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Linguagem: quando é preciso consultar um fonoaudiólogo?

Especialistas explicam quais sinais indicam atrasos na fala A maior parte das crianças começa a falar por volta dos 12 meses....

terça-feira, 31 de maio de 2011

Fonoaudiologia e Educação



Todos os meios de comunicação, sejam cognitivos ou sócio-culturais são entendidos como linguagem, sendo a língua um tipo dentre os diversos meios de comunicação. Portanto, linguagem é um conceito bem mais amplo do que língua.


A aquisição da linguagem e seus desvios são fenômenos que podem ser entendidos de maneiras diferentes visto que existem diferentes perspectivas teóricas para explicá-los. Em uma visão comportamentalista, a linguagem é concebida como um processo decorrente de estimulação externa. A aquisição pensada a partir da perspectiva inatista tem a linguagem como saber inato. Na perspectiva piagetiana, a linguagem estará a serviço das construções cognitivas da criança. E numa concepção interacionista, de natureza social, a construção da linguagem se dá na interação.


É dever do fonoaudiólogo refletir sobre que perspectiva de aquisição de linguagem constrói sua intervenção clínica. Independente da perspectiva teórica que assume, de uma forma generalista, é o profissional fonoaudiólogo que compreende, define, classifica e avalia as patologias da comunicação humana.


A linguagem oral surgiu antes da linguagem escrita. O homem primitivo, na utilização de ferramentas para a caça, com uma das mãos, preferencialmente, foi desenvolvendo sua especialização hemisférica, a qual lhe permitiu a aquisição da linguagem oral. A escrita, um método de comunicação criado pelo homem, apareceu muito tempo depois de o cérebro humano ter se desenvolvido por completo.


O aprendizado da leitura e escrita é, portanto, bem mais complexo do que o aprendizado da articulação da linguagem oral. A aquisição da leitura e da escrita necessita de ensino formal mesmo em se tratando de crianças inteligentes e saudáveis. A fala não é composta de sons isolados, mas a aquisição da escrita alfabética requer a percepção abstrata de unidades sonoras.


Jardini (2003) aponta razões relevantes para o estimulo da leitura e da escrita, evidenciando que esses processos permitem a compreensão do mundo e expandem a memória humana, através do acúmulo de registros. O bom domínio da leitura e da escrita leva ao êxito escolar e mobiliza a imaginação criativa, bem como determina processos de pensamento.


Ainda há, atualmente, uma grande percentagem de analfabetos no Brasil e a estes se soma um número maior de analfabetos funcionais. Ribeiro (2007), considera que uma pessoa é alfabetizada funcional quando é capaz de utilizar a leitura e escrita para fazer frente às demandas de seu contexto social e usar essas habilidades para continuar aprendendo e se desenvolvendo ao longo da vida.


O termo letramento, introduzido recentemente no universo docente, tem um significado mais abrangente. Não significa, apenas a aquisição do código lingüístico como no caso da alfabetização. “Letramento é o resultado da ação de aprender a ler e escrever. É o estado ou a condição que adquire um individuo, ou grupo social, em conseqüência de ter-se apropriado da escrita” (Soares, 1998).


Portanto, considerando o grave problema que é o analfabetismo funcional e que o letramento não deve estar restrito à prática escolar, mas também próximo à atuação fonoaudiologica, uma vez que como foi explicado anteriormente, é o profissional fonoaudiólogo que intervém na reabilitação das patologias da comunicação humana, acreditamos que a fonoaudiologia pode contribuir de modo efetivo na modificação desse triste quadro.


É importante ressaltar que o progresso da saúde depende não só do maior conhecimento dos agentes das doenças; como também da qualidade e eficácia das relações sociais, políticas, econômicas e culturais, de cada sociedade. Conceição (1984) afirma que as ações que visem à melhoria da saúde são ao mesmo tempo as que melhoram as condições de vida.

Por Laura Nessimian e Renata Sholl Vernet
Fonte:  Portal Ser 

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Os riscos do atraso no diagnóstico de problemas de fala


A fala é uma característica que difere os seres humanos. Qualquer problema relacionado a ela pode dificultar a comunicação e, com o tempo, abalar o emocional da criança e adulto. Portanto, o encaminhamento para o fonoaudiólogo deve ser o mais precoce possível. Mas um grande erro tem ocorrido e trazido prejuízo ao desenvolvimento do pequeno.

A maior parte dos pediatras não encaminha a criança com alteração no desenvolvimento de linguagem no período adequado. Essa é a conclusão do estudo da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo – USP – e publicada na Revista CEFAC (Atualização Científica em Fonoaudiologia e Educação).

