Antes
de tudo
Saiba
que o dedo pode ser um desafio ainda mais complicado que a chupeta,
já que está ao alcance da criança a qualquer momento. O hábito
geralmente começa por questões fisiológicas: a necessidade de a
criança sugar, que pode ser anterior até ao nascimento, e a coceira
na gengiva em decorrência do nascimento dos dentes, o que costuma
ocorrer a partir dos 6 meses ou antes, em alguns casos.
Quanto
tirar
Se
entre 1 ano e meio e 2 anos a criança não tiver abandonado o hábito
sozinha, é um bom momento para tentar a retirada. Nessa fase, ela
está saindo da fase oral, em que coloca tudo na boca para interagir
com o mundo ao redor.
O
que observar
Note
em quais situações seu filho coloca o dedo na boca: em momentos de
sono, medo, insegurança ou ansiedade, por exemplo. “Quando a
criança se autoembala e se autoconsola, o ato de chupar o dedo pode
sinalizar que deseja mais atenção. É possível que seja mais
sensível e tímida”, pondera a pediatra Lélia.
Como
tirar
Além
da conversa sobre os malefícios de chupar o dedo (os mesmos da
mamadeira e da chupeta), após os 2 anos, a criança deve ser
incentivada a tirar o dedo da boca e a segurar outro objeto que o
substitua, como um boneco, brinquedo ou paninho. Durante o dia, ao
perceber que ela está chupando dedo, não a repreenda. Procure
propor atividades manuais e brincadeiras para entretê-la de modo
criativo. Outra opção é oferecer objetos para ocupar suas mãos,
de forma que se esqueça de colocar o dedo na boca. Não raro, ao
frequentar a escola e perceber que os colegas ali não chupam o dedo,
ela abandona o hábito. Uma tática válida é colocar, por alguns
dias, curativos adesivos coloridos no dedo dela e dizer que fez
“dodói” de tanto chupar. Dessa forma, seu filho não conseguirá
sugar o dedo. Os especialistas desencorajam colocar pimenta e outras
substâncias picantes ou amargas, tanto no dedo como na chupeta.
Quando
pedir ajuda
Se,
mesmo após muita conversa e diversas tentativas diferentes, o hábito
persistir para além dos 3 anos, pode ser válida a avaliação de um
pediatra, fonoaudiólogo ou psicólogo, antes que ele prejudique a dentição.
Por:
Maria Clara Vieira
Fonte:
Revista Crescer