os bebês são muitos calados e/ou têm um repertório limitado de balbucios, apesar de interagirem bem com os adultos;
  • Entre 12 e 18 meses: Quando se espera que as crianças aumentem o vocabulário, as crianças com AFI podem ter perda de palavras já faladas anteriormente;
  • Por volta dos 2 anos de idade: É diagnosticado um atraso no desenvolvimento de linguagem oral;
  • Aos 3 anos de vida: Nessa fase, as crianças já são bem compreendidas, apesar de um erro ou outro de pronúncia, mas as que têm Apraxia de Fala podem ainda nem estar falando ou podem ter a fala bastante ininteligível, com erros de pronúncia que mudam muito e que são incomuns (por ex: trocas de vogais), dificuldade de falar as palavras com mais sílabas, omissão da primeira sílaba.
  • Desde a primeira infância: dificuldade de imitação (ex: mostrar a língua, fazer careta, se houver Apraxia Oral associada à AFI), alterações de produção e articulação dos sons da fala e na melodia (prosódia) da fala e acentuação das sílabas. Elas podem falar um determinado som (por ex: “p”) em algumas palavras (por ex: "pá", "papai") e omissão deste mesmo som na repetição de outras palavras mais difíceis  ("pedido", "parque", "capa") ou em momentos de fala espontânea.
Vale ressaltar que, como em qualquer distúrbio, os sinais da Apraxia de Fala podem variar em menor ou maior grau e em presença/ausência, o que torna o diagnóstico bem complexo. Então, o que vocês, enquanto pais, familiares e profissionais de crianças, precisam se atentar e procurar um fonoaudiólogo:
•  Se a criança não está acompanhando as etapas do desenvolvimento de linguagem. Lembrem-se de que não é normal demorar para falar!
•  Se a ausência/alteração da fala não é justificada por alterações na estrutura muscular da região da boca, auditivos ou psicossociais.
•  Se o ambiente é rico em estimulação, os pais ficam horas brincando com ela, está bem adaptada à escola, e a inteligência está preservada e mesmo assim há algumas falhas.
•  Se a criança está em um longo processo terapêutico fonoaudiólogico (há mais de um ano), mas não há avanços visíveis no quadro apresentado pela criança.

As pesquisas no Brasil nesta área ainda estão caminhando, bem como a formação de profissionais especializados. Por isso, nem sempre é possível fazer um diagnóstico rápido e eficaz.

Então, a sugestão é: lute por uma intervenção adequada e precoce que vise o treinamento intensivo de fonoterapia. Às vezes, o esforço pode demorar um pouquinho mais do que gostaríamos, mas vamos possibilitar a comunicação das nossas crianças!

Por Lilian Kuhn
Fonte: Crescer

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Crianças reféns da tecnologia

As novas tecnologias estão isolando as crianças nos mundos virtuais e assim estão se formando gerações narcisistas e despreparadas para o convívio social.



Quem tem mais de 30 anos talvez tenha notado o quanto sua infância foi bem diferente da de hoje. Brincadeiras comuns daquela época, como pega-pega, queimada ou qualquer atividade coletiva saíram de moda. A tecnologia contribuiu radicalmente para a mudança no comportamento infantil. O que se vê hoje é uma legião de crianças isoladas em seus “mundinhos”, entretidas com aplicativos eletrônicos e desinteressadas pelas coisas reais.
O norte-americano Jim Taylor, PhD em psicologia, é um crítico ferrenho da influência tecnológica no mundo infantil. Ele analisou a relação criança x tecnologia e lista os prejuízos causados pelo excesso de tecnologia nos primeiros anos de vida do pequeno.
Uma das constatações do médico: a geração atual de criança está menos altruísta. Ou seja: menos preocupada em ajudar ou oferecer coisas boas ao próximo (altruísmo). Simples: o profissional constatou que as crianças atuais ficam conectadas por horas no computador, no videogame, celular e outros aplicativos, deixando de lado interesses de terceiros.

