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quinta-feira, 24 de agosto de 2017

5 passos para ajudar seu filho a parar de chupar o dedo


Antes de tudo
Saiba que o dedo pode ser um desafio ainda mais complicado que a chupeta, já que está ao alcance da criança a qualquer momento. O hábito geralmente começa por questões fisiológicas: a necessidade de a criança sugar, que pode ser anterior até ao nascimento, e a coceira na gengiva em decorrência do nascimento dos dentes, o que costuma ocorrer a partir dos 6 meses ou antes, em alguns casos. 

Quanto tirar
Se entre 1 ano e meio e 2 anos a criança não tiver abandonado o hábito sozinha, é um bom momento para tentar a retirada. Nessa fase, ela está saindo da fase oral, em que coloca tudo na boca para interagir com o mundo ao redor.

O que observar
Note em quais situações seu filho coloca o dedo na boca: em momentos de sono, medo, insegurança ou ansiedade, por exemplo. “Quando a criança se autoembala e se autoconsola, o ato de chupar o dedo pode sinalizar que deseja mais atenção. É possível que seja mais sensível e tímida”, pondera a pediatra Lélia. 

Como tirar
Além da conversa sobre os malefícios de chupar o dedo (os mesmos da mamadeira e da chupeta), após os 2 anos, a criança deve ser incentivada a tirar o dedo da boca e a segurar outro objeto que o substitua, como um boneco, brinquedo ou paninho. Durante o dia, ao perceber que ela está chupando dedo, não a repreenda. Procure propor atividades manuais e brincadeiras para entretê-la de modo criativo. Outra opção é oferecer objetos para ocupar suas mãos, de forma que se esqueça de colocar o dedo na boca. Não raro, ao frequentar a escola e perceber que os colegas ali não chupam o dedo, ela abandona o hábito. Uma tática válida é colocar, por alguns dias, curativos adesivos coloridos no dedo dela e dizer que fez “dodói” de tanto chupar. Dessa forma, seu filho não conseguirá sugar o dedo. Os especialistas desencorajam colocar pimenta e outras substâncias picantes ou amargas, tanto no dedo como na chupeta.

Quando pedir ajuda
Se, mesmo após muita conversa e diversas tentativas diferentes, o hábito persistir para além dos 3 anos, pode ser válida a avaliação de um pediatra, fonoaudiólogo ou psicólogo, antes que ele prejudique a dentição.

Por: Maria Clara Vieira

Fonte: Revista Crescer

Leitura dá acesso a 70% mais palavras para as crianças

Pesquisa conduzida por cientistas da Universidade de Washington mostrou que a maneira com que olhamos uns para os outros é determinada por um forte componente genético e isso pode ser um caminho para descobrir quais genes estão diretamente ligados ao transtorno do espectro autista


A ciência já sabe que crianças autistas olham menos para rostos e mais para objetos do que as que têm desenvolvimento típico. Mas não é só isso. Uma nova pesquisa da Universidade de Washington mostrou que a genética é o fator decisivo para essa diferença.
No estudo, os cientistas analisaram os movimentos oculares de 338 bebês entre 1 ano e meio e dois anos, levando em consideração para onde direcionavam o olhar ao ver uma cena com diversos elementos. Entre eles havia 250 crianças de desenvolvimento normal (41 pares de gêmeos idênticos, 42 pares de gêmeos não idênticos e 84 crianças sem parentesco) e 88 crianças com autismo.
Durante os testes, os pequenos assistiram a vídeos de mulheres e crianças brincando em uma creche. Os resultados surpreenderam os cientistas, pois mostraram que os movimentos dos olhos dos gêmeos idênticos ao encarar a cena foram iguais em 91% do tempo. No caso, dos gêmeos não idênticos, a semelhança caiu para 35% e quando os dados de duas crianças sem nenhum parentesco foram comparados não houve coincidência alguma.
Isso mostra que a genética é o fator determinante para a maneira como os bebês interagem em suas primeiras experiências sociais como fazer contato visual ou observar expressões faciais. O próximo passo da pesquisa é descobrir que genes se manifestam no controle visual, e, como essa é uma grande diferença entre as crianças autistas e as de desenvolvimento normal, isso pode se tornar um campo de pesquisa promissor para tratamentos do transtorno.
De acordo com Alysson Muotri, diretor do programa de células-tronco da Universidade da Califórnia em San Diego, a pesquisa comprova que existe um componente genético muito forte na visualização de cenas sociais e, como isso está fora de sincronia em autistas, é mais uma evidência da significativa contribuição dos genes para essa condição. “Como são diversos genes implicados no autismo, descobrir exatamente quais estariam ligados a visualização social é um desafio grande, mas importantíssimo para entender esse mecanismo e, quem sabe, desenvolver tratamentos que sejam mais específicos para auxiliar os autistas”, explica.

Por Juliana Malacarne
Fonte: Revista Crescer