Sabe quais riscos quando os pais demoram a levar os filhos para um diagnóstico preciso? Vejamos. Metade das crianças com um atraso na fala aos 24-30 meses pode apresentar atraso severo entre 3 e 4 anos. Além disso, um distúrbio de aprendizagem pode ser verificado posteriormente no ingresso na escola.

Um atraso no desenvolvimento da fala pode causar mais tarde uma dificuldade no convívio com outras crianças na escolinha, sendo alvo de constrangimentos, já que é percebida pela sua dificuldade. Isso pode gerar apelidos que podem permanecer por muito tempo, gerando prejuízos emocionais até a idade adulta.

A comunicação, isto é, a fala, permite uma maior liberdade, onde a criança planeja e oriente suas ações, expressa seus sentimentos, diminuindo assim sua impulsividade e agressividade.

Os casos mais sérios de alteração de fala principalmente com dificuldade de interação ou patologia mais grave são detectados e encaminhados mais precocemente. Já os distúrbios mais simples e comuns, como um atraso do desenvolvimento da fala ou distúrbio fonológico (omissão ou trocas de fonemas), têm sido encaminhados com 3 anos ou mais, tornando a terapia mais demorada.

Os erros - Os médicos têm a preocupação com a idade em que a criança começa a falar, mas, normalmente, só encaminham quando os pais ou a escola fazem queixa sobre o desenvolvimento da comunicação dos pequenos. E a criança, coitada, sofrerá para lidar com um obstáculo que poderia ter sido detectado com antecedência ou por profissional específico para o assunto.

Um dos motivos para que ocorra atraso na descoberta do problema é a formação dos profissionais médicos, que relataram ao estudo da USP não ter nada específico que abordasse o tema linguagem infantil. Recado para mamãe e papai: saibam diferenciar os profissionais. Um fonoaudiólogo é o mais indicado a conferir o problema de fala.

“Mesmo entre os pediatras mais experientes, é comum que a consulta tenha como objetivo a doença e não a preocupação com questões básicas do desenvolvimento da criança, como a fala, que podem ser tão prejudiciais quanto qualquer outro problema de saúde", relata Luciana Paula Maximino, uma das autoras do trabalho e professora do Departamento de Fonoaudiologia.

Fonte: Guia do bebê

sábado, 21 de maio de 2011

Os benefícios da música para bebês prematuros e suas mães

Cada vez mais, estudos têm revelado que as canções podem ajudar no desenvolvimento dos prematuros. Uma pesquisa recente mostrou que eles podem ganhar peso mais rápido ao ouvir Mozart


Quem nunca relaxou ao ouvir uma música de que gosta? Sim, canções fazem bem em qualquer fase da vida, e estudos têm mostrado que ela desempenha um papel fundamental para o desenvolvimento dos prematuros. 

Uma pesquisa recente, realizada pelo Tel Aviv Sourasky Medical Center, publicada na revistaPediatrics, mostrou que bebês que ouvem Mozart ainda na incubadora podem ganhar peso mais rápido. 

A explicação ainda não é clara, mas, segundo os cientistas, os bebês que participaram do estudo tiveram menos gasto energético, ficaram mais calmos, além de terem a sua frequência cardíaca e respiratória mais baixa. Para eles, o que difere as composições de Mozart e seus benefícios de outros artistas é o fato de elas repetirem a linha melódica com mais frequência, o que ressoa em uma parte específica do cérebro. No entanto, os pesquisadores ainda vão avaliar, em estudos futuros, o efeito de outros gêneros de música nos prematuros. 

Estudos anteriores, como o da Universidade de Alberta, no Canadá, já haviam sugerido que as canções auxiliam também no aprendizado da sucção e na redução da dor dos prematuros em procedimentos médicos. A análise, que partiu de nove estudos realizados entre 1989 e 2006, mostrou que é possível, em alguns casos, reduzir o uso de drogas e outras medicações nos bebês.


Música ajuda mães a amamentar prematuros 


No Brasil, a música nos hospitais já vem sendo usada como estímulo da amamentação. As canções foram a solução para mães de bebês prematuros, internados na UTI neonatal da Maternidade Escola da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Elas foram avaliadas em um estudo chamado de Mame (Musicoterapia no Aleitamento Materno Exclusivo) e constatou que, das 94 mulheres avaliadas (a maioria com idade entre 21 e 30 anos), 88% das que participaram de sessões de musicoterapia no hospital ainda continuavam a amamentar na primeira consulta após a alta dos bebês. 