As crianças também estão deixando de desenvolver a empatia, instrumento fundamental para a construção de amizades e confiança.
A tecnologia parece estar minando o desenvolvimento das crianças nesses relacionamentos fundamentais nesta fase de vida. Tem havido aumento grande no narcisismo e declínio na empatia entre os jovens. Embora não podemos atribuir uma relação direta com a tecnologia, é nítido que o surgimento de novas mídias e o maior alcance junto à cultura popular trouxeram prejuízos”, relata Jim Taylor.
Quando a criança está entretida com seus joguinhos eletrônicos, ela não quer saber o que acontece ao seu redor, sendo indiferente aos assuntos de casa. Uma cena comum em recreio de colégios nos tempos atuais é a de várias crianças em silêncio, sentadas uma ao lado da outra, sem qualquer interação, mexendo rapidamente os dedos diante de pequenas telas.
Uma criança que não desenvolve a relação interpessoal pode se tornar um indivíduo inseguro e despreparado para enfrentar pressões, provocações e situações adversas.
O distanciamento de atividades físicas também aumenta o risco de obesidade.
Como enfrentar esse problema real (e virtual) - Não há como vetar a tecnologia ou querer que tudo volte como era 25 anos atrás. A tecnologia existe e pode ser benéfica caso seja bem usada. A questão é como evitar que seu filho também se torne um refém de aplicativos eletrônicos.
Estabeleça limites SEMPRE. A criança precisa saber que existe regras e horários para uso. Evite facilitar o manuseio de aparelhos tecnológicos. Não leve à mão da criança cada tecnologia nova lançada. Estimule a prática de exercícios físicos. Lembre-se que os filhos veem os pais como seus ídolos e heróis.
É cada vez mais comum pais ligarem o laptop/notebook/tablet com desenhos infantis em frente ao bebê enquanto fazem refeição "em paz" por alguns minutos. O pequeno fica hipnotizado, imóvel, dentro do carrinho de bebê enquanto assiste ao desenho. Perguntas: vale introduzir a eletrônica tão cedo na vida do filho? Será que não há um passatempo mais comunicativo e interessante para apresentar? Você se sentirá culpado caso seu filho anos mais tarde venha a ficar horas à frente da TV como foi ensinado logo quando ele era pequenininho?
É importante frisar que as crianças da nova geração são vítimas e não vilãs. Cabe aos pais impedir que seu filho seja uma pessoa que só funciona quando está “plugada”. Pense duas vezes antes de entupir seus filhos de joguinhos e coisas do gênero. Reúna força para dizer “não” e invista no oferecimento de práticas mais saudáveis e humanas.
Por Bruno Rodrigues
Fonte: Guia do bebê


Como os estímulos de seu lar podem ajudar o seu bebê?

Pequenas atitudes no dia a dia são suficientes para promover estímulos ao seu bebê. Basta você prestar atenção e se dedicar.


Todos nós nascemos com inteligência, porém a nossa inteligência podemos dizer que é muito influenciada pelo meio social em que vivemos.
Os lares tendem a variar conforme a cultura, porém alguns fatores devem ser universais e independentes de cultura, um exemplo é a dedicação dos pais frente aos filhos, a afetividade, a não agressão e etc.
O cientista Badley, em 1989 criou um inventário o qual ele denominou de Inventário HOME de Observação Doméstica e nisso ficou visível que as condições e dedicação dos pais contribuem efetivamente no desenvolvimento pleno da criança, a exemplo de, quanto mais os pais derem importância para a educação e a leitura mais a criança se sentirá atraída para o estudo aumentando sua dedicação.
Posteriormente, outras pesquisas descreveram seis aspectos fundamentais no lar que irão contribuir no desenvolvimento do bebê: incentivo para explorar e conhecer o ambiente qual o bebê habita, estimulação nas habilidades cognitivas e principalmente as sociais (seja por meios de brincadeiras que ajudem o raciocínio do bebê ou até mesmo por atividades que promovam a socialização desse bebê). Elogios frequentes aos bebês, independente se o bebê teve sucesso ou não na atividade desempenhada. Não agressão – seja ela verbal ou física, ou seja, ter muita paciência e evitar os maus-tratos pois a violência seja ela física ou psicológica irá prejudicar o desenvolvimento do bebê. Orientação nas atividades do bebê para que ele expanda e evolua nas muitas habilidades que ele possui; e estimulação da linguagem – ou seja, dialogar sempre com o bebê, estimular as diversas formas de linguagem seja ela falada ou até mesmo os gestos.
Diante disso percebemos que a frase popular “Educação vem de berço” tem um verdadeiro ensinamento, já que o lar do bebê além de ser um ambiente de afetividade e confiança, irá contribuir para o desenvolvimento do bebê.
Abaixo seguem algumas dicas para auxiliar no desenvolvimento de seu bebê e principalmente para gerar a felicidade em seu bebê, afinal, ser feliz é uma ótima contribuição para o desenvolvimento não só do bebê, mas de toda a família.

