Perda de audição
Estudos revelam que a deficiência
auditiva atinge de alguma forma cerca de 70% da população de idosos e fica mais
evidente após os 65 anos de idade. Mais de 15 milhões de brasileiros têm
problemas de audição, segundo a Organização Mundial de Saúde.
Marcello Casal Jr Perda auditiva
ocorre de 5 a
20% em pessoas com 60 anos Ampliar
A deficiência auditiva está muito
disseminada como um mal que não tem prevenção, mas alguns cuidados podem
controlar o problema. A perda auditiva é provocada por vários fatores, por
exemplo, doenças hereditárias, problemas genéticos, enfermidades adquiridas
durante a gravidez ou infecções na infância.
O presidente da Associação
Brasileira de Otorrinolaringologia, Marcelo Hueb, afirma que as perdas
auditivas podem ser prevenidas com hábitos simples, cultivados desde a infância
e juventude.
Um deles é evitar a exposição à
poluição sonora. Segundo ele, uma conversa normal entre duas pessoas tem a
intensidade de 50 a
60 decibéis, enquanto um aparelho de som emite de 100 até 120 decibéis. O
contato constante com esses equipamentos pode levar à falência auditiva. Basta
uma exposição diária de cinco a 15 minutos por dia com ruídos na faixa de 120
decibéis para sofrer perda de audição.
O idoso precisa controlar
diabetes, colesterol, pressão alta, problemas renais e do sistema circulatório.
Tudo isso atrapalha a microcirculação do ouvido, o que é mais um fator de risco
para a perda de audição. Ele também deve evitar cigarro, bebida alcoólica e
abuso de cafeína, que são substâncias tóxicas ao aparelho auditivo.
O Sistema Único de Saúde (SUS)
oferece atendimento para o diagnóstico, tratamento clínico e reabilitação, com
fornecimento de aparelho auditivo, acompanhamento e terapia fonoaudiológica. Ao
sentir qualquer zumbido no ouvido ou apresentar dificuldade de compreensão das
palavras, o idoso deve procurar um médico da área.
O otorrinolaringologista Osmar
Mesquita Neto, da Santa Casa de São Paulo, explica que é natural haver uma
pequena redução da sensibilidade auditiva a partir dos 60 anos, sobretudo para
sons médios e agudos. Segundo ele, o cérebro de uma pessoa mais jovem recebe os
sons, interpreta, reconhece e determina quais são mais importantes. Já o da
pessoa idosa não consegue determinar o que é importante.
Com a perda das células
sensoriais do ouvido, o idoso deixa de ouvir o som fraco e o forte o incomoda,
daí a dificuldade de adaptação ao aparelho auditivo. A terapia com
fonoaudiólogo pode ajudar a treinar a audição de maneira gradativa e evitar que
o idoso desista de tentar entender o que lhe dizem.
“Muitas vezes a família fala com
o idoso e ele não entende. Aí, repete em tom muito alto, o que provoca dor no
ouvido do idoso e ainda não repete a frase exatamente do jeito que disse
inicialmente”, argumenta Osmar Mesquita Neto.
Evitar ambientes muito
barulhentos, falar de forma clara e pausada e de frente para a pessoa,
facilitando a leitura labial, podem ajudar na inclusão do idoso que sofre perda
de audição.
Fontes:
Ministério da Saúde
Associação Brasileira de Otorrinolaringologia
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