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Linguagem: quando é preciso consultar um fonoaudiólogo?

Especialistas explicam quais sinais indicam atrasos na fala A maior parte das crianças começa a falar por volta dos 12 meses....

terça-feira, 29 de março de 2011

Crianças - Poucas palavras


Alguns momentos da vida da criança são inesquecíveis para os pais: o primeiro sorriso, o primeiro passo e, é claro, as primeiras palavras! Saiba quando procurar auxílio se estas palavrinhas demorarem a sair.

As primeiras palavras são as mais belas e as mais esperadas. A voz do bebê encanta e aumenta cada vez mais a ansiedade dos pais em ouvir novas palavras a cada dia.
"Pode parecer natural, mas falar é uma façanha extraordinária. A criança prepara-se para este momento desde que nasce: chorando, sendo amamentada, interagindo com o ambiente", explica a fonoaudióloga Raquel Zardo.
O bebê começa a falar por volta de um ano e se desenvolve lentamente até os dois anos, quando seu vocabulário já possui em média 300 palavras. Após os 24 meses a linguagem evolui mais rapidamente. Neste período, surgem as palavras justapostas como "nenê qué". A criança observa, experimenta, ouve, vê e conseqüentemente desenvolve-se muito neste período.
A fonoaudióloga Raquel explica que toda criança passa por um processo de aquisição gradativa dos sons. Se a criança não apresenta nenhum impedimento auditivo, neurológico, emocional ou hereditário, esta explosão de linguagem tende a acontecer naturalmente.

Quando a criança demora a falar

É preciso acompanhar com atenção cada fase do desenvolvimento da linguagem dos pequenos. A fonoaudióloga observa que a criança que começou a falar com um ano, mas que chegou aos dois com um desenvolvimento muito lento, com poucas palavras no vocabulário e que não tenta imitar quem fala e nem consegue pronunciar palavras justapostas, vai precisar de um estímulo extra, especializado e individual. Nestes casos há indicação fonoaudiológica "porque, mesmo sendo uma criança inteligente e sadia, por alguma razão (muitas vezes hereditária), não consegue expressar-se oralmente".
Apenas 30% das crianças com dificuldade na fala desenvolvem-se sozinhas, mas as demais apresentam grande dificuldade.
"Os pais não devem de forma nenhuma esperar para procurar orientação para suas dúvidas, pois este distúrbio específico da fala pode prejudicar todo o desenvolvimento infantil, quer seja na sua vida escolar ou social", alerta a fonoaudióloga.
Raquel ressalta também que a atenção deve ser redobrada para com as crianças com mais de dois anos e meio que fazem o tratamento, mas que não estão apresentando uma evolução satisfatória no aprendizado da língua materna. "Nestes casos recomendamos um apoio psicológico, para que a criança receba o suporte emocional necessário para aprender a lidar com a dificuldade específica e suas frustrações. Em geral, nestes casos, o atendimento deverá ser sempre multidisciplinar", frisa.

Como o Cebolinha

Entre quatro e cinco anos, a criança já deve falar corretamente. "Para evitar prejuízos maiores em seu desenvolvimento, os pais devem procurar um especialista para corrigir quaisquer dificuldades na fala ou na linguagem da criança", explica.
A possibilidade da filha Betina, de cinco anos, passar por dificuldades na aprendizagem da leitura e da escrita deixava angustiada a engenheira civil Liziane Capaverde. Ela tem duas filhas gêmeas que começaram a falar cedo. Mas, perto dos três, Betina passou a ter mais dificuldades do que a irmã Lorena, principalmente quando pronunciava alguns sons. "A fala dela é semelhante à do personagem ‘Cebolinha’," conta a mãe.
Além disso, Lorena ficava insistindo e pressionando Betina a falar direito. "Eu sentia que esta situação a incomodava muito, deixando-a ansiosa", relata. Preocupada com as trocas de fonemas da filha, ela procurou a orientação de um especialista. Em poucas sessões e com exercícios em casa, Betina já está falando melhor. "Ela ficou muito feliz quando pronunciou ‘cor-de-rosa’ corretamente", lembra Liziane.

