Não espere que seu filho cresça e diga que não quer mais a chupeta, é preciso que os pais tomem a decisão no momento certo.
A
sucção é um reflexo, presente na vida do bebê desde sua vida
intrauterina e é uma etapa que precede a mastigação.
A
chupeta é um objeto transicional que permite ao bebê realizar esse
movimento quando não está sendo amamentado e suprir sua necessidade
psicoemocional, que muitas vezes não é plenamente satisfeita
enquanto amamentado.
Mas,
há que se tomar muito cuidado com o tempo em que o bebê passa com a
chupeta, pois seu uso excessivo pode causar problemas anatômicos,
ortodônticos, respiratórios e no desenvolvimento da linguagem. A
criança ainda fica apática, passiva e não participa das
atividades. Quando o bebê adormece, procure tirá-la.
Quando
o bebê demonstra o hábito de sugar o dedo recomenda-se tentar
trocar pela chupeta, pois com dedos “sempre a postos”, será
muito mais difícil conseguir que a criança deixe esse comportamento
de lado.
Por
volta dos dois anos de idade essa necessidade não existe mais. A
criança que permanece com a chupeta após essa fase não está mais
suprindo uma necessidade de sucção e sim mantendo um subterfúgio
para continuar com o comportamento que na verdade é prazeroso.
Todos
sabem da importância do aleitamento materno, mas por motivos
diversos alguns bebês necessitam fazer uso da mamadeira antes disso.
O
uso da mamadeira pode deixar a musculatura facial flácida, pois o
bebê não necessita de muito esforço para sugar. Pode ainda ter
mais gases pois a criança “engole” mais ar. Por isso, seu uso
também deve ser descontinuado o quanto antes fazendo a transição
para um copinho.
A
maior dificuldade em abandonar o uso da chupeta e da mamadeira é que
geralmente elas vêm relacionadas com algum badulaque (os famosos
objetos transicionais): bichinhos, paninhos, travesseiros, etc. Eles
são os “pais” quando ausentes e por isso tão importantes ao
ponto de não se separarem nem para que o objeto seja lavado, pois
tem seu cheiro e é único e especial.
E
agora vem a notícia difícil. Sim papai e mamãe o processo de
retirada desses objetos tem de iniciar por uma ação de vocês.
Quanto mais tarde isso ocorrer, maior será a dependência física e
emocional da criança em relação a esses objetos.
Não
espere que seu filho chegue um dia e lhes diga: “Mamãe, papai,
preciso parar de chupar chupeta, ou não quero mais mamadeira”.
Certamente essa atitude terá de partir do adulto, concordam? Então,
como fazer?
Podemos
negociar a troca deles por algo que a criança queira muito: um
brinquedo, um passeio, programa diferente, ou ainda melhor: um
momento de carinho da mamãe ou papai, um cafuné...
Épocas
como a Páscoa e Natal também são boas para fazer essa tentativa,
fazendo a troca com o coelhinho da Páscoa ou o Papai Noel. Mas
Atenção! Se seu filho tem medo desses personagens não o force a
isso, pois só irá piorar o processo.
Ao
procederem com a retirada, não esmoreçam. Não se deixem cair em
tentação para devolvê-los ao primeiro pedido de seu filho. A troca
deve ser definitiva. Livre-se das chupetas e das mamadeiras. Não
deixe aquela guardadinha no armário. A tentação será grande em
pegá-la na primeira recaída.
Talvez
tenham uma ou duas semanas difíceis, mal dormidas, mas só assim
será possível extinguir o uso desses apetrechos.
Lembrem-se:
apatia, acomodação, indiferença e conivência não são os
caminhos certos para fazer nossos filhos felizes e saudáveis.
Fonte: Guia do bebê
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