A pesquisa foi conduzida pelos musicoterapeutas Martha Negreiros e Albelino Carvalhaes, e concluída no ano passado. Eles partiram do princípio de que, para essas mães, ansiosas e tensas, amamentar, muitas vezes, pode ser uma tarefa difícil. “O estímulo à produção de leite acontece apenas pela sucção do bebê. Mas a descida dele está muito relacionada a fatores emocionais”, afirma Martha. Ela conta que, durante as sessões, enquanto muitas mulheres cantavam, o leite finalmente descia. O foco foram bebês prematuros, com 1,750 kg ou menos. 

A ideia para este projeto surgiu de uma experiência dos musicoterapeutas na UTI nenonatal da maternidade, onde, há 8 anos, eles conduzem sessões para as famílias dos bebês internados. Entre o choro das crianças, tão comuns em uma maternidade, é comum ouvir, duas ou três vezes por semana, os sons de violão, pandeiro, triângulo, além das mulheres cantando. O repertório vai de louvores religiosos a canções de Ivete Sangalo e Roberto Carlos, passando por Toquinho e até a banda Calipso. Ou seja, não importa o tipo de música, mas sim, que as mães possam aliviar a ansiedade, o medo e a tensão, sentimentos típicos de quem não pôde levar seu bebê para casa logo após o parto. “A experiência musical é carregada de afeto, mas é relativa para cada um. Os registros sonoros ficam armazenados na memória de cada pessoa de acordo com a sua experiência de vida”, explica Martha. 

E não são apenas as mães que participam. Pais, tios, irmãos, vizinhos e amigos também são bem-vindos às sessões de musicoterapia. “Quando a mãe não volta com o bebê para a casa, todos ao redor são afetados”, diz Martha.

Fonte: Crescer


sexta-feira, 20 de maio de 2011

Otite afeta 1 em cada 5 crianças que ficam resfriadas

Estudo americano revela, ainda, que em muitos casos não é preciso medicar a criança com antibiótico


Uma em cada cinco crianças com resfriado desenvolvem infecções de ouvido. Apesar de esse número ser de um estudo americano, o que se observa nos consultórios no Brasil sugere que a estatística seja parecida, segundo Fabrizio Romano, otorrinolaringologista infantil do Hospital Sabará (SP). 

A pesquisa, publicada no jornal científico The Pediatric Infectious Disease Journal, foi feita com 294 crianças entre 6 meses e 3 anos. Os especialistas observaram que 22% delas desenvolveram otite média durante a primeira semana de infecção respiratória. 

O diagnóstico da doença é feito com base nos sintomas da criança, como febre e dor de ouvido, e no aspecto do tímpano e ouvido médio. Ou seja, se há secreção mais fluida ou pus. É a partir desse quadro que o especialista vai avaliar o melhor tratamento. E esse é outro ponto destacado no estudo. Não são todos os casos de infecção de ouvido que sugerem o uso de antibióticos

Das 28 crianças com otite, 24 melhoraram sem antibióticos, quatro pioraram e três precisaram tomar a medicação. Em casos mais leves, é possível usar remédios apenas para amenizar os sintomas e antiinflamatórios. Mas o cuidado deve ser ainda maior. “Os pais de crianças que não tomam antibiótico precisam ficar atentos na evolução da doença, porque a chance de a infecção se agravar é maior. Febre persistente e vermelhidão no osso atrás da orelha sugerem complicação, e a criança deve passar por nova consulta”, diz Fabrizio. Vale lembrar que quem vai avaliar a necessidade ou não de usar qualquer medicamento é o pediatra.

O especialista afirma, ainda, que esse tipo de otite é mais comum em crianças pequenas, até 2 anos. Isso porque o canal que liga o ouvido ao fundo do nariz é mais curto e horizontal, facilitando a entrada de bactérias. O que ajuda a diminuir a incidência da infecção é fazer a higiene do nariz (porta de entrada de vírus e bactérias) com soro fisiológico. “Em geral, a criança nessa faixa etária pode ter uma ou duas infecções no ouvido por ano – mais do que isso é preciso investigar. Mas não é preciso se preocupar. Faz parte do desenvolvimento”, afirma Fabrizio.