Estímulo dos Pais

Os bebês geralmente aprendem a falar com o estímulo dos pais ou das pessoas que convivem com eles. "É muito importante que os pais tenham em mente que o bebê só aprende a falar ouvindo alguém que fale com ele. Os adultos e crianças mais velhas são os modelos que vão orientar o bebê no mundo dos sons. E, da mesma forma que ninguém dá um alimento estragado a um bebê, não devemos também dar um exemplo de fala errado. A criança deve imitar o adulto e não o contrário", diz a fonoaudióloga. Estes estímulos devem ser prazerosos, com muitas conversas e cantorias. As frases no início devem ser curtas e bem articuladas.
"Todas as fases da aprendizagem da fala podem demorar; é preciso ter paciência e muito amor. Agindo assim, os pequeninos vão compreender como é bela a comunicação", frisa Raquel.
A percepção dos pais e dos educadores é de extrema importância, pois vai ajudar a criança a melhorar o seu rendimento escolar e seu relacionamento com os amigos, tornando-a mais feliz, comunicativa e segura. O diagnóstico precoce é sempre o melhor caminho. O sucesso do tratamento depende, e muito, da procura por parte dos pais. "No processo de aprendizagem a criança tem o direito de falar errado, escrever errado. Nós, pais e adultos, é que não temos o direito de atrapalhar o seu desenvovimento, imitando-as ou fazendo-as esperar... esperar...esperar", ressalta a fonoaudióloga.

Distúrbios da aprendizagem

Cerca de 20% das crianças apresentam alguma dificuldade na aprendizagem e é na pré-escola que estes distúrbios começam a aparecer. Muitas vezes podem ser por falta de maturidade, por falta de prontidão para a alfabetização ou transtornos neurológicos, ou de linguagem. "Os sintomas dos distúrbios da aprendizagem podem ser muito sutis; muito mais do que o atraso na fala, mas perceptiveis no maternal e jardim da infância", como:
- troca do "p" pelo "b";
- confusões de orientação de direita ou esquerda;
- falta e atenção durante as aulas;
- hiperatividade;
- dificuldade na elaboração de frases;
- dificudade para memorizar cantigas, etc

Tais características podem ser indícios de dislexia (dificuldade persistente na aprendizagem da leitura); de disortografia (dificuldades de ortografia); de disgrafia (dificuldade no traçado das letras); de DDA (distúrbio de déficit de atenção, quando a criança se distrai com muita facilidade) ou disfasia (dificuldade na expressao oral e escrita).

Fonte: Revista Corpore

segunda-feira, 28 de março de 2011

Impor limites aos pequenos é uma das tarefas mais complexas para pais



Pais compensam o afastamento dizendo "sim" diante de qualquer desejo do filho



Você tem a impressão que está sempre sendo testado? É quase impossível impor limites? Pois educar é a talvez a tarefa mais difícil de todas na função de pai e mãe.
— O limite implica em a criança entender que ela pode pensar tudo o que quiser, mas não pode fazer tudo o que pensa.
A frase do psicólogo especialista em psicoterapia infantil Alexandre Machado Streb revela a complexidade do desafio. O convívio social exige limites. Os filhos devem ser orientados a aprender a lidar com a frustração, com instintos como agressividade e egoísmo. Respeitar e satisfazer os seus desejos e o dos outros.
Do zero aos 6 anos, a criança forma a base de sua personalidade. Durante esse período, os pequenos estão muito atentos aos modelos que os rodeiam, principalmente na relação com os pais. É uma fase que deve exigir sempre uma negociação. 


Desde os primeiros meses de vida, a criança entende o "não", mas ele tem de ser funcional e vir acompanhado de uma justificativa. Independentemente se está em casa ou na rua, não precisa ter vergonha ou temer o julgamento alheio. A vida moderna tem diminuído a convivência com os pequenos, e alguns pais sentem-se culpados e compensam o afastamento dizendo "sim" diante de qualquer desejo do filho.