Forneça estimulação sensorial

É fundamental que os pais estimulem os órgãos sensoriais do bebê, porém com cuidado nesses estímulos, pois o excesso também é prejudicial e pode estressar o bebê. Por exemplo, para a estimulação visual você pode oferecer ao seu bebê uma variedade de brinquedos de tonalidades variadas para que dessa forma ele comece a conhecer as cores. Ressalto, que devemos ter cuidado no quarto do bebê, as paredes do ambiente qual o bebê dorme não pode ser em cores “vivas”, a exemplo do vermelho, laranja e cores quentes pois isso perturba a concentração e principalmente o relaxamento do bebê. Opte por cores claras e que promovam o relaxamento, porém na hora que seu bebê estiver brincando e fora do horário do sono é permitido brinquedos de múltiplas cores pois dessa forma é uma estimulação visual. Quanto à estimulação sensorial, promova ao seu bebê músicas para que ele comece a perceber a sonoridade dessas músicas, porém cuidado com o volume dessa sonorização, pois como bem citado tudo em excesso é prejudicial. Existem inúmeras de maneiras de estimular os sentidos: tato, visão, audição, paladar e o olfato.

O cantinho do conhecimento

Em sua casa crie um cantinho da aprendizagem, com livros, papéis, alguns brinquedos que contribuem para o desenvolvimento de seu bebê, afinal o lar também é lugar para se aprender. E lembre-se, o brincar, a leitura de uma estorinha também são formas de seu bebê aprender e consequentemente desenvolver-se.

Não ignore o seu bebê

Apoie o seu bebê se ele sentir medo ou chorar por estar estranhando um ambiente ou até mesmo um estímulo, com por exemplo ele chorar ao ver um palhaço ou o Papai Noel. Nesse momento mostre ao seu bebê que você está ao seu lado para amar e que ele deve confiar em você. Afinal o seu bebê ainda se sente um “estranho no ninho”, para ele tudo ainda é muito novo. O mundo para ele é uma grandiosa novidade e descoberta.

Brinquedos interativos

Dê brinquedos interativos ao seu bebê, como por exemplo os  chocalhos. O velho chocalho ainda é um ótimo recurso. O bebê precisará interagir com o chocalho para que ele produza o som, esse é um estímulo desejado. Procure ter alguns brinquedos desse tipo, que "reagem" às interações do bebês.

Deixe seu bebê investigar

Deixe seu bebê brincar de investigador, mas sempre com supervisão de um adulto. A criança precisa ter a liberdade para conhecer o ambiente que ela habita. Para o bebê é como se existisse dois mundos, o primeiro é o que está ao redor dele e o segundo é o mundo dele mesmo. Então, o bebê é capaz de se divertir com partes de seu corpo, como levar seu pé até a boca e o mesmo ocorre com o lar dele. Permita que seu bebê conheça a partes seguras da “amorlândia” – que é o seu lar.

Converse com seu bebê

Algumas pessoas acham estranho conversar com bebê mas lembre-se que é fundamental, afinal é pelo diálogo que ele aprende e desenvolve a linguagem. Além do que, convenhamos, quer coisa melhor do que conversar com criança? 

Se dedique ao brincar

A criança quando está brincando é como se o mundo parasse e só a brincadeira importasse. Se uma menina diz que está brincando de princesa, naquele momento ela se esquece do mundo e se dedica a ser princesa. Então esqueça do mundo também e apenas brinque. O defeito do adulto é que ele faz diversas atividades pensando em preocupações ou o que ele irá fazer depois. O adulto tem a mania e o hábito de almoçar pensando nas contas que irá pagar após o almoço. Calma! Quando você for brincar com seu bebê, esqueça do mundo lá fora e brinque de princesa, Peter Pan, ou o que seu filho desejar. Isso além de gerar uma cumplicidade entre pais e filhos, ajudará aos pais a esquecerem por alguns momentos os problemas que permeiam no mundo.