Fonte: Crescer

quarta-feira, 18 de maio de 2011

19 de Maio - Dia Mundial de Doação de Leite Materno

Dia Internacional de Doação de Leite Humano passará a ser comemorado em 19 de maio

O Dia Nacional de Doação de Leite Humano, tradicionalmente comemorado no Brasil em 1º de outubro, não ocorrerá mais nessa data. Os 24 países presentes no I Congresso Iberoamericano de Bancos de Leite Humano, realizado de 28 a 30 de setembro na capital federal, assinaram, no encerramento do encontro, a Carta de Brasília 2010, que institui o Dia Internacional de Doação de Leite Humano em 19 de maio, com o objetivo de unificar as mobilizações na América do Sul, América Central, Europa e África.
 
A data foi definida em homenagem à assinatura da 1º Carta de Brasília, em 19 de maio de 2005. Segundo informou o coordenador da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, João Aprígio de Almeida Guerra, a Agência Brasileira de Cooperação desencadeará uma série de esforços diplomáticos para que a fixação desta data seja levada a todos os países do mundo para a criação do Dia Mundial de Doação de Leite Humano.
 
A Carta de Brasília 2010 concentra os esforços internacionais para o enfrentamento da mortalidade infantil e aponta as estratégias relacionadas aos bancos de leite humano para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio até 2015, conforme estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).
 
Entre as diretrizes definidas pela Carta de Brasília 2010 estão a expansão com consolidação da Rede de Bancos de Leite Humano, garantindo a ampliação do acesso ao leite humano e à qualidade do produto; o estabelecimento de convênios entre os países signatários, organismos e agências internacionais; o intercâmbio do conhecimento científico e tecnológico no campo do aleitamento materno; a definição de meios de financiamento sustentável para enfrentar os desafios atuais e garantir a continuidade das ações em curso.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Brinquedos para crianças com necessidades especiais

A brincadeira garante desenvolvimento e inclusão para os pequenos. Surgiram dúvidas na hora de escolher o brinquedo? Conheça algumas opções no Brasil e no exterior


Tem coisa mais gostosa que brincar? Para os adultos pode até parecer bobeira, mas as atividades lúdicas são fundamentais, pois possibilitam o desenvolvimento em vários aspectos. Quando se trata de crianças com necessidades especiais, a brincadeira assume papel ainda mais importante. “Brincar complementa a reabilitação, pois propicia a qualidade de vida e também os ganhos funcionais. É uma estimulação fundamental para auxiliar na recuperação ou mesmo na criação de mecanismos adaptativos”, afirma Germana Savoy, coordenadora da Associação Brasileira de Brinquedotecas (ABBri). 


Escolhas conscientes 

Na hora de comprar brinquedos, os pais devem levar em consideração sobretudo as preferências da criança, assim como as habilidades e capacidades funcionais. “Determinar que a criança com necessidade especial só fique com o brinquedo adaptado é uma forma de exclui-la”, defende Germana.


É mais importante selecionar o brinquedo de acordo com o desenvolvimento do que com a faixa etária. O que vai resultar em um largo sorriso não é apenas o jogo – adaptado ou não –, mas a estratégia e a dinâmica da brincadeira.


Estímulos ideais 

A criança precisa de desafios para sentir-se estimulada, assim como êxito na exploração do brinquedo. O que vale é que o pequeno sinta-se valorizado pela conquista, seja montar um bloco ou apertar um botão. “À medida do possível, as crianças devem ser expostas às experiências e brincadeiras naturais da idade. O importante é ter pessoas preparadas para facilitar e mediar a interação”, alerta. 

Estratégias como texturizar, sonorizar ou iluminar móbiles, chocalhos e demais acessórios possibilitam que o objeto seja melhor percebido. A música, o canto e a representação de histórias são indicados para qualquer criança, inclusive as com limitações graves no leito. Vale abusar de máscaras, fantasias, bonecos e super heróis, uma boa alternativa aos distúrbios comportamentais. 

Para estimular a percepção visual, vale lançar mão de lanternas, purpurina e laminados. Os rostos de brinquedos com muitos detalhes e cores contrastantes ajudam a organizar esquemas visuais. Utilizar os demais sentidos na brincadeira como a audição e o tato é fundamental. 

As crianças com limitações motoras devem ter seu acesso facilitado a diversos ambientes e posições que possibilitem a exploração. No caso das limitações auditivas, as brincadeiras corporais são as mais indicadas. Jogos de percussão são interessantes, pois possibilitam perceber a vibração do som e ampliar a sensibilidade. 

A escolha certa 
Com a consultoria de Germana Savoy, da Associação Brasileira de Brinquedotecas, selecionamos algumas opções para ajudar você a se inspirar na hora de comprar o brinquedo para o seu filho. Mas lembre-se: seja qual, a diversão fará toda a diferença se ele tiver o seu estímulo e companhia. Aproveite!