Consequências
Com o passar do tempo, a criança deve entender que tem de arcar com as consequências das suas ações. Se quebrar um móvel, sabe que aquilo custou trabalho para os pais e, por exemplo, deve abrir mão de algo que gosta.
— Em todo ganho existe uma perda, e isso a gente leva para toda a vida — diz Streb.
A autoridade exercida pelos pais implica em serenidade e persistência. As crianças realmente nos testam, testam os próprios limites delas. Inconscientemente os pequenos esperam até receber a contenção. Se não houver contenção, eles podem se sentir abandonados e, no futuro, desenvolver sentimentos como ansiedade e insegurança.
Perseverança na colocação de regras é fundamental. O modelo familiar deve ser seguido por todos aqueles que têm um contato mais íntimo com os pequenos.
Castigo é melhor que palmada
Para Streb, a palmada pode ser evitada com conversa, negociações e castigo. Abrir mão temporariamente de algo de que a criança gosta funciona muito bem. Já a palmada é válida junto com uma boa explicação e não funciona como expressão de raiva:
— Uma palmadinha não é a responsável por um trauma futuro se não existir um histórico de violência cotidiana na família.
Quando procurar ajuda
Normalmente, 60% das crianças que procuram uma ajuda especializada são encaminhadas em função de uma demanda escolar, como baixo rendimento em sala de aula.
Outros casos são decorrentes de distúrbio do sono, como excesso ou falta de sono, irritabilidade excessiva, agressividade, baixa autoestima. Além disso, há casos de sintomas fóbicos, como medo incomum de animais, da escola, de exposição ao público.

 Por: Ticiana Fontana/ Diário de Santa Maria
Clic RBS donna

Fonoaudiologia - vídeo de apresentação CFFa

quarta-feira, 16 de março de 2011

Dislexia - Definição, Sinais e Avaliação


Dislexia

Definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. Pesquisas realizadas em vários países mostram que entre 05% e 17% da população mundial é disléxica.

Ao contrário do que muitos pensam, a dislexia não é o resultado de má alfabetização, desatenção, desmotivação, condição sócio-econômica ou baixa inteligência. Ela é uma condição hereditária com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico.

Por esses múltiplos fatores é que a dislexia deve ser diagnosticada por uma equipe multidisciplinar. Esse tipo de avaliação dá condições de um acompanhamento mais efetivo das dificuldades após o diagnóstico, direcionando-o às particularidades de cada indivíduo, levando a resultados mais concretos.


Sinais de Alerta

Como a dislexia é genética e hereditária, se a criança possuir pais ou outros parentes disléxicos quanto mais cedo for realizado o diagnóstico melhor para os pais, à escola e à própria criança. A criança poderá passar pelo processo de avaliação realizada por uma equipe multidisciplinar especializada (vide adiante), mas se não houver passado pelo processo de alfabetização o diagnóstico será apenas de uma "criança de risco".

Haverá sempre:
  •  dificuldades com a linguagem e escrita ;
  •  dificuldades em escrever;
  •  dificuldades com a ortografia;
  •  lentidão na aprendizagem da leitura;
Haverá muitas vezes :
  •  disgrafia (letra feia);
  •  discalculia, dificuldade com a matemática, sobretudo na assimilação de símbolos e de decorar tabuada;
  •  dificuldades com a memória de curto prazo e com a organização;
  •  dificuldades em seguir indicações de caminhos e em executar seqüências de tarefas complexas;
  •  dificuldades para compreender textos escritos;
  •  dificuldades em aprender uma segunda língua.
Haverá às vezes:
  •  dificuldades com a linguagem falada;
  •  dificuldade com a percepção espacial;
  •  confusão entre direita e esquerda.
Pré -Escola


Fique alerta se a criança apresentar alguns desses sintomas:
  •  Dispersão;
  •  Fraco desenvolvimento da atenção;
  •  Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem;
  •  Dificuldade em aprender rimas e canções;
  •  Fraco desenvolvimento da coordenação motora;
  •  Dificuldade com quebra cabeça;
  •  Falta de interesse por livros impressos;
O fato de apresentar alguns desses sintomas não indica necessariamente que ela seja disléxica; há outros fatores a serem observados. Porém, com certeza, estaremos diante de um quadro que pede uma maior atenção e/ou estimulação.