Arranje oportunidades

Busque fazer de atividades comuns como se fossem uma diversão para o seu filho. Pegue atividades comuns da rotina da casa e peça para ele lhe ajudar, ele vai sentir-se útil e se desenvolverá. Outro exemplo, quando for fazer compras em supermercado, leve seu filho e ensine a ele coisas como, formas do produto (quadrado, oval), cores, números, pesado, leve, grande, pequeno, etc.. O mundo nos possibilita inúmeras oportunidades de aprender, basta apresentar essas oportunidades ao seu bebê.

Aplauda o seu bebê.

Quando o seu bebê obter algum sucesso seja na escola ou até mesmo em casa, parabenize-o e quando aparecer as dificuldades seja companheiro de seu filho, fale palavras de carinho, afinal tudo ainda é uma descoberta para o seu bebê e ele precisa de seu apoio e de seu amor.

A leitura é um mundo a ser descoberto

Leia para o seu bebê, mostre as figuras contidas nos livros, se empolgue durante a leitura e imite os personagens. Acredite, quando os pais leem para os filhos marcam a vida deles. O amor é a melhor lembrança.
Utilize livros infantis de acordo com a idade de seu bebê.

Cuidado ao punir

É preciso saber dizer NÃO. Para dizer não, gritar e bater são atitudes desnecessárias e ruins. Explique ao seu filho o porquê da resposta negativa, converse com ele caso for aplicar algum castigo. Não apele para agressões físicas nem verbais. Basta dizer que não vai levar para passear no final de semana, ou que ele ficará um dia sem ver o desenho que ele mais gosta. Enfim, saiba dizer não sem provocar agressão. E também não menos importante, cumpra o que foi dito. Por isso, não diga que ele ficará um mês sem ver televisão se você tem certeza que não conseguirá manter esse castigo. É preferível dizer que hoje ele não irá assistir televisão, já que você terá maiores chances de fazer cumprir essa determinação.

Curta seu bebê

Podemos dizer que bebês possuem um talento especial de conquistar o nosso coração, permita-se encantar-se por seu bebê até porque um dia ele crescerá e essa fase passa rápido, portanto valorize-a.
Fonte: Guia do bebê

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Contar histórias colabora no desenvolvimento linguístico da criança

Ler fábulas e histórias para crianças, principalmente antes delas dormirem, colabora para o desenvolvimento linguístico mais rápido e produtivo.


Isto é o que mostra um estudo feito pelo pediatra Barry Zuckerman, da Boston University School of Medicine, publicado no Arquivos de Doenças Infantis (Archives of Disease in Childhood). Segundo a pesquisa, ler em voz alta para crianças com a partir dos dois anos de idade, aumenta o desenvolvimento da linguagem e fornece bagagem linguística beneficiando os anos escolares seguintes.  Além de ser um forte meio de troca emotiva.
Isto explica-se pelo fato do ser humano aprender a falar através da imitação dos sons. Neste caso, quando a mamãe ou papai lê uma história para seu filho, ele assimila os sons das palavras e, por serem palavras diferentes daquelas normalmente utilizadas pelos adultos, a criança aumenta a quantidade de combinações linguísticas na mente.
Histórias na educação infantil são bases fundamentais para a formação educacional, em especial no início da escolaridade. Mas para isso, deve ocorrer um planejamento, afinal, é um momento importante em que a criança vivenciará e absorverá coisas que identificam-se com ela.
Algumas ações por parte dos pais, e até mesmo professores, são bem importante para auxiliar este novo desenvolvimento: contar histórias diariamente, que podem ser repetidas dependendo do interesse da criança; procurar livros com poucos textos, linguagens simples, maior número de ilustrações (grandes e sugestivas); buscar histórias que ajudem a resolver um problema, por exemplo, se o filho recusa comer verduras, selecione um tema voltado para a importância dos alimentos de uma forma que a criança se identifique com o assunto. Não esquecer de, ao contar histórias, planejar o momento, inserindo aspectos fundamentais como local e buscar ambientes diferenciados para narrar a história; a posição da criança deve ser confortável; é fundamental que conheça a história para que você conte com suas próprias palavras com uma linguagem simples e tom moderado. E por fim, deixar fluir a motivação no momento que estiver contanto a história para despertar a curiosidade de seu filho. 
Se ele ficar disperso, faça-o participar da historinha e questione para que ele possa interagir com você.
Por Paula Ramos F. Dabus
Fonte: Guia do bebê

Otites em bebês e crianças

As otites, além de causarem dor, febre e noites de choro podem acarretar em perda da audição. É preciso ficar atento.