Fonte: Crescer

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Carinho é fundamental para os prematuros


Estudo canadense afirma que o contato afetivo com a mãe diminui o sofrimento dos bebês prematuros diante de procedimentos médicos

Dar à luz uma criança é um dos principais acontecimentos na vida de qualquer mulher e sua atenção se volta para o conforto, a saúde e a proteção do filho. Quando o nascimento é prematuro, as preocupações aumentam e o carinho materno é mais intenso e necessário. Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade McGill, no Canadá, reafirma que o carinho da mãe, nesses casos, é fundamental para amenizar as dores no bebê. 

Os especialistas analisaram bebês nascidos entre a 28ª e a 31ª semana de gestação, observando desde as expressões faciais de cada um, até seus batimentos cardíacos e níveis de oxigênio na corrente sanguínea. Metade dos recém-nascidos foi submetida à prática do chamado “kangaroo mother care” – aproximação física em que o bebê é colocado diretamente em contato com o seio da mãe – por cerca de 15 minutos, antes e durante interferências médicas como a coleta de sangue, feita com freqüência em crianças nascidas prematuramente. A outra metade dos bebês permaneceu na incubadora e não teve nenhum contato com a mãe. 

Os resultados demonstraram que o primeiro grupo, submetido à prática, sofreu menos com os procedimentos médicos, tornando a recuperação mais rápida e eficaz. Já entre os bebês que não tiveram a aproximação com a mãe, a sensação de dor foi mais intensa e o tempo de progressão no hospital não teve mudança. 

Fonte: Crescer

Perda de audição em crianças pequenas


Pesquisa brasileira alerta sobre os riscos da exposição do seu filho a sons altos e os problemas que a perda de audição acarreta na vida da criança

Qual é o cuidado que você tem com a audição do seu filho? Uma pesquisa realizada em Campinas (SP) revelou recentemente que crianças estão perdendo a audição por causa de hábitos errados. Foram estudados 500 casos para saber quais tipos de som elas estão expostas e, para a surpresa de muitos, foi comprovado que 29% delas têm queixas auditivas e 10% nunca tinham passado por um exame de audiometria. 

De acordo com a pesquisadora e fonoaudióloga da Unicamp Keila Knobel, o estudo mostra que em 90% dos casos de exposição a sons altos, pais, irmãos mais velhos e outros familiares são os responsáveis pelo comando do volume. Chiado, zumbido e apito no ouvido foram algumas das queixas relatadas pelas crianças entrevistadas. 

Um dos principais problemas que levam a perda de audição é a constante exposição a sons de forma prejudicial. É sabido que um adulto pode ficar exposto a um ruído de 85 decibéis por, em média, 8 horas sem ter maiores problemas. A cada cinco decibéis a mais, o tempo que ele pode ficar seguro exposto ao ruído cai pela metade. Não há como saber quais são os níveis seguros para criança uma vez que sua via auditiva ainda está em processo de maturação - e é diferente da do adulto. Brinquedos e livros educativos podem chegar a 110 decibéis. 

O estudo faz um alerta sobre possíveis dificuldades de aprendizado que podem acontecer em caso de perda de audição. “Elas vão ter problemas tanto para ouvir a professora quanto de aprendizagem, vocabulário. Vários estudos já comprovaram que mesmo perdas leves podem atrasar o desenvolvimento de aprendizagem da criança”, diz Keila. 

Quando há problema 

Ainda de acordo com a Keila Knobel, crianças com problemas de audição apresentam alguns sinais. Procure um especialista caso o seu filho sempre peça para você repetir a mesma frase, assista à TV em volume alto, tenha desempenho escolar ruim, demore muito para falar ou troque letras, ou, ainda, se queixe de zumbido ou apito no ouvido. 

Como prevenir 

Perdas de audição podem ocorrer por dois motivos: infecções ou excesso de exposição a sons muito altos. O primeiro é inevitável, porque não há como prever, mas quanto mais cedo você procurar um médico, melhor para a recuperação do seu filho. O segundo motivo pode ser evitado com alguns cuidados. Evite levar crianças pequenas a shows muito barulhentos, não coloque música alta no carro ou em casa e não leve crianças para perto de fogos de artifício. 
Fonte: Crescer

domingo, 15 de maio de 2011

Alerta contra a perda de audição no trabalho


Pessoas com problemas auditivos podem ter dificuldade para conseguir emprego

A perda auditiva gera muitos impactos na vida de um indivíduo. Além da difícil comunicação com os familiares e um possível isolamento da vida em sociedade, o aspecto econômico também está presente. A surdez pode gerar diversas consequências, entre elas a dificuldade de encontrar emprego em igualdade de condições com os detentores de audição normal.  