Idade Escolar

Nesta fase, se a criança continua apresentando alguns ou vários dos sintomas a seguir, é necessário um diagnóstico e acompanhamento adequado, para que possa prosseguir seus estudos junto com os demais colegas e tenha menos prejuízo emocional:
  • Dificuldade na aquisição e automação da leitura e escrita;
  • Pobre conhecimento de rima (sons iguais no final das palavras) e aliteração (sons iguais no início das palavras);
  •  Desatenção e dispersão;
  •  Dificuldade em copiar de livros e da lousa;
  •  Dificuldade na coordenação motora fina (desenhos, pintura) e/ou grossa (ginástica,dança,etc.);
  •  Desorganização geral, podemos citar os constantes atrasos na entrega de trabalhos escolares e perda de materiais escolares;
  •  Confusão entre esquerda e direita;
  •  Dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas telefônicas, etc...
  •  Vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou sentenças longas e vagas;
  •  Dificuldade na memória de curto prazo, como instruções, recados, etc...
  •  Dificuldades em decorar seqüências, como meses do ano, alfabeto, tabuada, etc..
  •  Dificuldade na matemática e desenho geométrico;
  •  Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomias) 
  •  Troca de letras na escrita;
  •  Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua;
  •  Problemas de conduta como: depressão, timidez excessiva ou o ‘’palhaço’’ da turma;
  •  Bom desempenho em provas orais.
Se nessa fase a criança não for acompanhada adequadamente, os sintomas persistirão e irão permear a fase adulta, com possíveis prejuízos emocionais e conseqüentemente sociais e profissionais.

Adultos
  • Se não teve um acompanhamento adequado na fase escolar ou pré-escolar, o adulto disléxico ainda apresentará dificuldades;
  • Continuada dificuldade na leitura e escrita;
  • Memória imediata prejudicada;
  • Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua; 
  • Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomia);
  • Dificuldade com direita e esquerda;
  • Dificuldade em organização;
  • Aspectos afetivos emocionais prejudicados, trazendo como conseqüência: depressão, ansiedade, baixa auto estima e algumas vezes o ingresso para as drogas e o álcool.
Diagnóstico

Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes de um diagnóstico multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, não confirmam a dislexia. E não pára por aí, os mesmos sintomas podem indicar outras situações, como lesões, síndromes e etc.

Então, como diagnosticar a dislexia?

Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, que podem ser percebidos na escola ou mesmo em casa, deve se procurar ajuda especializada.

Uma equipe multidisciplinar, formada por Psicólogos, Fonoaudiólogos e Psicopedagogos deve iniciar uma minuciosa investigação. Essa mesma equipe deve ainda garantir uma maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista e outros, conforme o caso.

A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. É o que chamamos de AVALIAÇÃO MULTIDISCIPLINAR e de EXCLUSÃO.

Outros fatores deverão ser descartados, como déficit intelectual, disfunções ou deficiências auditivas e visuais, lesões cerebrais (congênitas e adquiridas), desordens afetivas anteriores ao processo de fracasso escolar (com constantes fracassos escolares o disléxico irá apresentar prejuízos emocionais, mas estes são conseqüências, não causa da dislexia).

Neste processo ainda é muito importante:

Tomar o parecer da escola, dos pais e levantar o histórico familiar e de evolução do paciente.

Essa avaliação não só identifica as causas das dificuldades apresentadas, assim como permite um encaminhamento adequado a cada caso, por meio de um relatório por escrito.

