Atrasado, preguiçoso, distraído,
desinteressado, manhoso são alguns adjetivos atribuídos a quem pode ter o DPAC,
Distúrbio de Processamento Auditivo Central. Neste distúrbio a pessoa com
audição normal detecta os sons, mas não interpreta as informações.
Esta dificuldade na infância pode
trazer prejuízos tanto social como de aprendizagem porque a criança não entende
o que o professor fala, não sendo capaz de escrever, interpretar textos e
compreender o enunciado do problema.
Os sintomas de DPAC podem variar e ter diferentes formas de
manifestação em crianças ou adultos. Confira se você ou alguém que conheça apresenta
alguns desses sinais e sintomas:
- Muito agitado ou muito quieto?
- Demora em escutar ou entender quando chamada sua atenção?
- Fala muito “Hã?”, “O que?”, ou “Não entendi!”?
- Problema de memória?
- Tem dificuldade para entender o que está sendo falado quando em ambientes ruidosos ou em grupos?
- Há cansaço ou atenção curta para sons em geral?
- Apresenta dificuldade de localizar o som?
- Tem dificuldade em contar um fato ou história?
- Possui dificuldade em seguir uma sequência de tarefas que lhe foi falada?
- Tem dificuldades em entender piadas ou palavras de duplo sentido?
- Dificuldade em compreender o que lê?
- Problemas de produção de fala envolvendo as letras “L” e “R”.
- Inversão de letras e problemas de orientação direita e esquerda?
- Desempenho escolar inferior na leitura, gramática, ortografia e matemática?
- Em geral, aparenta, ás vezes, ouvir bem, ás vezes não.
Se você assinalou mais de uma
alternativa, você pode ter um Distúrbio do Processamento Auditivo Central.
O que é Processamento Auditivo
Central?
É a capacidade de analisar ou
interpretar informações que nos chegam através da audição e compreender a
mensagem. Esta capacidade depende do bom funcionamento das áreas auditivas do
córtex cerebral e dos caminhos que conduzem o som até estas áreas.
O que pode causar o DPAC?
- As principais causas são:
- Problemas durante a gestação e o nascimento.
- Otites frequentes durante os primeiros anos de vida.
- Falta de estimulação auditiva durante a primeira infância.
- Hereditariedade.
Diagnóstico
É necessário fazer uma avaliação
completa da audição com o otorrinolaringologista e o fonoaudiólogo, incluindo a
avaliação do processamento com testes especiais e assim fazer o diagnóstico
diferencial de outras alterações como dislexia, transtorno de déficit de
atenção.
Tratamento
O tratamento consiste em um
programa de reabilitação fonoaudiológica através de treino e exercícios
específicos para desenvolver as habilidades que estão prejudicadas após a
realização do exame.
Este distúrbio ainda é pouco
conhecido, mas traz sérias dificuldades de aprendizagem e socialização que
podem ser melhoradas com o tratamento adequado. Consulte um fonoaudiólogo para
maiores esclarecimentos.
Por Elaine de Faveri
Fonoaudióloga, formada pela
PUCCAMP em 1997. Especialista em Motricidade Orofacial
e Acupuntura.
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