Atividades desenvolvidas no próprio trabalho são, muitas vezes, as maiores causas da perda auditiva. Operadores de britadeira, trabalhadores de gráfica, músicos, DJs, operadores de áudio em emissoras de rádio, operários de fábrica, funcionários que atuam nas pistas de aeroportos, entre muitos outros, estão expostos a ruídos intensos. Prevenir a perda auditiva e outros problemas de saúde, porém, é possível com o uso do protetor auricular que, em muitos casos, acaba sendo um acessório inseparável. 

Os jovens, que já há algum tempo costumam ouvir música em MP3, devem tomar ainda mais cuidado porque, através dos fones, o som alto atinge diretamente os ouvidos e a tendência é de perda de audição a médio e longo prazo, dependendo do volume em que escutam música e o tempo de exposição ao barulho. Com isso, na hora de procurarem emprego, devem estar atentos a possíveis problemas de perda de audição. 

"Nós não imaginamos, mas em um ambiente normal de trabalho, como um escritório, o som pode chegar a até 70, 80 dB", diz Isabela Gomes, fonoaudióloga da Telex Soluções Auditivas. A exposição continuada a sons entre 100 e 120 decibéis pode levar à perda auditiva definitiva. Tanto que, para algumas atividades profissionais, a legislação determina a utilização de EPI (Equipamento de Proteção Individual). Acima de 120 decibéis (som de uma explosão, por exemplo) o barulho pode ocasionar trauma acústico. 

Por causa do barulho intenso do trânsito, pessoas que trabalham na rua têm frequentemente perda auditiva induzida por ruído. São policiais, ambulantes, motoristas de ônibus, motociclistas e guardas de trânsito, entre outros. Dentro de um ambiente de trabalho, a preocupação também deve ser grande. Trabalhadores de indústrias, por exemplo, têm que ser submetidos a exames de audiometria de seis em seis meses e, quando constatada alguma lesão, devem se afastar daquela função. Já os músicos que trabalham com shows apresentam danos na audição com certa frequência, já que o sistema de som costuma ter mais de 130 decibéis. 

Muitas pessoas procuram a Telex devido a problemas de audição decorrentes da profissão que exercem, como relata a fonoaudióloga: "São comuns os casos de pessoas que desencadearam uma perda auditiva por exposição ao ruído intenso. Recebemos também em nossas lojas pessoas que trabalham com música, que já possuem perda auditiva, e também aquelas que procuram alguma solução para prevenir um possível dano". 

A fonoaudióloga recomenda o uso frequente de protetores auriculares, que reduzem o volume excessivo, propiciando uma audição mais confortável do som ambiente. Os protetores da Telex, por exemplo, são feitos em acrílico e moldados de acordo com a anatomia do ouvido de cada pessoa. Existem dois tipos: o que diminui o barulho ambiente em 15 decibéis e outro que reduz o ruído em 25 decibéis. 

A realidade é que muitas portas têm se fechado a candidatos considerados inaptos a uma vaga de trabalho em função de alterações na audição. Em nosso país, a legislação exige que o trabalhador seja submetido a exames admissionais e, entre esses exames, os resultados da audiometria acabam sendo usados, ao contrário de seu objetivo, para selecionar o trabalhador no momento da admissão. O resultado é a existência de um contingente de trabalhadores com perdas auditivas, dos mais diversos graus, que podem encontrar dificuldades de reingressar em um novo emprego. 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os ruídos são a terceira principal causa de poluição mundial. A entidade registrou um aumento de 15% de surdez entre a população do planeta.

 Por Redação Multimídia ES Hoje (redacao@eshoje.com.br)

sábado, 14 de maio de 2011

Obesidade infantil e mamadeira

Pesquisa revela que crianças que usam mamadeira depois de um ano podem ficar obesas