Sendo diagnosticada a dislexia, o encaminhamento orienta o acompanhamento consoante às particularidades de cada caso, o que permite que este seja mais eficaz e mais proveitoso, pois o profissional que assumir o caso não precisará de um tempo, para identificação do problema, bem como terá ainda acesso a pareceres importantes.

Conhecendo as causas das dificuldades, o potencial e as individualidades do indivíduo, o profissional pode utilizar a linha que achar mais conveniente.

Os resultados irão aparecer de forma consistente e progressiva. Ao contrário do que muitos pensam, o disléxico sempre contorna suas dificuldades, encontrando seu caminho. Ele responde bem a situações que possam ser associadas a vivências concretas e aos múltiplos sentidos. O disléxico também tem sua própria lógica, sendo muito importante o bom entrosamento entre profissional e paciente.

Outro passo importante a ser dado é definir um programa em etapas e somente passar para a seguinte após confirmar que a anterior foi devidamente absorvida, sempre retomando as etapas anteriores. É o que chamamos de sistema MULTISSENSORIAL e CUMULATIVO.

Também é de extrema importância haver uma boa troca de informações, experiências e até sintonia dos procedimentos executados, entre profissional, escola e família.


Por ABD

terça-feira, 15 de março de 2011

Anamnese Gagueira


ANAMNESE DE GAGUEIRA

Nome:
DN:
Profissão:
Data:
1. Descrição geral da fala
a) bloqueios
b) espasmos
c) repetições
d) prolongamentos
e) evita palavras
f) evita de situação de comunicação
2. Antecedentes familiares:
3. Estrutura familiar
4. Grau de conscientização do problema
5. Tratamentos específicos do aparelho respiratório
6. Início do problema
7. Situações desencadeantes
8. Situações agravantes
9. Influência do tamanho das frases
10. Influência do tamanho das palavras
11. Influência de sílabas específicas
a) Influência da posição da sílaba na palavra
b) Influência da tonicidade da sílaba na palavra
12. Percepção da consciência que os outros tem do problema
13. Reações próprias. Sensações subjetivas
14. Diagnóstico diferencial. Taquifemia
Presença obrigatória de:
a) repetições
b) falta de consciência do problema
c) problema com atenção e concentração
d) debilidade perceptual
e) baixa organização do pensamento
Presença facultativa de:
f) taquifemia
g) paradas vocálicas
h) incapacidade articulatória (silabante ou flapes)
i) dificuldades gramaticais
j) voz monotonal
l) ritmo respiratório alterado
Fatores que podem vir associados:
m) distúrbio de leitura
n) distúrbio de escrita
o) inquietações, hiperatividade
p) problema com SNC
Formula da gagueira
P = punição
F = frustração
A = ansiedade
C = culpa
H = hostilidade
Sc = stress de comunicação
Ms = dedo da situação
Tc = temor de comunicação
M = motivação
Fl = fluência

(PFACH) + (Sc + Ms + Tc) severidade//frequência
N + Fl




_________________________________________________
Danieli Scherer Pires
FONOAUDIÓLOGA
CRFa 8889 - RS

Centro Multidisciplinar tem novo espaço de atendimento



A Equipe de Profissionais do CAICA - Centro de Atendimento Integral à Criança e ao Adolescente, tem muitos motivos para comemorar.O prefeito municipal Ernesto Molon, juntamente com os secretários da Saúde, Reges Kulczynski, da Ação Social, Marizabel Giacomuzzi e da Educação, Marisa Albuquerque, estão destinando recursos para a ampliação do espaço físico para os atendimentos, através da locação da casa onde antigamente um renomado médico de Camaquã realizava atendimentos, Dr. Armando Carvalho.


A casa localizada ao lado do Cine Teatro Coliseu (antigo foro de Camaquã), foi reformada e está sendo adaptada para receber a estrutura e os profissionais do Centro Multidisciplinar. No dia 10 de dezembro, o Sr. Marcelo Carvalho, um dos proprietários da residência, passou às mãos da Coordenadora do Centro, Graziela Grala, o termo de vistoria no qual a Administração Municipal e Secretaria de Infraestrutura realizaram levantamento das condições da casa e reforma.