Mamães de primeira viagem, certamente vocês ouvirão muito esse nome: otite. Apresentaremos essa tal de “dona” otite, cujo nome representa as infecções de ouvido, comuns em crianças desde os primeiros meses de vida. Estima-se que 20% das crianças de até quatro anos tenham pelo menos uma otite por ano.
Existem dois tipos de classificações da otite, variando de acordo com o local afetado. Se a infecção acometer a orelha externa, ou seja, a entrada da orelha até a membrana timpânica (tímpano), ela será chamada de otite externa. Aotite interna se verifica quando a infecção está localizada depois da membrana timpânica, onde está a tuba auditiva que liga o ouvido com a região do nariz e garganta.
As otites são as causas mais comuns de perda de audição em crianças, mas se diagnosticadas e tratadas corretamente, a audição geralmente volta aos limiares de normalidade. Sabe o que significa uma leve perda de audição de uma criança? Sérios prejuízos na aquisição de linguagem, desenvolvimento cognitivo e aprendizado, pois tudo está ligado um ao outro.
Por trazer problemas tão sérios, os pais devem ficar atentos aos sinais da infecção de ouvido. A otite externa é uma inflamação da pele do ouvido causada por fungos ou bactérias. Aparece principalmente no verão, quando as crianças ficam muito tempo em piscinas ou mar. O excesso de umidade no local é perfeito para a proliferação de fungos e bactérias, ainda mais se a água estiver contaminada. A natação também pode provocar otite externa.
Cuidado com os “intrusos” no ouvido - O uso de hastes de algodão, grampos ou objetos que as crianças colocam dentro do ouvido ferindo o conduto auditivo também pode causar inflamação. Lembre-se que cera não é sujeira: é proteção para o ouvido. Só um médico pode fazer a limpeza do ouvido. A limpeza em casa deve ser feita com um pano macio enrolado no dedo e passada na parte de fora da orelha.
Normalmente, a otite externa não vem acompanhada de febre, mas dói muito só de encostar no local, e há coceira. Vermelhidão, inchaço, secreção e perda de audição também são comuns.
O tratamento da otite externa inclui analgésicos para aliviar a dor, antibióticos e antifúngicos, como medicação tópica (gotas). O calor local ajuda a suavizar a dor e, caso ocorra secreção, a região deve ser limpa com orientação médica.
Prazer, otite média - A infecção de ouvido mais comum em crianças é a otite média. Costuma ocorrer durante ou logo após gripes, resfriados, alergias e infecções na garganta ou respiratórias, pois as bactérias ou vírus ascendem pela tuba auditiva e causam acúmulo de secreção dentro da orelha média provocando inflamação que, se não for tratada, pode levar à perda total da audição.

Outra causa da otite média é a mamadeira. Isso mesmo, mamãe, a mamadeira. Geralmente as crianças mamam deitadas, principalmente antes do sono chegar. Como os pequenos apresentam a tuba auditiva mais horizontalizada que os adultos, o leite chega ao ouvido médio com mais facilidade e causa a inflamação.
Portanto, a melhor posição para mamar e prevenir a otite média é quando a cabeça da criança está mais levantada que o corpo, isto é, quando a criança está mais sentadinha. Na amamentação, a posição também deve ser a mesma.
Crianças pequenas que frequentam escolinha ou creches estão mais sujeitas a esse tipo de doença. Os vírus e bactérias são facilmente transmitidos nesses ambientes e os menores de dois anos ainda estão com o sistema imunológico imaturo, ficando vulneráveis.
Às vezes, a pressão exercida pela secreção na orelha média chega a ser tão intensa que leva ao rompimento da membrana timpânica e ocorre saída de secreção pelo conduto externo. A otite média leva a dor, febre, falta de apetite e diminuição da audição.
O tratamento faz uso de antibióticos e analgésicos. A febre costuma desaparecer em três dias, mas a audição pode levar mais tempo para voltar ao normal. Se a perda auditiva não regredir, pode ser sinal de secreção na orelha média, que será retirada cirurgicamente através da colocação de tubo de ventilação na membrana timpânica ou de lesão permanente nos ossículos, sendo a perda auditiva irreversível.
Por todos esses riscos que a otite representa ao seu filho, diante de qualquer desconfiança de alguma infecção, leve seu filho imediatamente ao médico para prevenir complicações mais sérias.