No mês em que é comemorado o Dia das Mães, uma pesquisa americana revelou que as mulheres têm que prestar ainda mais atenção nos cuidados com os pequenos. O inocente gesto de dar mamadeira às crianças com mais de um ano aumenta em 30% as chances delas desenvolverem obesidade infantil. O estudo foi publicado no "Journal of Pediatrics" e mostrou que dos 17% de crianças obesas aos cinco anos de idade, 22,3% tomou leite na mamadeira até os dois anos, 18,9% tinham o hábito de mamar antes de dormir e os outros 58,8% tomava mamadeira frequentemente durante o dia.
Segundo Luis Moreno, coordenador do grupo de pesquisa sobre nutrição infantil da Universidade de Zaragoza, na Espanha, o leite não é o problema. A grande questão é que em alguns casos a mamadeira é usada para substituir a chupeta para acalmar os bebês ou para eles dormirem, o que causa um aumento calórico e consequentemente a obesidade.
O estudo mostra ainda que uma única mamadeira com 25 ml de leite já supre 12% das necessidades calóricas de uma menina de 2 anos, por exemplo. A prevalência de obesidade entre as crianças que participaram do estudo era de 23% entre as que tinham o hábito de mamar, contra 16% nos que não usavam mais a mamadeira com essa idade. Segundo especialistas, o ideal é usar o leite materno como única fonte de alimentação até os seis meses e, a partir de então, começar a usar colher ou copos para alimentar a criança. Desta maneira, ela não acostuma com o uso da mamadeira.
A Associação Americana de Pediatria dá dicas valiosas para não acostumar seu filho com a mamadeira. A partir dos nove meses de idade, nunca alimente seu bebê entre as refeições usando mamadeira. Use copos para dar água ou sucos e não deixe que elas mamem antes de dormir. Outra questão ressaltada na pesquisa é que a mamadeira não havia sido relacionada ainda com a obesidade infantil.
Para estimular hábitos saudáveis de alimentação nas crianças - que devem começar antes delas irem para a escola - é importante incluir cereais a partir do quarto ou sexto mês de idade; aos seis meses, frutas e verduras e aos oito, carnes e peixe, de início, triturados, e aos poucos, quando os dentinhos começarem a nascer, em pedaços para incentivar a mastigação.
Fonte: Bolsa de mulher

Reflexos dos Rescem-nascidos

sábado, 7 de maio de 2011

Processamento Auditivo Central

Fisiologia da audição

Desmame


Fonte: Absoluta Baby

Especialista discute as saídas para um desmame saudável e natural, sem sequelas para a mãe e o bebê. Confira!

A professora Carolina Santana, paulista de 38 anos, adorou curtir todas as etapas de sua gravidez e o esplendor do nascimento de seu filho Caio, hoje com sete anos. Na época, uma de suas maiores expectativas era com relação à amamentação. A mestre em filosofia queria fazer tudo como os médicos prescreviam e seguir a recomendação do Ministério da Saúde: amamentação exclusiva até os seis meses e complementada até os dois anos podendo estender-se. Quem mais gostou da iniciativa foi Caio, que não queria largar o seio da mãe até quase chegar aos seus quatro anos. Ao completar dois anos, a filósofa já vivia o paradoxo de não querer interromper a amamentação e voltar ao mercado de trabalho, mas diante das dificuldades para parar, ela resolveu seguir com o aleitamento materno. “Foi uma escolha maravilhosa, mas com isso demorei a voltar a me dedicar à profissão que tanto estudei para seguir e a me estabilizar financeiramente”, aponta.

Já a produtora cultural Ana Lima Sampaio, carioca de 32, mãe de Rosa, fez a mesma coisa até a filha completar 15 meses, quando recebeu uma proposta de trabalho irrecusável e optou por parar quase bruscamente. “No início tentei conciliar, mas depois ficou insustentável, o trabalho era muito intenso e não dava mais para acordar nas madrugadas, nem oferecer o seio naquele soninho da tarde. Achei melhor parar de uma vez”, conta. Mas o processo não foi fácil e a produtora chegou a consultar um médico e até outras mães, sem sucesso. “Ela chorava sentindo falta, meu seio doía muito e não parava de inchar, essas dificuldades ainda somavam-se a um vazio e uma tristeza imensa de minha parte. Parecia que eu tinha entrado numa depressão junto com minha filha. Eu andava estressada e ela agressiva”, relata.

As dificuldades dessas mães permeiam salas de consultório, pátios de creches e em todos os redutos de papo de mãe sempre se escutam os mais diversos relatos sobre o processo de desmame. A dificuldade para voltar ao trabalho, bebês que mordem o seio, bebês que mamam durante toda a madrugada e até receitas estranhas são mencionadas a todo tempo. É comum ver nos fóruns de diversos sites direcionados, mães contando suas dificuldades neste momento e outras indicando o uso de pimenta, café, esparadrapo e outros aditivos para ajudar a “cortar” o aleitamento materno. A importância da amamentação é inquestionável, porém o processo de desmame é alvo de questionamentos, incertezas e discordâncias. Por isso, nossa equipe foi procurar um especialista no assunto para ajudar as mães nesta hora e descobri, por exemplo, que um banco de leite é o melhor lugar para se procurar e que só um médico especializado em amamentação pode ajudá-la. Além disso, deve-se ficar alerta, pois há riscos para a mãe e para o bebê.