Nas próximas semanas, a equipe já deverá se instalar no local, e a partir do dia 27 de dezembro todos os atendimentos clínicos destinados a crianças e adolescentes iniciam-se em nova estrutura. "Estamos muito contentes com o apoio oferecido pelo prefeito e as secretarias envolvidas neste projeto”, comenta Graziela.


“O Centro Multidisciplinar oferece em torno de 1400 atendimentos por mês, uma demanda muito grande para um espaço que até então era muito pequeno.Com esta mudança na estrutura física, pretendemos ampliar ainda mais os atendimentos para 2011 e retomar muitos projetos envolvendo crianças e adolescentes que antes não foram possíveis de acontecerpelas condições do espaço físico", afirma a coordenadora.


A partir do dia 27 de dezembro o Centro Multidisciplinar estará localizado na rua Duque de Caxias, 180.Aberto de segunda à sexta, das 8h às 12h e das 13h30min às 17h30min. Fone: (51) 3671-9770.

Fonte: Assessoria de Imprensa Prefeitura Camaquã

domingo, 13 de março de 2011

Necessidades Especiais

A Síndrome de Down ou trissomia do 21, é sem dúvida o distúrbio cromossômico mais comum é a forma mais comum de deficiência mental congênita. Geralmente pode ser diagnosticada ao nascimento ou logo depois, por suas características dismórficas, que variam entre os pacientes, e que produzem um fenótipo distintivo. Alterações faciais, olhos mais fechados, dificuldades de aprendizado, retardo intelectual, doenças no coração e dificuldades na audição.
A criança com síndrome de Down passará por todas as fases de uma criança normal só que com um certo atraso.
Objetivo da intervenção fonoaudiológica
O objetivo da intervenção fonoaudiológica é diminuir esses atrasos, valorizando o potencial de desenvolvimento de suas capacidades. Logo no primeiro mês de vida já é importante que os pais procurem profissionais capacitados para estarem acompanhando e iniciando a intervenção. Essas crianças além do acompanhamento médico necessitam do acompanhamento de fisioterapeutas, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo entre outros.
Devido a hipotonia dos músculos da face, existe uma tendência da boca em ficar aberta e a língua para fora. Não que a língua seja grande, mas sim devido a falta de tônus ela acaba ficando para fora da boca. A hipotonia global é uma das característica da síndrome de down.
A síndrome de Down tem como uma de suas principais características a dificuldade de comunicação. Devido ao déficit cognitivo, as crianças apresentam atrasos no desenvolvimento da linguagem e da fala, e tendem a utilizar como apoio os gestos. Porém, com o devido tratamento e incentivo, a comunicação verbal pode ser melhor desenvolvida.
Em crianças com Down o tempo do desenvolvimento da compreensão é bem menor que o tempo de desenvolvimento da fala. Deste modo, é importante para os pais saberem como incentivá-las, para que elas saibam que estão sendo compreendidas.
Também apresentam outras características que dificultam a comunicação, como problemas na memória de curto prazo (responsável por guardar informações para reproduzí-las posteriormente).
Tratamento
A terapia fonoaudiolóica visa melhorar a respiração, sucção, deglutição, postura da língua, linguagem escrita e oral e as funções intelectivas proporcionando aos paciente com necessidades especiais, inclusive com Síndrome de Down uma melhor qualidade de vida.
Fonte: Centro de Fonoaudiologia

Tecnologia aliada à reabilitação


Pacientes com seqüelas neurológicas são reabilitados ao se conectarem com o mundo pela internet


De repente, a mente parece confusa, a fala teima em não querer sair da boca e os músculos já não obedecem ao comando do cérebro fazendo com que tarefas que antes pareciam simples, necessitem de ajuda para serem executadas.


