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sábado, 17 de outubro de 2009

Bebês prematuros: cuidados no hospital


O nascimento de bebês prematuros sempre é muito difícil para as mães. Ansiosas para ter a criança em seus braços, elas fazem questão de estar com o bebê no colo, o que é fundamental para o crescimento e desenvolvimento. Daí o sucesso de programas como Mãe Canguru. “É importantíssimo porque aumenta o vínculo da mãe e do pai com o bebê, diminui a incidência de infecções, acelera o ganho de peso e diminui o tempo de internação”, explica Dr.
Ruy Pupo, pediatra e autor do livro Manual do Bebê (Editora Alegro).
Já na incubadora, o bebê consegue manter oxigênio e umidade necessária, como também a temperatura suficiente para que aumente de peso, caso contrário ele teria de gastar muitas calorias para conservar o calor e não conseguiria aproveitar o alimento que recebe. Conforme o pediatra, não existe um peso mínimo pré-estabelecido para a criança sair do hospital, mas sim quando ela consegue ganhar peso normalmente - cerca de 20 ou 30 gramas por dia.
São considerados prematuros bebês que nascem com menos de 37 semanas de gestação.
Em geral, essas crianças pesam entre um quilo e um quilo e meio. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 10% dos nascimentos são de bebês prematuros. No Brasil, estima-se que essa porcentagem possa ultrapassar 20%, dependendo da região.
Por Juliana Lopes

TAREFA Estimulação Sensório-Motora-Oral (Sucção Não Nutritiva)

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Resultados Esperados:
● Adequação da musculatura oral;
● Associação da sucção com a saciação;
● Otimização do processo digestivo;
● Alteração dos estados de vigília;
● Maior oxigenação durante e após as mamadas;
● Associação da hora das mamadas e/ou alimentação por gavagem;
● Maior ganho de peso, utilizando a mesma quantidade calórica;
● Melhora do crescimento e da maturação do trato gastrointestinal;
● Transição para a alimentação por via oral mais rápida e mais fácil;
● Alta hospitalar precoce;
● Promoção dos estímulos visuais, auditivos, vestibulares, táteis, diafragmático, proprioceptivo, estimulação oral em RN maior ou igual 34 semanas;
● Alteração do desenvolvimento sensório-motor normal;
● Promoção da sensação de aconchego e segurança essencial ao desenvolvimento afetivo, neuromotor e maturação dos reflexos.

Material Necessário:
● 01 máscara descartável;
● Pares de luvas;
● gaze;
● Copo descartável contendo leite materno e/ou artificial - para dar sabor (estímulo apenas gustativo).

Atividades:
1. Lavar as mãos até a altura dos cotovelos;
2. Calçar as luvas de procedimentos;
3. Abrir as janelas da incubadora;
4. Aproximar-se de maneira tranqüila, conversando e tocando a criança estabelecendo um contato agradável;
5. Posicionar o RN no decúbito lateral com inclinação e suporte necessário para que fique nesta posição, promovendo uma flexão já que a mesma auxilia na sucção;
6. Avaliar a atividade do RN, tipo de choro, postura em repouso, tônus, reflexos, reações e musculatura facial e suas expressões;
7. Observar a presença e o tipo de sonda: naso, orogástrica, gastrostomia ou outras;
8. Observar simetrias e características estruturais;
9. Observar o estado de comportamento do RN “durante a avaliação”;
10. Reflexos: observar reflexos de procura, de sucção, de vômito, mordida, fásica, preensão palmar e deglutição;
11. Padrão Motor: Observar os seguintes aspectos: comportamentos indicativos de fome (RN ativos, estado de alerta, reclama); reações ao ser introduzido o dedo em luva; postura e tônus global; membros superiores voltados ou não à linha média; respiração. Sinais de stress, movimentos e tônus de língua durante a sucção; canolamento de língua; ritmo de sucção; padrões anormais, tempo que permanece sugando;
12. Sucção não-nutritiva: tocar nos 4 pontos cardeais( comissuras labiais) e observar o reflexo de busca para introduzir o dedo em luva na boca do RN;.
13. Avaliar a necessidade da estimulação gengival para direcionar a atividade para RN com hiposensibilidade oral ou hipersensibilidade oral;
14. Hiposensibilidade; toque em deslizamento nos 4 quadrantes orais: arcada superior e arcada inferior em sentido anti-horário, promovendo deslizamento leve/superficial e rápido aumentando a sensibilidade oral;
15. Hipersensibilidade: toques em deslizamento nos 4 quadrantes: arcada superior (direita e esquerda) e arcada inferior (direita e esquerda) em sentido anti-horário, promovendo deslizamento profundo e lento diminuindo a sensibilidade oral exacerbada;
16. Promover estimulação palatal e lingual na ordem de 3 estímulos para uma pausa até que o mesmo perceba e inicie os grupos de sucção. Durante tempos iguais de estimulo e pausa (trabalhar com ritmo);
17. Dar o canolamento de língua auxiliando na sucção com o auxílio da chupeta (momento terapêutico);
18. Juntamente com o processo de gavagem, introduz-se o dedo enluvado, molhado no leite, na boca do RN, e a cada 3 ou 4 sucções devemos retirar o dedo para a pausa respiratória
19. Estabelecer o mínimo de sucções para que o bebê posteriormente chegue a um padrão de 8 a 10 sucções e 1 pausa respiratória espontânea;
20. Promover o controle mandibular e submandibular em base de língua externamente para favorecer o aumento da pressão intra-oral;
21. Favorecer o movimento conjunto de bucinador, língua e mandíbula; usando o dedo indicador dentro da boca estimulando a sucção e o polegar e médio em bucinadores dando ritmo e freqüência no momento da sucção;
22. Realizar de 10 a 15 minutos de estimulação não nutritiva antes da alimentação pára que o RN alcance um estado comportamental ideal (alerta inativo) e, com isso, tenha sucção coordenada refletindo uma melhor organização neurológica;
23. Ler o prontuário e discutir dúvidas com as equipes.

Cuidados Especiais:
● Em portadores de atresia de esôfago, refluxo gastro-esofágico, manter em decúbito dorsal elevado em 45° com flexão de quadris para favorecer a incursão diafragmática pelo suporte abdominal e/ou decúbito lateral direito para favorecer o esvaziamento gástrico;
● Em caso de engasgos com saliva por descoordenação sucção-deglutição, respiração, comunicar a equipe se houver queda na saturação;

Ações em caso de Não-Conformidade:
● No caso de stress, desconforto respiratório, hipossaturação, interromper a conduta


Local de execução: UTI/ BMR/ Neonatal
Executante: Fonoaudióloga

Elaborado por: Adriana de Oliveira
Revisado por: Adriana de Oliveira
Qualidade: Rita Alves