Confira a entrevista com o Prof. Dr. Valdecyr Herdy Alves, coordenador do Banco de Leite Humano de Hospital Universitário Antônio Pedro da UFF e presidente da Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras (ABENFO).

Portal Absoluta - Quando é a hora de parar a amamentação?
Dr. Herdy - A amamentação é o último momento do período gravídico puerperal (concepção, gestação, parto - nascimento e puerpério), onde a  mulher e bebê vivenciam a troca fisiológica do processo de nascimento, regados de hormônios como, por exemplo, a ocitocina que favorece em muito a criação do vínculo e a sensação de bem estar entre mãe e filho. Hoje temos como norte para o momento de realizar a transição da amamentação para a comida caseira, seguindo as orientações do Ministério da Saúde, o aleitamento até os seis meses exclusivamente e, a partir daí manter até dois anos complementando com a alimentação da própria família. Assim, quando devemos parar de aleitar? Na verdade, é um processo vivenciado a dois, mãe e filho, e deve ser construído de forma a não trazer prejuízos para ambos. Após os seis messes a mulher deverá implementar os alimentos de forma prazerosa para o bebê, iniciando o desmame gradativamente. Esse processo não é fácil, porém hoje temos os bancos de leite humano que trabalham dando esse apoio às mulheres no processo de desmame natural.

Portal Absoluta - E como é feito este auxílio?
Dr. Herdy- Onde atuo, orientamos o uso de um trabalho lúdico com a criança, ajudamos a esvaziar o seio para evitar uma possível mastite e guiamos a mãe nos procedimentos usados e na questão psicológica de ambos.

Portal Absoluta - Como fazer da forma mais natural?
Dr. Herdy - A forma mais natural é na relação construída entre mãe e filho, onde o processo de amamentação vivenciado de forma prazerosa dará possibilidades da mulher, após os seis meses, iniciar a alimentação de papas para a descoberta de novos sabores pelo seu bebê. Esse processo é natural, não é necessário usar artifícios como perfume nas mamas ou outros produtos para inibir o desejo do bebê, isso é perverso, pois a frustração do bebê será grande. Nestes casos, temos hoje profissionais de saúde capacitados para trabalhar com esse processo de desmame, o banco de leite humano tem um papel muito efetivo neste momento. Não estamos lá para incentivar o desmame, mas para auxiliar quando ele se impõe, para que ele seja feito da melhor maneira possível.

Portal Absoluta - Como vê o uso de aditivos no seio (café, pimenta, esparadrapo)? Que danos eles podem causar?
Dr. Herdy - O uso desses aditivos são crendices, não ajudam e não trazem beneficio nenhum para a mulher e nem para o seu bebê e, ao contrário, podem trazer prejuízos como as infecções mamárias e bucal nos bebês.

Portal Absoluta - Que conselhos dar a uma mãe que precisa diminuir ou cessar bruscamente a amamentação por motivos profissionais ou qualquer outro?
Dr. Herdy - Neste caso, é necessário um apoio do banco de leite ou de um profissional de saúde especializado em amamentação, pois os prejuízos poderão ser grandes para a vida do bebê, é necessário um trabalho de desmame onde a frustração não seja vivenciada tanto pela mãe como pelo bebê. Hoje temos técnicas que facilitam esse processo emergencial do desmame, temos várias possibilidades, o mais importante é criar um ajuste para que ambos não sofram com essa situação.

Portal Absoluta - Quais são os impactos psicológicos para a mãe e para o bebê no desmame?
Dr. Herdy - Os impactos são vários, porém o maior é a frustração que se institui na mulher e no bebê. Essa carência vivenciada em especial pelo bebê traz correlações para toda a vida desta criança, estudos científicos descrevem, por exemplo, a agressividade infantil como uma das possibilidades do desmame precoce.

Portal Absoluta - Existe alguma espécie de "depressão pós-amamentação" que caracteriza a sensação de vazio ao término da amamentação?
Dr. Herdy - Sim. Algumas mulheres apresentam dificuldades em realizar o desmame, por várias questões vivenciadas, uma delas é a carência afetiva que se dá. Deixar de dar o seio é vivenciar o distanciamento fisiológico de nutrir sua cria, é a segunda separação real vivida pela mulher, primeiro o nascimento e segundo o desmame.

Prof. Dr. Valdecyr Herdy Alves