Traumas neurológicos, se não tratados de forma imediata, podem trazer seqüelas irreversíveis. No entanto, o trabalho incansável de uma equipe de profissionais e a força de vontade de pacientes e familiares é capaz de promover uma melhora significativa nesses quadros. No meio de tudo isso, uma nova ferramenta surge para impulsionar o tratamento: o computador.

A utilização de tecnologias na reabilitação de pacientes com seqüelas neurológicas já ocorre há bastante tempo e envolve todo equipamento, modificado ou feito sob medida a fim de melhorar suas habilidades funcionais. A professora do curso de Terapia Ocupacional (TO) da Universidade de Fortaleza (Unifor) e mestre em Distúrbios da Comunicação Humana, Ana Paula Braga, cita que a escrita é um dos recursos mais utilizados para melhorar a comunicação do paciente que tem a fala comprometida. Dependendo de suas condições de comunicação, pode utilizar softwares e comunicadores com voz sintetizada e gravada ou pranchas de comunicação.


Se o computador já era uma realidade no trabalho de terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos, a novidade surge com a utilização do recurso da Internet - redes sociais e desenvolvimentos de blogs - a fim de não só desenvolver a parte cognitiva do paciente, quanto para reinseri-lo socialmente. A atividade, ainda em experiência, tem sido realizada por Elaine Studart, fonoaudióloga há mais de 22 anos.



A ideia surgiu durante o Curso de Docência no Ensino Superior, na Universidade Federal do Ceará (UFC), onde Elaine teve mais contato e aprendeu a utilizar novas mídias. A partir daí criou seu próprio blog - Fonoaudiologia e Comunicação -, voltado para a prática da especialidade. A experiência, que começou sem grandes pretensões, gerou excelentes frutos.



Superação


Quando Osmundo Rebouças, 68 anos, viu o blog de sua fonoaudióloga, imediatamente sinalizou: "Quero um também". Economista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), PHD em Harvard, ex-professor da Universidade de São Paulo (USP) e deputado federal, estava impossibilitado de trabalhar e de realizar várias atividades por conta de um AVC isquêmico ocorrido em fevereiro de 2010. Como grande parte dos pacientes, começou a ficar deprimido. Foi então que encontrou na internet, além de um estímulo, uma forma de desenvolver leitura, escrita e de voltar ao trabalho.



"Ele era muito ativo. Quando me pediu para fazer um blog, passamos um tempo pensando como seria. Criei o layout e o ensinei a postar textos e vídeos. Hoje, ele faz tudo sozinho", diz a fonoaudióloga Elaine Studart. Ela conta que, quando começou a tratar Osmundo, ele tinha fraqueza nos músculos e não conseguia coordenar pensamento e fala. 


Após um árduo trabalho de TO, fisioterapia e fonoaudiologia, hoje mantém uma vida praticamente normal. Faz aulas de Pilates, dirige e realiza todas as suas atividades sozinho. A única dificuldade que possui é na articulação das palavras, ainda de difícil compreensão. Apesar disso, o economista não para de falar um só instante, e em seus momentos de lazer, se arrisca até a cantar em karaokês.



Elo de ligação


O uso do computador começou de forma simples, a partir da elaboração de palavras e frases e, posteriormente, da análise de textos e reprodução de interpretações. Elaine relata que, em pouco tempo, Osmundo Rebouças foi tomando gosto e criando artigos cada vez mais elaborados. Antes desacreditado pelos médicos, o paciente evoluiu de forma inesperada.


São muitos os benefícios do emprego da internet nesses casos. "Além de preencher o tempo, o paciente pode ampliar seu círculo de amizades e derrotar a solidão. O contato com a tecnologia faz com que ele volte a se sentir produtivo e inserido socialmente, produzindo, criando e obtendo novos conhecimentos", explica a professora do curso de TO da Unifor e mestre em Psicologia, Elcyana Bezerra Carvalho.



Mais do que outros meios de comunicação, o computador permite que os pacientes neurológicos experimentem uma excelente adaptação às dificuldades visuais, auditivas e motoras, próprias dessa patologia. 

sábado, 12 de março de 2011

Saúde Ocupacional - Riscos de surdez


Fonoaudiologia da São Lucas alerta sobre a surdez ocupacional.