Dicas
Crianças de 0 a 12 meses amamentadas têm metade do número de otites do que as que não foram amamentadas por dois motivos: o leite materno transmite os anticorpos da mãe para o bebê e a posição da criança é mais adequada.
Não amamente o bebê e deite-o em seguida. Se regurgitar, o líquido sobe pela fossa nasal até chegar ao ouvido e pode causar uma inflamação.
É comum as mães amamentarem seus bebês deitadas na cama, evite essa posição. Prefira sempre a posição sentada ou em pé.
Mantenha a vacinação de seu filho em dia. Tanto as do calendário oficial como nas campanhas como a da vacina contra a gripe.


Por Bruno Rodrigues
Fonte: Guia do bebê

Mamadeiras, chupetas e badulaques

Não espere que seu filho cresça e diga que não quer mais a chupeta, é preciso que os pais tomem a decisão no momento certo.


A sucção é um reflexo, presente na vida do bebê desde sua vida intrauterina e é uma etapa que precede a mastigação.
A chupeta é um objeto transicional que permite ao bebê realizar esse movimento quando não está sendo amamentado e suprir sua necessidade psicoemocional, que muitas vezes não é plenamente satisfeita enquanto amamentado.
 Mas, há que se tomar muito cuidado com o tempo em que o bebê passa com a chupeta, pois seu uso excessivo pode causar problemas anatômicos, ortodônticos, respiratórios e no desenvolvimento da linguagem. A criança ainda fica apática, passiva e não participa das atividades. Quando o bebê adormece, procure tirá-la.
Quando o bebê demonstra o hábito de sugar o dedo recomenda-se tentar trocar pela chupeta, pois com dedos “sempre a postos”, será muito mais difícil conseguir que a criança deixe esse comportamento de lado.
Por volta dos dois anos de idade essa necessidade não existe mais. A criança que permanece com a chupeta após essa fase não está mais suprindo uma necessidade de sucção e sim mantendo um subterfúgio para continuar com o comportamento que na verdade é prazeroso. 
Todos sabem da importância do aleitamento materno, mas por motivos diversos alguns bebês necessitam fazer uso da mamadeira antes disso.
O uso da mamadeira pode deixar a musculatura facial flácida, pois o bebê não necessita de muito esforço para sugar. Pode ainda ter mais gases pois a criança “engole” mais ar. Por isso, seu uso também deve ser descontinuado o quanto antes fazendo a transição para um copinho. 
A maior dificuldade em abandonar o uso da chupeta e da mamadeira é que geralmente elas vêm relacionadas com algum badulaque (os famosos objetos transicionais): bichinhos, paninhos, travesseiros, etc. Eles são os “pais” quando ausentes e por isso tão importantes ao ponto de não se separarem nem para que o objeto seja lavado, pois tem seu cheiro e é único e especial. 
E agora vem a notícia difícil. Sim papai e mamãe o processo de retirada desses objetos tem de iniciar por uma ação de vocês. Quanto mais tarde isso ocorrer, maior será a dependência física e emocional da criança em relação a esses objetos. 
Não espere que seu filho chegue um dia e lhes diga: “Mamãe, papai, preciso parar de chupar chupeta, ou não quero mais mamadeira”. Certamente essa atitude terá de partir do adulto, concordam? Então, como fazer?
Podemos negociar a troca deles por algo que a criança queira muito: um brinquedo, um passeio, programa diferente, ou ainda melhor: um momento de carinho da mamãe ou papai, um cafuné... 
Épocas como a Páscoa e Natal também são boas para fazer essa tentativa, fazendo a troca com o coelhinho da Páscoa ou o Papai Noel. Mas Atenção! Se seu filho tem medo desses personagens não o force a isso, pois só irá piorar o processo.
Ao procederem com a retirada, não esmoreçam. Não se deixem cair em tentação para devolvê-los ao primeiro pedido de seu filho. A troca deve ser definitiva. Livre-se das chupetas e das mamadeiras. Não deixe aquela guardadinha no armário. A tentação será grande em pegá-la na primeira recaída.
Talvez tenham uma ou duas semanas difíceis, mal dormidas, mas só assim será possível extinguir o uso desses apetrechos.
Lembrem-se: apatia, acomodação, indiferença e conivência não são os caminhos certos para fazer nossos filhos felizes e saudáveis.

Fonte: Guia do bebê