Campanha Nacional da Audição discute a perda auditiva induzida por ruído ocupacional (PAIRO), uma doença profissional irreversível, considerada a maior responsável por afastamentos de trabalho em todo o mundo. A PAIRO é um dos mais importantes problemas sociais dos trabalhadores brasileiros. No Brasil o ruído no ambiente de trabalho representa um perigo significativo à saúde auditiva de milhares de trabalhadores, representando hoje um dilema para muitas empresas e um desafio para médicos do trabalho, otorrinolaringologistas, fonoaudiólogas, engenheiros e técnicos de segurança do trabalho.

A Sociedade Brasileira de Otologia espera elevar o nível de consciência dos empregadores para estimular melhorias nas condições de trabalho com a implantação de Programas de Conservação Auditiva. Esse programa envolve ações de caráter preventivo, diagnóstico, normativo e trabalhista. O Fonoaudiólogo é o profissional que trabalha ativamente neste programa, através das avaliações audiométricas, diagnóstico, orientações, encaminhamentos e reabilitação da PAIRO.

Em Porto Velho, a Clínica de Fonoaudiologia da Faculdade São Lucas, referência em Rondônia e na Amazônia, desenvolve ações voltadas ao Programa de Conservação da Audição. "Caso sua empresa não esteja inserida em nenhum programa de saúde auditiva, conheça nossos serviços, entrando em contato através do telefone (69) 3211-8037", orienta a professora Elisangela Hermes, coordenadora da Clínica de Fonoaudiologia da São Lucas.

A poluição sonora é a terceira maior poluição do meio ambiente, segundo a Organização Mundial da Saúde, menor apenas que a poluição da água e do ar. Inúmeros tipos de trabalho têm sido considerados os maiores vilões da surdez ocupacional. Destaque para as metalúrgicas, os teares, as indústrias de beneficiamento de madeiras, o transporte em veículos pesados, trabalhos aero-portuários, indústrias de motores, dentre outros segmentos.

O problema toma dimensões de saúde pública principalmente naqueles trabalhadores que estão na informalidade. São funileiros, marceneiros e serralheiros dentre tantos outros profissionais que se expõem rotineiramente a ruídos de alta intensidade e que, por desinformação, não se dão conta dos malefícios causados por esta agressão sonora aos seusouvidos. "Somente anos depois eles acabam procurando o otorrinolaringologista devido à surdez e ao zumbido infernal, que infelizmente são irreversíveis, comprometendo sobremaneira a sua qualidade de vida", explica o Doutor Marcelo Hueb, coordenador da Campanha Nacional da Audição.

Uma pessoa não pode permanecer em um ambiente com atividade sonora de 85 dB NA de intensidade por mais de oito horas. Esse tempo cai para quatro horas em lugares com 90 dB NA; duas horas em locais com 95 dB NA; uma hora aonde a intensidade chega a 100 dB NA. "Dependendo do período de exposição, sons de intensidades superiores a 85 dB NA podem causar um infortúnio de dupla perversidade, pois ao mesmo tempo em que compromete nossa capacidade auditiva para sons ambientais, normalmente agradáveis e prazerosos, nos incute um ruído intrínseco, contínuo, e não raramente desesperador: o zumbido", alerta o otorrinolaringologista.

"Durante anos, houve negligência operacional com o problema do ruído industrial. Ao lado do sucateamento do parque industrial, que resultou em máquinas obsoletas e ruidosas, os trabalhadores, por longo tempo, não receberam proteção auditiva individual e coletiva. Tampouco foram executados exames audiométricos nesse período, o que resultou em ausência de história auditiva para cada indivíduo. Freqüentemente, recebemos pacientes que, após dez, quinze ou vinte anos de exposição a ruídos, estão fazendo a sua primeira audiometria", explica o Doutor Marcelo.

Fonte: Rondonia ao Vivo